Autor: Brandon Sanderson
Título original: The Hero of Ages
Sinopse: Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre. O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
Se procurarem em sites credíveis pelas
melhores sagas de fantasia de sempre, encontrarão sempre os grandes
clássicos misturados com algumas mais recentes. A mais famosa é a
inevitável Guerra dos Tronos, mas há sempre mais três que aparecem lá
pelo meio, nas posições mais altas, sendo que dessas três, duas são de
Brandon Sanderson. Esta é uma delas...
A saga Mistborn é uma das mais aclamadas dos últimos anos e logo no seu primeiro livro percebi porquê. Aliás, foi a minha leitura favorita do ano passado. Tornou-se num dos meus livros favoritos e o segundo livro, já lido este ano, veio confirmar a qualidade do autor. Agora o terceiro continua a manter a qualidade muito acima da média mesmo tendo em conta que se trata apenas de metade do livro original. Diria mesmo que este será o único ponto fraco do livro, pois ao estar dividido, recente-se por não ter uma conclusão. Todavia, é apenas uma questão de expectativas, pois a divisão do mesmo está feita no momento ideal. Quando este livro acaba a única coisa que irão querer é ter já o livro seguinte!
Sanderson volta a mostrar que é realmente um escritor especial. Neste último livro, o ritmo acelera em direção à conclusão da trilogia e a cada página sente-se a urgência das personagens. Sanderson, uma vez mais, faz uma exploração muito bem conseguida das personagens principais, construindo com suavidade a base que sustentará as decisões mais importantes. Neste livro o destaque vai, ao contrários dos dois livros anteriores, para Elend, que demonstra uma transformação na sua personalidade que certamente será marcante antes do fim da saga. Todavia, mesmo este destaque não é constante, pois o autor está a explorar várias personagens importantes dando-lhes peso que antes não tinham. Com isto a atenção do leitor está mais dispersa, não tão focada num único personagem. Esta estratégia é muito usada, principalmente em fantasia (começar os primeiros livros com um foco num grupo pequeno de personagens, e depois aumentar, também devido ao dispersar das personagens pelo mundo), e Sanderson usa-a com mestria para também desenvolver o mundo.
Todavia é o fantástico leque de personagens que me faz ligar facilmente a este enredo. As personagens são credíveis, o mundo tem uma coesão impressionante e nada parece fora do sítio. Outro aspeto realmente impressionante está na montagem do enredo. Sanderson oferece sempre os detalhes certos nos momentos certos. Somos levados, nos dois anteriores livros da saga, por um caminho que acreditamos ser enganador, só não percebemos onde. Neste acontece exatamente mesmo. Sei que algo me está a falhar, mas não sei o quê.
Outro aspeto interessante está no acto de em cada livro o autor explorar um tipo diferente de magia, culminando neste livro na exploração do terceiro género de magia presente neste mundo e que começa a dar várias respostas, pois existem várias ligações que já podemos fazer com os livros anteriores e várias perguntas já têm resposta.
Com um excelente ritmo aliado a uma escrita cheia de objetividade, Sanderson prendeu-me, novamente, da primeira à última página, e agora apenas espero que as respostas apareçam no último livro. Parece-me óbvio que Sanderson prepara um grande final que irá ligar cada ponto dos três livros. Também me parece (e aqui devido a uma teoria que tenho desde o primeiro livro) que não será um final feliz, mas sim um final de sacrifício. Só espero que não demore muito até o saber.
Cada leitor tem o seu género favorito, e dentro do género há sempre um estilo ou um mundo, ou uma saga que mais aprecia. Mistborn tem atualmente em mim o efeito que O Senhor dos Anéis teve há quase vinte anos e que anos mais tarde Harry Potter também teve. É aquela necessidade de querer ler mais, de querer absorver tudo o que o autor criou. Resta-me esperar pelo seu final, onde farei uma análise mais profunda... para já, fantástico! Leiam esta saga!
A saga Mistborn é uma das mais aclamadas dos últimos anos e logo no seu primeiro livro percebi porquê. Aliás, foi a minha leitura favorita do ano passado. Tornou-se num dos meus livros favoritos e o segundo livro, já lido este ano, veio confirmar a qualidade do autor. Agora o terceiro continua a manter a qualidade muito acima da média mesmo tendo em conta que se trata apenas de metade do livro original. Diria mesmo que este será o único ponto fraco do livro, pois ao estar dividido, recente-se por não ter uma conclusão. Todavia, é apenas uma questão de expectativas, pois a divisão do mesmo está feita no momento ideal. Quando este livro acaba a única coisa que irão querer é ter já o livro seguinte!
