Autor: Michael Jones
Título original: Total War
A Guerra Total de Michael Jones é uma poderosa narrativa, com momentos de ficção e outros verídicos, que nos tentam mostrar o lado dos soldados soviéticos que avançam até Berlim para ajudar a acabar com o poder de Hitler.
O que me despertou a atenção foi mesmo o facto de o livro se focar num dos lados da guerra que menos vezes é explorado. Temos bastantes livros sobre as vítimas, sobre americanos, sobre ingleses, sobre alemães, mas o número de obras sobre os soviéticos é inferior ou, pelo menos, menos conhecidas. Foi com essa curiosidade que decidi ler este livro de Michael Jones, um autor conhecido pelas suas obras sobre a Segunda Guerra Mundial.
Num ritmo lento mas inteligente, a leitura foi poderosa, forte, e bastante didática. Michael Jones explora o lado humano sem problemas em chocar o leitor. Enquanto pessoa que quer saber mais sobre este tema, gosto sempre de uma mistura bem equilibrada entre as questões morais/pessoais dos soldados e as questões políticas e militares que levaram a certas decisões. Este livro oferece-me esse equilíbrio que me fez continuar, não deixando o livro ser demasiado pesado ou lento.
Sendo um autor experiente neste tema, nota-se facilmente que estamos perante um escritor que sabe como ir agarrando o leitor e também que existiu um trabalho de investigação inteligente e rigorosa. O resultado é um livro completo sobre a caminhada soviética desde o seu país invadido até ao ponto forte da nação Nazi. Pelo meio, momentos chocantes, momentos que nos fazem pensar sobre o que aconteceu, sobre o que a guerra faz às pessoas e sobre o que poderemos fazer para sobreviver. Afinal o que moveu estas pessoas? O que sentiam, o que escreveram aos seus familiares? Que esperanças tinham de regressar?
Com um olhar profundo sobre a vida diária de um soldado, Jones usa vários documentos inéditos que suportam as suas ideias e que dão novas noções aos leitores. No entanto, devido ao cenário extremo, será sempre quase impossível ao leitor conseguir colocar-se no papel destes soldados. Este será sempre a grande dificuldade de um escritor que tenta mostrar o lado negro e intenso da guerra, pois nunca será suficiente. Michael Jones consegue chocar quando é preciso, mas principalmente consegue ensinar, e era isso que queria com esta leitura.
De forma global, gostei do ritmo, gostei das curiosidades, gostei da forma como o autor explorou certos temas e apesar de nunca ser uma leitura viciante, pois o próprio tema é desgastante, trata-se de uma leitura que agradará a todos os que queiram aprofundar este tema. Se é o caso, este é um livro totalmente recomendado!
O que me despertou a atenção foi mesmo o facto de o livro se focar num dos lados da guerra que menos vezes é explorado. Temos bastantes livros sobre as vítimas, sobre americanos, sobre ingleses, sobre alemães, mas o número de obras sobre os soviéticos é inferior ou, pelo menos, menos conhecidas. Foi com essa curiosidade que decidi ler este livro de Michael Jones, um autor conhecido pelas suas obras sobre a Segunda Guerra Mundial.
Num ritmo lento mas inteligente, a leitura foi poderosa, forte, e bastante didática. Michael Jones explora o lado humano sem problemas em chocar o leitor. Enquanto pessoa que quer saber mais sobre este tema, gosto sempre de uma mistura bem equilibrada entre as questões morais/pessoais dos soldados e as questões políticas e militares que levaram a certas decisões. Este livro oferece-me esse equilíbrio que me fez continuar, não deixando o livro ser demasiado pesado ou lento.
Sendo um autor experiente neste tema, nota-se facilmente que estamos perante um escritor que sabe como ir agarrando o leitor e também que existiu um trabalho de investigação inteligente e rigorosa. O resultado é um livro completo sobre a caminhada soviética desde o seu país invadido até ao ponto forte da nação Nazi. Pelo meio, momentos chocantes, momentos que nos fazem pensar sobre o que aconteceu, sobre o que a guerra faz às pessoas e sobre o que poderemos fazer para sobreviver. Afinal o que moveu estas pessoas? O que sentiam, o que escreveram aos seus familiares? Que esperanças tinham de regressar?
Com um olhar profundo sobre a vida diária de um soldado, Jones usa vários documentos inéditos que suportam as suas ideias e que dão novas noções aos leitores. No entanto, devido ao cenário extremo, será sempre quase impossível ao leitor conseguir colocar-se no papel destes soldados. Este será sempre a grande dificuldade de um escritor que tenta mostrar o lado negro e intenso da guerra, pois nunca será suficiente. Michael Jones consegue chocar quando é preciso, mas principalmente consegue ensinar, e era isso que queria com esta leitura.
De forma global, gostei do ritmo, gostei das curiosidades, gostei da forma como o autor explorou certos temas e apesar de nunca ser uma leitura viciante, pois o próprio tema é desgastante, trata-se de uma leitura que agradará a todos os que queiram aprofundar este tema. Se é o caso, este é um livro totalmente recomendado!
Luís Pinto
Excelente opinião como de costume sobre um tema que gosto bastante de ler e que neste blog tem grande destaque. parabéns
ResponderEliminarBom dia Luís. Parabéns por mais uma boa análise. Nunca falha.
ResponderEliminarem relação a seta opinião, conheço o autor mas apenas li um livro seu e agora fiquei curioso com esta leitura. vou coloca-lo na lista de próximas compras.
Abraço