sexta-feira, 31 de março de 2017

PASSATEMPO: The legend of Zelda - Breath of the wild / Vencedor


PASSATEMPO

The legend of Zelda - Breath of the wild 

Vencedor


Chegou ao fim, em parceria com o canal Tek Test, mais um passatempo. Deste vez oferecemos um jogo Wii U, em código, e que certamente será um dos jogos do ano.

A todos os que tornaram este passatempo possível, muito obrigado, e também um agradecimento a todos os que participaram.

Esperamos ter novos passatempos em breve, por isso estejam atentos!


E o vencedor é:

Nina Santos

Parabéns à vencedora que receberá no seu mail o código do jogo!

EM FUGA


Autor: Peter May

Título original: Runaway






Sinopse: Em 1965, cinco amigos, todos adolescentes, cansados da rotina e temerosos de uma vida previsível, fogem de Glasgow com destino a Londres e o sonho de serem estrelas e de transformar a sua banda de música num sucesso. No entanto, antes do final do primeiro ano, três deles regressam a` sua cidade natal na Escócia - e voltam diferentes, danificados, sem que ninguém perceba a razão para tal. Cinquenta anos mais tarde, em 2015, um brutal homicídio na capital inglesa obriga esses três homens, agora com quase 70 anos, a regressar a Londres e a confrontar, por fim, a mancha escura do seu passado da qual tentaram fugir durante toda a vida.



Peter May tem sido um autor que tenho seguido com interesse graça à sua saga Lewis, sobre a qual já falei de dois livros, e que me cativou pela inteligência dos enredos e pelas incríveis descrições de alguns cenários que se enquadram mesmo muito bem na narrativa e oferecendo bons ambientes. Neste novo livro, fora da trilogia Lewis, o autor mantém o seu estilo, saltando entre narrativas em diferentes pontos temporais. Vamos construindo os personagens na nossa mente mas a base da história, que nos deixa sempre na dúvida, leva-nos a tentar, constantemente, adivinhar o que se está a passar. Aliás, a ideia base deste livro é o seu grande trunfo, pois a verdade é que o livro em si não consegue ter o ambiente sombrio que se encontra nos outros livros do autor.

Com personagens interessantes e sem grandes momentos que pareçam forçados, o autor conduz a leitura por caminhos com algumas surpresas mas sem arriscar demasiado. O final é inteligente mas não surpreende totalmente. A sensação final é que tudo fez sentido, mas sem que exista uma revelação avassaladora.

Dos livros que já li de May este foi, provavelmente, o mais rápido. O autor foca-se menos nos cenários e mais no mistério, tornando a narrativa mias rápida apesar de perder um pouco de ambiente quando comparado com os anteriores. Todavia, o facto de durante grande parte do tempo o leitor sentir que está "às cegas" leva a que seja muito difícil parar de ler. Destaque ainda para uma personagem que me surpreendeu pelos seus motivos e por uma decisões que para mim melhorou bastante o livro.

Peter May tem aqui um livro mais rápido e menos sombrio do que outros que escreveu, mas o mistério está aqui do início ao fim. O enredo é original, inteligente e coerente, e o livro é mais psicológico do que esperava. Gostei bastante da ideia base, e mesmo sendo, talvez, o livro que menos gostei do autor, a verdade é que foi uma leitura muito viciante, e que certamente agradará aos fãs do género.

