Autor: Max Hastings
Título original: The secret war
Sinopse: Os espiões e as mensagens em código tiveram um papel crucial na Segunda Guerra Mundial, sendo explorados por todas as nações envolvidas no conflito, para tentar obter conhecimento privilegiado dos inimigos e gerar o caos nos bastidores. Em Secret War, o conhecido jornalista e historiador Sir Max Hastings apresenta um conjunto vasto de personagens fundamentais da Segunda Guerra Mundial, de praticamente todos os países envolvidos, bem como das sagas de informação, resistência e ataque em que se envolveram, com isso revelando uma nova perspetiva sobre o maior conflito da História.
Este é o segundo livro que leio do autor Sir Max Hastings e novamente adorei o livro. Tal como no primeiro livro, também este me ensinou imenso mesmo tendo em conta que já tinha lido muito sobre este tema.
Este livro foca-se totalmente na espionagem e contra-espionagem durante a segunda guerra mundial, dando uma visão do que foi feito nas sombras, com vários serviços de inteligência a lutarem pelo poder da informação. Com a encriptação de dados e transmissões a ganharem um grande relevo (quem conhecer a história de Turing pode imaginar do que falo), este torna-se num livro essencial para percebermos melhor muito do que aconteceu. Aliás, o autor faz um excelente trabalho em mostrar-nos os resultados de algumas missões e o quando elas influenciaram decisões, movimentações, políticas ou militares.
Com uma escrita que nos ensina regularmente, este foi um livro grande, mas no qual não me senti perdido. O ritmo é lento, pedindo ao leitor para perceber tudo o que está a ser explorado. No entanto, devido ao seu foco na parte da espionagem, esta não é uma leitura que todos possam gostar. No meu caso, sendo um tema sobre o qual gosto muito de ler, esta foi uma leitura muito interessante.
Gostei da forma como o autor explorou como os espiões atuavam, quais os seus objetivos, o quanto se infiltraram em comunidades e pequenas guerrilhas, e o quanto uma informação errada deu em resultados catastróficos. Pelo meio o autor apresentou uma escrita direta e forte, que nos leva a sentir o desespero e o ambiente pesado daquela época.
Esta foi uma época de mudança na espionagem. A chegada do "computador" foi a viragem numa altura em que qualquer informação poderia definir a vida ou a morte de vários soldados. No final, foi a espionagem um dos aspetos mais importantes para a vitória dos aliados. Se quiserem ter uma imagem mais coesa do muito que se fez nos bastidores desta guerra, este é o livro a ler. Muito bom!
Luís Pinto
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