Autor: Sara Blaedel
Título original: The lost women
Sinopse: Num bairro familiar e acolhedor nos arredores de Londres, uma mulher foi alvo de um violento assassínio. Um tiro certeiro de uma caçadeira atravessou a janela da cozinha, onde ela se encontrava com o marido e a filha. A morte foi imediata.
Ao iniciar a investigação, a polícia local descobre que a mulher, de nome Sophie Parker, se tratava na verdade de uma cidadã dinamarquesa que se encontrava desaparecida há 18 anos. Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, fica responsável pelo caso. É então que novas e surpreendentes revelações desvendam que fora Eik, seu colega e amante, quem declarara o desaparecimento de Sophie.
Assim que é informado da morte de Sophie, Eik desaparece misteriosamente e, passadas 24 horas, é preso em Inglaterra e acusado de ser o responsável pelo crime.
Este é o segundo livro que leio de Sara Blaedel e em vários aspetos consegue ser superior ao anterior. Sinceramente, o que mais gostei neste livro foi a sua base inicial. Apreciei bastante o mistério inicial, com uma história original e que me prendeu, principalmente porque se percebe que a autora nos está a tentar enganar.
É verdade que o livro nunca consegue ser fantástico, mas já lá vamos. O livro começa com um bom ritmo, tal como é pedido neste género que empurra o leitor de imediato para a ação, a autora vai explorando as personagens aos poucos enquanto acelera na narrativa para que o leitor não consiga parar de ler e comece a fazer a sua própria investigação.
Um dos trunfos deste livro está no facto de se perceber que algo está errado. A autora desde cedo oferece os detalhes necessários para que seja possível perceber que o enredo nos está a enganar no caminho que está a percorrer. No entanto, devido ao seu ritmo elevado, por vezes a autora deixa escapar um ou outro detalhe que fazem a diferença e que acredito que a autora não queria dar importância de imediato para aumentar o suspense e tornar a história mais coerente.
Tentando sempre sustentar a sensação de suspense, a autora por vezes força alguns acontecimentos, apesar de bem sustentados pelo que conhecemos das personagens, mas que podem não encaixar totalmente nos acontecimentos em si. Todavia, devido ao ritmo, nunca senti que o livro me desse tempo para questionar algumas coisas, até porque a partir de meio o livro foca a nossa atenção em algo que não irei revelar, mas que é feito de forma bastante indireta e inteligente.
Com um conjunto interessante de personagens e uma história original, a autora tem aqui o seu livro que gostei mais, muito graças ao final, bem pensado, bem executado, e que nos faz pensar sobre o livro durante algum tempo. Não é uma obra prima nem revoluciona, mas irá agradar aos fãs do género com um final inteligente e que me deixa com vontade de ler mais livros da autora.
Luís Pinto
É verdade que o livro nunca consegue ser fantástico, mas já lá vamos. O livro começa com um bom ritmo, tal como é pedido neste género que empurra o leitor de imediato para a ação, a autora vai explorando as personagens aos poucos enquanto acelera na narrativa para que o leitor não consiga parar de ler e comece a fazer a sua própria investigação.
Um dos trunfos deste livro está no facto de se perceber que algo está errado. A autora desde cedo oferece os detalhes necessários para que seja possível perceber que o enredo nos está a enganar no caminho que está a percorrer. No entanto, devido ao seu ritmo elevado, por vezes a autora deixa escapar um ou outro detalhe que fazem a diferença e que acredito que a autora não queria dar importância de imediato para aumentar o suspense e tornar a história mais coerente.
Tentando sempre sustentar a sensação de suspense, a autora por vezes força alguns acontecimentos, apesar de bem sustentados pelo que conhecemos das personagens, mas que podem não encaixar totalmente nos acontecimentos em si. Todavia, devido ao ritmo, nunca senti que o livro me desse tempo para questionar algumas coisas, até porque a partir de meio o livro foca a nossa atenção em algo que não irei revelar, mas que é feito de forma bastante indireta e inteligente.
Com um conjunto interessante de personagens e uma história original, a autora tem aqui o seu livro que gostei mais, muito graças ao final, bem pensado, bem executado, e que nos faz pensar sobre o livro durante algum tempo. Não é uma obra prima nem revoluciona, mas irá agradar aos fãs do género com um final inteligente e que me deixa com vontade de ler mais livros da autora.
Luís Pinto
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