Luís Pinto

quinta-feira, 30 de março de 2017

NA TOCA DO LOBO


Autor: Larry Loftis

Título original: Into the Lion's Mouth





Sinopse: O ambiente no casino estava ao rubro. Um misterioso jogador sérvio não dava qualquer hipótese aos seus adversários. Tratava-se de um agente duplo britânico, Dusko Popov, e o dinheiro que apostava pertencia aos súbditos de Sua Majestade. Ian Fleming, que alcançaria a fama enquanto escritor das aventuras do famoso agente secreto 007, assistia com interesse ao desenlace de tamanha proeza. 
Desde muito cedo, Popov destaca-se como um rebelde playboy.
É expulso da escola preparatória de Londres e, mais tarde, preso e banido da Alemanha por fazer declarações desfavoráveis ao Terceiro Reich. Começa então a verdadeira aventura da sua vida ao transformar-se no mais charmoso e bem-sucedido dos espiões, servindo três poderosos mestres de guerra: Abwehr, MI5 e MI6 e FBI.
A 10 de agosto de 1941, os alemães enviaram Popov aos EUA para construir uma rede de espionagem e reunir informações sobre Pearl Harbor. Desiludido com J. Edgar Hoover, que ignorou os seus avisos sobre o interesse dos japoneses em Pearl Harbor, regressou à sede dos serviços alemães em Lisboa. Mantendo o jogo duplo, conseguiu ajudar o MI5 a lograr a Abwehr sobre a invasão do Dia D.
Sob a máscara de diplomata jugoslavo, viveu intensamente as mais perigosas aventuras e saiu ileso de todos os conflitos.
Na Toca do Lobo é um relato incrível de espionagem, mentiras e altos riscos. É uma história de subterfúgios e sedução, patriotismo e coragem.
É a história de Dusko Popov - a inspiração para James Bond.



Mesmo quem não conheça a história, basta ler a sinopse para perceber perfeitamente sobre o que é este livro. No meu caso, foi o segundo livro que li sobre Popov e é o livro que recomendo.

Com uma escrita bastante acessível o autor leva-nos numa viagem que conta com muita centenas de páginas. O livro apresenta uma boa montagem narrativa e nunca me senti deslocado. O autor explora a personalidade de Popov desde muito novo e, com esse olhar aprofundado ao jovem sérvio, começa a criar a base para que depois seja possível perceber muitas das decisões que este homem enfrentou em momentos extremos. 

Existe aqui um grande trabalho de investigação, bem estruturado e com muitos detalhes que numa primeira fase podem parecer estar a mais e a encher o livro, mas que aos poucos ajudam bastante a moldar o conhecimento sobre este homem. A isto alia-se uma boa capacidade do autor em nos enquadrar com a época, com questões políticas daquele momento, sem nunca deixar de explorar os resultados do que Popov ia fazendo, e como algumas das suas missões moldaram acontecimentos ou decisões politicas/militares de grande importância.

Não existe muito mais que valha a pena falar sobre este livro sem estar a divulgar detalhes e acontecimentos que o leitor deverá ler no contexto e ordem certa. Gostei bastante deste livro e apear de ser um livro grande, nunca baixei o ritmo da leitura, pois é um tema que me interessa bastante e o autor teve a capacidade de me ir cativando constantemente. Se leram esta sinopse e ficaram curiosos, então é um livro a ter na vossa estante.

Luís Pinto

quarta-feira, 29 de março de 2017

NINFAS - Paixão Mortal


Autor: Sari Luhtanen e Mikko Oikkonen

Título original: Nymfit





Sinopse: Romance feminino intenso com uma nova abordagem, onde combina vários elementos; amor e mistério. Uma nova temática que se destaca.
Uma história de amor emocionante, onde as escolhas determinam a forma de viver a realidade.
Com uma linguagem envolvente, o livro oferece-nos vários tipos de elementos - paixão, mistério, luta pela sobrevivência, crise de identidade e duelos entre os grupos de ninfas e sátiros.



Quando me ofereceram este livro, demorei algum tempo até ter vontade de o ler. No entanto, quando comecei a leitura, a história começou com um bom ritmo e bastante focada. A apresentação das personagens está bem conseguida e facilmente entramos na história, percebendo-se de que se trata de um enredo leve e com algum conteúdo sexual.

Ninfas é um livro leve e divertido em alguns momentos com uma base muito interessante. O ritmo acaba por nunca acelerar demasiado, mas a leitura foi sempre fácil, apesar de nunca ter criado grande ligação com a personagem principal, e aos poucos torna-se óbvio que se trata de um livro mais focado no público feminino.

