Autor: Annemarie Schwarzenbach
Sinopse: A 12 de outubro de 1933, na estação de comboios de Genebra, uma elegante mulher de 25 anos subiu para o do Expresso Oriente, que partia para Istambul.
Do outono de 1933 até à primavera do ano seguinte, Annemarie Schwarzenbach, jornalista e fotógrafa, formada em História na Universidade de Zurique, vai acompanhar um grupo de arqueólogos numa expedição de seis meses através da Turquia, Síria, Palestina, Iraque e Pérsia. A viagem será também para Annemarie uma forma de se afastar da Europa, onde era já visível a ascensão do nazismo.
Nesta expedição, que terminará nas margens do mar Cáspio, Annemarie vai contactar com civilizações antigas e com as realidades contemporâneas dos países por onde viajava, e esse contacto com o Oriente causar-lhe-á, nas suas palavras, «uma impressão de intemporalidade, de incerteza e de impotência».
Do outono de 1933 até à primavera do ano seguinte, Annemarie Schwarzenbach, jornalista e fotógrafa, formada em História na Universidade de Zurique, vai acompanhar um grupo de arqueólogos numa expedição de seis meses através da Turquia, Síria, Palestina, Iraque e Pérsia. A viagem será também para Annemarie uma forma de se afastar da Europa, onde era já visível a ascensão do nazismo.
Nesta expedição, que terminará nas margens do mar Cáspio, Annemarie vai contactar com civilizações antigas e com as realidades contemporâneas dos países por onde viajava, e esse contacto com o Oriente causar-lhe-á, nas suas palavras, «uma impressão de intemporalidade, de incerteza e de impotência».
Já se imaginaram a pegar nas vossas coisas e irem viver para uma realidade completamente diferente? Certamente muitos de vocês já o fizeram, e este livro é, na sua essência, isso mesmo: a forma como avançamos para o desconhecido, deixando para trás o que damos como garantido. O choque de culturas, o nascer ou morrer da esperança. O desconhecimentos do que para nós é bom e para outras culturas é mau.
Annemarie tem aqui um livro diferente num olhar cheio de curiosidade e esperança ao deixar para trás uma Europa que começa, lentamente, a caminhar para o seu momento mais negro. Jornalista e fotógrafa, a autora explora novas e antigas culturas, novas e antigas civilizações que por mais diferentes que possam ser, também têm muito a ensinar.
Com uma escrita que salta entre a curiosa e entusiasmada, e a calma e com um toque de lamento, a autor conduz o leitor por uma viagem que me surpreendeu, quer pelo que me mostrou, quer pelas conclusões que acabei por tirar. Não é, obviamente, um livro para qualquer leitor, mas o seu toque de esperança sempre presente, mesmo perante o pior da humanidade, ajuda-nos a continuar.
Falar sobre isto livro, sem revelar pormenores que se revelam importantes, não é fácil. Esta foi uma leitura diferente e que me surpreendeu em alguns momentos. Um leitor atento encontrará aqui uma exploração única, aliada à crítica social e ao aprofundar do que nos torna humanos e de como crenças e sociedade nos moldam. É um livro que mistura fascínio mas também descrença. É um livro de extremos, tal como tudo aquilo que podemos ver, quando olhamos para os momentos mais negros da nossa História.
Luís Pinto
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