Título original: 1st to Die
James Patterson é o autor mais vendido no mundo, graças tanto a talento quanto ao incrível número de livros que já publicou. Larry King considerou-o o mestre deste género, a Time afirma que é um autor a não perder. Eu nunca lera nenhum dos seus livros...
Este livro, o primeiro de uma série, traz-nos um grupo quatro de mulheres, que com os seus diversificados conhecimentos tentam encontrar um serial killer. Esta ideia base pode parecer algo irrealista, mas após ler o livro, parece-me que encaixa bastante bem, pois estamos a falar de pessoas que têm este objetivo como profissão e que ao estarem juntas "nos tempos livres" percebem que muita da burocracia e política pode ser posta de parte.
Enquanto leitor, sempre adorei histórias de serial killers, e sempre encarei estes livros como algo que deve ser de leitura rápida, empolgante e que não me deixe adivinhar quem é o assassino. E este livro tem isto tudo!
É verdade que se trata de uma obra com escrita simples, nunca sublime, nem com uma enorme capacidade para transmitir sentimentos aos leitores e agarrar-nos às personagens, mas neste género de livros não é isso que procuro. Eu procuro um livro que não me deixe parar e foi o que aconteceu. As mortes são fortes, cruéis, e aos poucos senti uma ligeira mistura entre Hannibal Lecter e o filme Instinto Fatal, mas quem ler perceberá o que digo.
As personagens são boas, algumas mais estereotipadas, outras com maior profundidade e que ajudam ao suspense. Lindsay é talvez a mais bem conseguida, principalmente porque é ela quem enfrenta a morte e redefine a sua vida, olhando para o que poderia ter tido e não teve nem terá. Este pequeno enredo extra em torno de Lindsay (que não irei revelar) tornou a história mais coerente e profunda, vincando também os problemas pessoais da personagem e não fixando a história apenas na caça ao homem.
Mas é nos pequenos detalhes e na forma como a história está montada, que o leitor fica agarrado. Patterson dá especial destaque à forma como o serial killer atua para que o leitor consiga visualizar bem os detalhes que mais à frente serão precisos. E é nesses detalhes que a história será resolvida.
Lemos o livro como numa montanha russa e os pequenos capítulos ajudam imenso com a história a saltar em tempo e espaço, permitindo que o leitor continue e continue, sem pensar...
É o primeiro livro que leio deste autor, mas para já é fácil perceber o seu sucesso. Os livros são fáceis de ler, são compulsivos e acabamos todos a querer descobrir o assassino. E isto torna-se mais compulsivo porque o autor dá-nos todas as pistas para percebermos que algo está mal... Patterson enganou-me, fez-me olhar para um suspeito e afinal era outro, e isso deixou-me bastante satisfeito.
Resumindo, não é uma obra prima nem precisa de o ser. Esta obra entretém, foi um vício, lido sem parar, e para quem gostar de suspense, serial killers, uma escrita fácil e cheia de ritmo, este livro é indicado. Certamente não irei ficar por aqui.