Autor: Mark Riebling
Título original: Church of spies
Sinopse: A suposta impassividade do Vaticano perante as atrocidades dos nazis na Segunda Guerra Mundial continua a representar uma das maiores controvérsias da atualidade. A história apelidou Pio XII de «O Papa de Hitler» e considerou-o conivente com a política e ideologia nazi. Contudo, mais do que manter-se distanciado ou cúmplice dos acontecimentos ocorridos num dos períodos da história mais negros, o Papa teve um papel fundamental nos eventos que levaram à derrota nazi.
O historiador Mark Riebling, baseado em documentos recentemente abertos pelos arquivos secretos do Vaticano e pelo British Foreing Office, apresenta a versão que ao longo de décadas foi encoberta, abrindo as portas do Vaticano para revelar factos surpreendentes na história do pontificado.
Os Espiões do Papa lê-se como um romance policial baseado na figura do espião alemão Josef Müller, embora seja um relato histórico rigoroso. Mais uma obra magistral na coleção Biblioteca do Século, que vem contribuir para uma nova visão da história.
O historiador Mark Riebling, baseado em documentos recentemente abertos pelos arquivos secretos do Vaticano e pelo British Foreing Office, apresenta a versão que ao longo de décadas foi encoberta, abrindo as portas do Vaticano para revelar factos surpreendentes na história do pontificado.
Os Espiões do Papa lê-se como um romance policial baseado na figura do espião alemão Josef Müller, embora seja um relato histórico rigoroso. Mais uma obra magistral na coleção Biblioteca do Século, que vem contribuir para uma nova visão da história.
Aqui está a mistura de dois temas que gosto bastante de ler: espionagem e Segunda Guerra Mundial. Assim que vi este livro nas prateleiras das livrarias decidi que tinha de o ler. Depois de ter lido vários livros sobre a WWII, sempre me questionei sobre o papel delicado que o Vaticano teve durante aqueles anos. Agora posso ler um pouco mais, porque não estamos perante um simples romance, mas sim um forte trabalho de investigação. E é com base nesta investigação que o livro ganha qualidade.
Claro que este é um romance, um thriller, com muitas personagens fictícias nos papeis principais. No entanto, o enredo, bom e cheio de suspense, não é o ponto forte do livro. Mas já lá vamos. Olhando para o enredo, é fácil começar a ler a grande velocidade. O ritmo é elevado e o mistério adensa-se rapidamente, ao ponto de na fase inicial do livro já estarmos totalmente dentro da trama. Claro que para isso muito ajuda o conhecimento que o leitor pode ter do tema. No entanto, quem não seja grande conhecedor de alguns factos históricos acabará por receber essa informação do próprio livro. Como disse antes, a investigação histórica está muito bem conseguida, com o autor a misturar ficção e realidade com mestria e ensinando constantemente o leitor.
Gostei de algumas surpresas e reviravoltas, e também apreciei algumas personagens que me surpreenderam com algumas decisões que mais tarde se tornaram coerentes. Todavia, na parte do enredo o trunfo está na mistura de espionagem e política que é este jogo que alguns personagens tentam jogar, mas que nem todos conseguem. Mas, tal como já disse, o trunfo deste livro não é o enredo em si, mas antes a investigação feita pelo autor e que é a base do próprio enredo.
Com uma narrativa inteligente na cadência com que no dá factos históricos e os mistura com as revelações da ficção, este é um livro que se lê de forma compulsiva se gostarem do estilo e do tema. Se olharem para este livro e vos despertar a atenção pela sua base, então acredita que vale mesmo muito a pena ler. Recomendado.
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