Sanderson volta a mostrar que é realmente um escritor especial. Neste último livro, o ritmo acelera em direção à conclusão da trilogia e a cada página sente-se a urgência das personagens. Sanderson, uma vez mais, faz uma exploração muito bem conseguida das personagens principais, construindo com suavidade a base que sustentará as decisões mais importantes. Neste livro o destaque vai, ao contrários dos dois livros anteriores, para Elend, que demonstra uma transformação na sua personalidade que certamente será marcante antes do fim da saga. Todavia, mesmo este destaque não é constante, pois o autor está a explorar várias personagens importantes dando-lhes peso que antes não tinham. Com isto a atenção do leitor está mais dispersa, não tão focada num único personagem. Esta estratégia é muito usada, principalmente em fantasia (começar os primeiros livros com um foco num grupo pequeno de personagens, e depois aumentar, também devido ao dispersar das personagens pelo mundo), e Sanderson usa-a com mestria para também desenvolver o mundo.
Todavia é o fantástico leque de personagens que me faz ligar facilmente a este enredo. As personagens são credíveis, o mundo tem uma coesão impressionante e nada parece fora do sítio. Outro aspeto realmente impressionante está na montagem do enredo. Sanderson oferece sempre os detalhes certos nos momentos certos. Somos levados, nos dois anteriores livros da saga, por um caminho que acreditamos ser enganador, só não percebemos onde. Neste acontece exatamente mesmo. Sei que algo me está a falhar, mas não sei o quê.
Outro aspeto interessante está no acto de em cada livro o autor explorar um tipo diferente de magia, culminando neste livro na exploração do terceiro género de magia presente neste mundo e que começa a dar várias respostas, pois existem várias ligações que já podemos fazer com os livros anteriores e várias perguntas já têm resposta.
Com um excelente ritmo aliado a uma escrita cheia de objetividade, Sanderson prendeu-me, novamente, da primeira à última página, e agora apenas espero que as respostas apareçam no último livro. Parece-me óbvio que Sanderson prepara um grande final que irá ligar cada ponto dos três livros. Também me parece (e aqui devido a uma teoria que tenho desde o primeiro livro) que não será um final feliz, mas sim um final de sacrifício. Só espero que não demore muito até o saber.
Cada leitor tem o seu género favorito, e dentro do género há sempre um estilo ou um mundo, ou uma saga que mais aprecia. Mistborn tem atualmente em mim o efeito que O Senhor dos Anéis teve há quase vinte anos e que anos mais tarde Harry Potter também teve. É aquela necessidade de querer ler mais, de querer absorver tudo o que o autor criou. Resta-me esperar pelo seu final, onde farei uma análise mais profunda... para já, fantástico! Leiam esta saga!
Luís Pinto
Conheci esta saga por tua causa e é fantástica!
ResponderEliminarTambém comecei a ler esta saga por causa da tua opinião ao primeiro livro. Já li o segundo e vou comprar este nos próximos tempos. Depois digo-te se gostei mas acredito que sim. Adoro a Vin e o TenSoon e espero que neste livro continuem a ser importantes.
ResponderEliminarBom dia, Luis.
ResponderEliminarNão sou um grande fã de fantasia mas leio de vez em quando. Comecei a ler esta trilogia quando vi na sua opinião uma frase que seria mais ou menos isto "A melhor construção de um vilão que já li". Confesso que não me lembro de cada palavra da frase mas era esta a ideia. Acho que se a frase estivesse na capa do livro, até vendia mais.
Comprei o livro e concordo. O vilão no primeiro livro é incrível. Também já comprei o segundo livro e gostei bastante mas ainda não comprei este. Vou esperar pela segunda parte para os comprar ao mesmo tempo, mas já fiquei ainda com mais vontade pois a sua opinião é mais uma garantia da grande qualidade deste autor.
Boas leituras
Ainda não comecei a ler esta trilogia mas a ver pelos teus comentários vai mesmo ter de ser. Ainda por cima no goodreads a saga tem uma pontuação incrível!
ResponderEliminarComecei esta saga quando vi que o tinhas metido como melhor do ano passado. Depois li o 2 e o 3 mal sairam. Acho que as tuas opiniões estão muito boas e não percebo certas pessoas que falam mal deste livro só porque não gostam da editora ou porque são escritores e não consegues escrever tão bem.
ResponderEliminarParabéns pela análise muito boa. Só tenho pena que a editora tenha dividido os livros.