Autor: Olen Steinhauer
Título original: The Cairo affair
Sinopse: Sophie Kohl está a viver o pior pesadelo da sua vida. Minutos depois de
ter confessado ao marido, um diplomata destacado na embaixada
americana na Hungria, que teve uma relação extraconjugal enquanto
estavam os dois no Cairo, ele é morto com um tiro na cabeça.
Stan Bertolli, agente da CIA sediado no Cairo, já teve a sua dose de chamadas a meio da noite. Mas fica de coração apertado ao ouvir a voz da única mulher que amou, e que lhe telefona para saber por que razão o marido foi assassinado.
Omar Halawi trabalhou durante muitos anos nos serviços secretos egípcios e está perfeitamente dentro do jogo. Os agentes estrangeiros passam-lhe informações ocasionalmente, um favor que ele retribui e toda a gente fica feliz. Mas o homicídio de um diplomata na Hungria tem repercussões que chegam ao Cairo, e Omar tem de seguir os efeitos colaterais do sucedido até ao fim.
O analista norte-americano Jibril Aziz sabe mais sobre o Stumbler, uma operação secreta rejeitada pela CIA, do que qualquer outra pessoa. De modo que, quando alguém consegue aparentemente uma cópia do projeto, Jibril sabe como ninguém o perigo que isso representa.
Todos estes agentes convergem no Cairo. Gradualmente, vai sendo revelado o retrato de um casamento, um delicado quebra-cabeças de lealdades e traições, num mundo perigoso de jogos políticos, onde as alianças nunca são claras e os resultados nunca são garantidos.
Stan Bertolli, agente da CIA sediado no Cairo, já teve a sua dose de chamadas a meio da noite. Mas fica de coração apertado ao ouvir a voz da única mulher que amou, e que lhe telefona para saber por que razão o marido foi assassinado.
Omar Halawi trabalhou durante muitos anos nos serviços secretos egípcios e está perfeitamente dentro do jogo. Os agentes estrangeiros passam-lhe informações ocasionalmente, um favor que ele retribui e toda a gente fica feliz. Mas o homicídio de um diplomata na Hungria tem repercussões que chegam ao Cairo, e Omar tem de seguir os efeitos colaterais do sucedido até ao fim.
O analista norte-americano Jibril Aziz sabe mais sobre o Stumbler, uma operação secreta rejeitada pela CIA, do que qualquer outra pessoa. De modo que, quando alguém consegue aparentemente uma cópia do projeto, Jibril sabe como ninguém o perigo que isso representa.
Todos estes agentes convergem no Cairo. Gradualmente, vai sendo revelado o retrato de um casamento, um delicado quebra-cabeças de lealdades e traições, num mundo perigoso de jogos políticos, onde as alianças nunca são claras e os resultados nunca são garantidos.
Após ter aqui falado do pequeno livro (Do desastre de Lisboa) que serve de introdução a este enredo, comecei a ler o muito aclamado livro de Olen Steinhauer, autor que várias vezes ter sido comparado a Le Carré, o mestre da espionagem literária. Eu não faço tal comparação pois Le Carré está ainda num patamar que nenhum outro autor conseguiu alcançar no seu género, mas também é verdade que Steinhauer sabe fazer um bom livro de espionagem, e aqui está a prova.
O Caso do Cairo faz parte daqueles livros de espionagem que tendem para a espionagem mais realista, com menos ação, com um ritmo mais lento e uma narrativa mais detalhada. O resultado é um bom livro de espionagem, mas que agradará muito mais aos fãs do género e muito menos aos que procuram livros de ação estilo filmes de James Bond.
O que o autor nos dá nestas páginas é um enredo bastante complexo, que saltará entre personagens e com mudanças temporais para que seja possível conhecer os passados deste conjunto de 4 pessoas iremos acompanhar nesta narrativa. A isso junta-se o mais óbvio neste livro: o autor sustenta o seu enredo nas personagens, nos seus problemas profissionais e familiares e como as suas profissões os alterou enquanto pessoas e o quanto tal condiciona as suas vidas fora do trabalho. O resultado é um livro extremamente coeso, mas lento, pois é essencial conhecermos as personagens sem conhecermos tudo, para que nos seja mais difícil perceber as revelações finais.
E é nesta base que o enredo se desenvolve, com grande destaque para as constantes sensações de desconfiança quando o medo começa a surgir mas situações mais complicadas. Afinal em quem podemos confiar? Família, amantes e colegas de trabalho são todos, mais cedo ou mais tarde, questionados por quem perde a confiança no que o rodeia e vê a sua vida ameaçada.
O que poderá não agradar a todos é o final do livro, que choca e corta algum conhecimento que o leitor possa desejar. Nem tudo é dito em espionagem e aqui pode abrir-se caminho para um novo livro mas que acho que não faria muito sentido. A história acaba de forma inteligente mas é diferente do que se espera, sendo quase abrupto. No entanto, todo o final tem lógica, principalmente se estivemos com atenção aos pormenores que foram aparecendo durante a segunda metade do livro.
Globalmente este é um bom livro de espionagem mas que não agradará a todos. É preciso gostar de narrativas mais lentas. A qualidade é palpável e por isso tantos dizem que este autor será o futuro da espionagem literária. Eu estou completamente convencido a continuar a ler este autor e os fãs da espionagem pura concordarão comigo e irão apreciar bastante estas páginas.
Luís Pinto
Parece-me mais uma boa escolha. Depois de falares do primeiro livro fiquei à espera que falasses deste e agora de certeza que o vou comprar. Já leste outros livros do autor?
ResponderEliminarBoa análise Luís. Tal como o Luís, também gosto muito de espionagem e irei ver bem este pack do livro anterior e deste. Parece-me uma compra muito interessante.
ResponderEliminarBoas leituras