Autor: Kendare Blake
Sinopse: Depois de uma Cerimónia de Beltane marcante e com o Ano da Ascensão a decorrer, é altura de rever as apostas e escolher um lado.
Katharine, a gémea frágil e fraca, está mais forte que nunca. Arsinoe tem de descobrir de que forma o seu dom secreto a poderá ajudar. E Mirabella, a vencedora desejada, enfrenta uma oposição nunca vista… e de que poderá não se conseguir defender.
Neste novo capítulo da autora bestseller do New York Times, as rainhas mais mortíferas do mundo têm de enfrentar o implacável obstáculo que se lhes apresenta: elas mesmas.
Um Trono Negro é o segundo livro desta saga e de imediato percebemos que o ritmo está mais elevado na fase inicial. Agora que o mundo está construído na sua base e as personagens apresentadas, o enredo começa com suspense graças aos acontecimentos do livro anterior. Graças a isso, facilmente o leitor fica uma vez mais agarrado a estas personagens que cativam e que por vezes surpreendem.
O que muitas vezes acontece num segundo livro de uma saga é que sentimos alguma fase de transição, algo que está entre o primeiro desenvolvimento e apresentação do mundo e personagens, e a última fase que é a conclusão da saga. Aqui também se sente, apesar de forma suave, muito graças ao desenvolvimento de algumas personagens novas e outras secundárias que já conhecíamos. Gostei bastante dessa sensação, de que este mundo continua a desenvolver-se a bom ritmo, respondendo a perguntas que ficaram do livro anterior. Claro que todos os segundos livros de uma saga também fazem isto, mas alguns abrandam a saga, e outros não, o que é o caso.
Com o desenvolvimento do mundo, principalmente em termos geográficos mas também aprofundando o passado, a saga melhora, torna-se mais abrangente e coerente. Com isto, novas perguntas se criam que apenas terão resposta no próximo livro, com destaque para os motivos e objetivos de algumas personagens que claramente terão mais peso do que aquele que é dado a entender no início.
Este livro agarrou-me com facilidade. Gostei da forma como explorou a sociedade, quer em termos de crenças, como de costumes. A isto juntam-se personagens que cativam, e apesar de o livro ter alguns momentos mais forçados, no geral é uma narrativa bem estruturada e inteligente, principalmente na parte final em que muito começa a ser revelado, aumentando o ritmo de forma brutal. A parte final é realmente bastante intensa, criando novos caminhos que melhoram o enredo e explicam muito do que aconteceu antes. No natento, sendo um segundo livro, não irei alongar-me mais nestes detalhes do enredo e espero que o próximo livro dê resposta a muitas das minhas perguntas.
Com uma escrita bem trabalhada e um enredo que a cada capítulo se torna mais negro, é impossível não ficar à espera do terceiro livro. Venha ele!
Luís Pinto
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