Autor: Daniel Silva
Título original: The Mark of the assassin
Sinopse: Um ataque terrorista faz explodir o Voo 002 sem deixar a princípio
qualquer pista que conduza aos autores do crime. Mas um cadáver
encontrado junto dos destroços do avião tem o cartão-de-visita de um
assassino implacável e esquivo: três marcas de balas no rosto. Michael
Osbourne, agente da CIA especialista em terrorismo, conhece essa marca.
Bem de mais. Impelido por uma obsessão que ameaça consumir-lhe a
carreira, a família e a própria vida, Osbourne segue agora febrilmente o
rasto do assassino. Mas num mundo de sombras e mentiras, intrigas e
disfarce, o homem com uma missão expõe-se ao assassino mais brutal e
diabólico à face da Terra...
É o 3º livro que leio de Daniel Silva e o primeiro da saga Osbourne (saga que até ao momento só tem dois livros). Com este livro, Silva aproxima-se mais da espionagem mais popular dos filmes de ação americanos mas consegue apresentar um toque de qualidade também presente nos seus outros livros. O ritmo é elevado e não deixa o leitor parar de ler, não existindo grandes quebras com as descrições de algumas personagens.
Osbourne é um personagem interessante, apesar de apresentar alguns clichés do género. Foi fácil criar uma ligação com a personagem apesar de em alguns momentos me parecer que o autor não transmitiu a urgência que a situação impunha. As restantes personagens são aceitáveis, com uma em particular a ajudar bastante à qualidade do livro. No entanto o enredo não deixa muito espaço para que o leitor conheça melhor estes intervenientes.
A história é interessante, principalmente porque não se limita a focar um tema. A espionagem é mais global do que poderá parecer à primeira vista. Política, religião, comunicação social, empresas multinacionais, tudo isto está de alguma forma ligado e aqui Silva tem mostrar os vários ângulos. Um dos aspetos mais interessantes é a forma com o autor expõe as pressões e influências que política e comunicação social exercem entre eles e também perante a sociedade, dando ao livro uma sensação de globalidade e coesão.
O enredo apresenta ainda algumas coincidências que poderiam matar a narrativa mas que ao não terem grande peso no desenrolar da história, acabam por ser esquecidas ao fim de algum tempo. O final é a melhor parte do livro, com questões que ficam no ar até ao último momento e dando várias respostas com algumas reviravoltas pelo meio.
Ao fim de três livros, nota-se que a escrita de Daniel Silva facilita a leitura. Não "enrola" nem perde tempo com descrições exaustivas. Neste livro em particular, o autor mostra-nos um pouco de cada agência interveniente, CIA, MI5, Mossad, etc... mas nem mesmo nesses momentos o ritmo baixa demasiado. Este é um dos grandes trunfos do autor: a capacidade de agarrar o leitor com um ritmo constante e muitas questões que apenas são explicadas no fim.
Mais um livro interessante, que apesar de não ser um marco no seu género, consegue ser muito agradável e que os fãs irão gostar. Continuo a achar que a grande qualidade deste autor se prende no facto de ser fácil lê-lo apesar de alguns temas serem complexos, e o ritmo nunca baixa pois a narrativa nunca se prende demasiado em descrições. Um autor para continuar a ler!
Luís Pinto
Muito interessante. Continua com este autor!
ResponderEliminarGosto bastante deste autor e tenho seguido as tuas opiniões sobre ele. Muito boas e espero que continues a ler os seus livros. A saga Osbourne ainda não li mas agora ainda fiquei com mais vontade.
ResponderEliminarBoas leituras
Um autor a ter em conta claramente. Fico atento a mais opiniões sobre o autor.
ResponderEliminarAbraço
Também me andas a convencer com este autor. Tenho de o procurar.
ResponderEliminarBjinhos
Penso que já li uns 7 ou 8 livros deste autor. Sempre no mesmo género mas todos bons. As tuas análises estão muito boas e fazem-me recordar alguns detalhes interessantes mesmo sem falares da história. Parabéns.
ResponderEliminarCada vez a ficar mais curioso com o escritor, gostei do teu comentário.
ResponderEliminarOlá a todos!
ResponderEliminarDesculpem não responder mais cedo. Dentro do seu género que mistura espionagem e ação, este autor é dos que estou a gostar mais de ler. Tem vários livros e espero voltar a lê-lo nos próximos tempos, principalmente porque tem vários em edição de bolso.