Autor: Bernard Michal & Jean Renald
Sinopse: O que é uma seita? E uma sociedade secreta?
Que mistérios e segredos as unem e as distinguem?
As seitas são apenas religiosas ou podem assumir um
cariz político ou filosófico?
A História das Seitas e Sociedades Secretas apresenta as mais importantes e influentes seitas e sociedades secretas que surgiram ao longo dos tempos, detalhando as suas origens e os enigmas que as envolvem, e analisando a sua importância no contexto histórico, social, político e religioso em que surgiram.
Das seitas da Cristandade antiga e medieval à Franco-Maçonaria, dos Carbonários à Máfia, este livro dá a conhecer os mais obscuros segredos de organizações que deixaram, e ainda deixam, uma marca no imaginário da História universal.
Este livro chamou-me a atenção porque me pareceu um livro focado em factos históricos e não em teorias da conspiração e outras especulações. E a verdade é exatamente essa. Apesar de ter sempre alguma especulação, até porque o próprio tema e algum desconhecimento assim o obriga, este livro consegue focar-se nos factos, explorar muito do que foi escrito, analisando documentos e a partir daí fazer as ligações necessárias.
Por ser um livro que aborda várias seitas e sociedades secretas, não existe aqui uma sensação de tema esgotado, ou de uma leitura pesada ou enfadonha, pois a forma como o autor vai explorando cada caso ajuda a que o livro seja sempre diferente e até com ligações entre seitas e/ou sociedades que numa fase inicial não pareciam existir.
Para além desta capacidade do autor de ligar vários temas, também da escrita e da forma como o autor aborda o essencial em cada caso, dando o contexto necessário, quer histórico, social ou político, para que o leitor perceba os contextos em que estas seitas foram criadas, como e onde atuaram, quais os seus objetivos e como foram evoluindo, atrás, ou à frente da sociedade que os envolve.
Com isto o autor aborda bastante o que eu procurava neste livro, uma abordagem histórica e muito focada nas questões religiosa, filosóficas ou políticas que levaram à criação e atuação destas seitas e sociedades. E foi graças a isto que o livro nunca se tornou numa leitura difícil, porque caminhou nos caminhos que eu procurava, sem grandes especulações e com uma base consistente e coerente que me fez avançar e continuar a ter vontade de ler mais.
É, contudo, um livro acessível, não sendo o livro mais completo dentro do tema, mas conseguindo, sem se tornar demasiado académico, ensinar bastante ao leitor. Se procuram uma leitura sobre este tema que seja uma boa introdução, bem estruturado e consistente, este é um livro a ter.
Luís Pinto
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