quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A CANÇÃO DE SHANNARA


Autor: Terry Brooks

Título original: The Wishsong of Shannara





Sinopse: Vinte anos após os eventos de As Pedras Élficas de Shannara, o druida Allanon surge de novo no Vale Sombrio com maus presságios e a ameaça de um novo mal a conspirar contra as Quatro Terras. Allanon não consegue combatê-lo sozinho, e precisa desesperadamente da ajuda de Brin Ohmsford, a filha de Wil. Brin nasceu com a magia da canção-desejo de Shannara e só ela pode abrir o caminho para o Ildatch, um poderoso e imemorial livro de magia negra.




O terceiro e último livro da trilogia Shannara é um livro ao nível dos anteriores e que consegue oferecer as respostas que queria, mas já lá vamos.

Tal como nos livros anteriores, o autor cria uma narrativa com um ritmo que se altera bastante entre bons momentos de ação, que não nos dão muito tempo para pensar, e outros momentos mais lentos em que a narrativa explora locais e personagens com alguma inteligência. Em vários aspetos, esta não é uma saga com grande originalidade se tivermos apenas em conta o mundo em si, mas as personagens conseguem surpreender de forma coerente e levar a que o livro não seja monótono.

Apesar de ser um enredo mais focado no público mais jovem, é notório que o autor explora alguns temas mais adultos que levantam questões religiosas, morais ou políticas, com algum peso na própria sociedade da história. Todavia, esta é uma história focada em algumas personagens e assim consegue levar a que o leitor ganhe uma ligação com os personagens principais, e com isso o livro é mais viciante.

Tendo alguns momentos mais forçados que encaminham a história para bons momentos de ação ou dúvida, o autor consegue dar as respostas no momento certo para que fique a sensação de que não estamos a saber tudo. Infelizmente senti que faltou alguma tensão em relação ao futuro de algumas personagens que nunca me pareceram em perigo. No entanto, foi interessante ver o crescimento de das mesmas e seus motivos, tal como me agradou o crescimento dos vilões.

Enquanto fantasia com uma base mais medieval, a trilogia Shannara consegue oferecer uma leitura rápida e interessante. Não é uma obra prima, mas prendeu-me do início ao fim, sempre com vontade de ler mais. O enorme sucesso que a trilogia teve pelo mundo é o resultado da mistura de alguns fatores que encaixam no que o público mais adolescente procura neste género e que facilmente agarram o leitor. Se o que procuram é uma fantasia ligeiramente mais focada para os adolescentes e bastante viciante, esta é uma escolha acertada. E nem preciso de o dizer, basta ver todo o sucesso mundial que teve.

Luís Pinto

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