Autor: Robert Harris
Título original: Conclave
Sinopse: O Papa morreu.
Por detrás das portas trancadas da Capela Sistina, cento e dezoito cardeais vindos de todo o planeta preparam-se para votar na eleição mais secreta do mundo.
São homens santos. Mas têm ambições. E têm rivais.
Ao fim das próximas setenta e duas horas, um deles tornar-se-á a figura espiritual mais poderosa da Terra.
Por detrás das portas trancadas da Capela Sistina, cento e dezoito cardeais vindos de todo o planeta preparam-se para votar na eleição mais secreta do mundo.
São homens santos. Mas têm ambições. E têm rivais.
Ao fim das próximas setenta e duas horas, um deles tornar-se-á a figura espiritual mais poderosa da Terra.
Este é o primeiro livro que leio de Robert Harris, mundialmente famoso pela sua saga Cícero, passada no Império Romano. Com este novo livro à venda, decidi conhecer o pouco do trabalho deste autor e gostei bastante da leitura.
Robert Harris tem um estilo singular, capaz de criar um bom ritmo mas sempre focado no suspense. Alguns autores conseguem alcançar esta junção com mestria e Harris é um desses casos, pelo menos neste livro.
Com alguma ação à mistura, este é, de forma global, um thriller político, sendo assim essencial a construção de personagens que nos prendam e que nos levam a suspeitar de tudo e todos, sempre com mistério à mistura e levando o leitor a tentar perceber todas as movimentações de cada personagem nesta enorme teia de interesses que este enredo explora.
Apesar de o enredo ter alguns momentos que me pareceram forçados, gostei bastante da forma como o autor levou o enredo a um final bem pensado e executado com mestria. No entanto, são as personagens que dão qualidade ao livro, com personalidades bem definidas, coerentes e que aos poucos são aprofundadas para percebermos os seus motivos e convicções. Este é, claramente, um livro sobre ambições e convicções. Até onde cada um irá para as alcançar, é a base deste livro. E é nessa luta, entre personagens e entre elas mesmas, que se questionam limites, fé, deveres morais. E é esse o trunfo do livro, de explorar bem as suas personagens sem perder o ritmo necessário a um thriller viciante, deixando a intriga crescer a cada capítulo novo.
Globalmente é um bom thriller. Tem alguns momentos mais forçados e algumas revelações algo óbvias se estivermos atentos, mas são muitas as surpresas e é impossível parar de ler. Se thrillers é o que gostam e enredo sobre religião e Vaticano é algo que gostam, então este livro é para vocês, principalmente pela boa componente psicológica e política e por todas as jogadas de bastidores que cada personagem irá fazer.
Luís Pinto
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