sábado, 28 de julho de 2018

A LESTE DO PARAÍSO


Autor: John Steinbeck

Título original: East of Eden



Sinopse: Os solos férteis do vale de Salinas, na Califórnia, são o cenário deste grande fresco histórico que acompanha os destinos de duas famílias, os Trask e os Hamilton, desde os dias da Guerra Civil Americana ao pós-Primeira Guerra Mundial. 
 A inexplicabilidade do amor e as consequências criminosas da sua ausência estão no centro deste romance, publicado originalmente em 1952, onde John Steinbeck apresenta algumas das suas personagens mais cativantes. Enfrentando um percurso pejado de luta e de sofrimento que atravessa gerações, nas suas histórias ouve-se ecoar irremediavelmente a tragédia das palavras bíblicas e assiste-se a uma reencenação da queda de Adão e Eva e da rivalidade destrutiva entre Caim e Abel.


Se seguem o meu blog, sabem que sou um grande apreciador de Steinbeck, um escritor único e que me proporcionou leituras fascinantes. Este livro, o último grande livro que me faltava de Steinbeck, é mais uma obra prima do seu tempo, um livro que consegue sobreviver ao tempo para se tornar num livro que estará sempre atualizado pela forma como explora a natureza humana.

Com personagens cativantes e brutalmente realistas, Steinbeck sempre teve a impressionante capacidade de explorar as personalidades das suas criações. Tal como aconteceu com outros livros, Steinbeck aprofunda de forma magistral as suas personagens, tornando-as realistas, coerentes e capazes de nos surpreender.

A seguir, tal como era esperado, o livro vagueia pela sociedade, levando a uma poderosa crítica social enquanto nos desvenda sonhos, medos, preconceitos, ideais ou crenças das pessoas mas também da comunidade enquanto um grupo de pessoas que vive junta e que se adapta ao que o mundo lhes dá. O facto de esta ser uma história entre duas grandes guerras não é acaso, pois com este cenário Steinbeck consegue explorar melhor as características mais importantes e que nos definem nos melhores e piores momentos.

Com uma escrita limpa e direta, Steinbeck explora como poucos o que nós somos. A história, forte, emotiva e inteligente, cativará qualquer leitor que aprecie o género e que aprecie qualidade. O facto de ser um livro com mais de setenta anos e que continua tão atual mesmo na forma como a sociedade interage é a demonstração da qualidade do autor. Um livro obrigatório e um dos grandes clássicos do século passado.

Luís Pinto

   

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