Todavia, o livro nunca me conseguiu agarrar porque senti que alguns momentos são demasiado forçados ou sem a coerência necessária. É verdade que estamos perante uma saga e por isso muito pode ficar por explicar sobre o porquê das decisões de algumas personagens, mas será preciso explicar muito no futuro. Apesar de muito não ser explicado, o enredo em si tem aqui um fim, podendo ser lido como livro isolado e com um final bem pensado. O final, com algumas surpresas e pensado com inteligência, é a melhor parte do livro, dando a sensação que o melhor desta saga ainda estará para vir.

Pelo meio, bastante conteúdo sexual, mas sem nunca ser demasiado forte quando comparado a alguns livros eróticos atualmente no mercado. Um leitor que não aprecie tais momentos poderá sentir que muito do livro se sustenta nestes momentos eróticos, mas também é preciso ver que tais comportamentos encaixam bastante bem nos personagens. 

No geral sinto que não consegui apreciar totalmente este livro por não ter tido grande ligação com a personagem principal.Alguns incoerências e momentos por explicar acabam por impedir que esta seja uma leitura mais consistente. No entanto, se apreciarem este género (que mistura fantasia e erotismo) e procurarem algo leve e diferente, poderá ser uma aposta interessante.

Luís Pinto



segunda-feira, 27 de março de 2017

Passatempo: The Legend of Zelda - The breath of the wild - Wii U


PASSATEMPO

The Legend of Zelda 
The breath of the wild 

Versão Wii U - código



Temos para oferecer, em parceria com o canal Tek Test, um código do jogo The Legend of Zelda - The breath of the wild  para a Wii U.




Para se habilitarem a ganhar, basta:

- Serem fãs/seguidores do Ler y Criticar (aqui)

- Serem fãs do Tek Test (aqui)

 - Subscrever o canal Tek Test (aqui)

- Enviar mail para o endereço tektestpt@gmail.com, com assunto "passatempo Zelda Wii U", indicando o Nome de Subscritor do canal, nome de fã do Ler y Criticar e do Tek Test no Facebook, e a classificação dada ao jogo no vídeo da análise no canal Tek Test.

Atenção que o passatempo termina já no fim do dia 29 de Março!

Boa sorte a todos!


quinta-feira, 23 de março de 2017

ARTE NO SANGUE


Autor: Bonnie Macbird

Título original: Art in the Blood





Sinopse: Sherlock Holmes, de 34 anos, definha e volta à cocaína depois de uma desastrosa investigação sobre Jack, o Estripador.
Watson não consegue consolar nem reanimar o seu amigo, até que chega, de Paris, uma carta codificada de modo estranho.
Mademoiselle La Victoire, uma bonita cantora de cabaré francesa, conta que o filho ilegítimo, que teve com um lorde inglês, desapareceu e que ela foi atacada nas ruas de Montmartre. 



Sou um grande fã de Sherlock Holmes mas nem sempre aprecio na totalidade livros escritos por outros autores. A questão é simples: a expectativa pode matar o livro, porque nenhum autor consegue alcançar a qualidade de Arthur Conan Doyle. O seu Sherlock será sempre único. Posto isto, já existiram bons livros, filmes ou séries que conseguiram agarrar o trabalho de Doyle e adaptá-lo a algo novo e com muita qualidade. A série televisiva Sherlock é um desses casos. Aqui neste livro temos mais uma boa tentativa, mas que não consegue ser fantástica.

Em primeiro lugar, a escrita da autora está boa, sendo capaz de se adaptar bastante bem ao enredo e criando o suspense necessário. O ritmo é interessante e a autora consegue deixar o leitor com as dúvidas necessárias para que a leitura seja viciante, graças também a uma base bastante apelativa. O mistério tem uma boa base e evolui com inteligência, apesar de nem sempre termos perante nós o brilhantismo de Sherlock. A autora consegue explorar com astúcia os motivos de alguns personagens e esse é um dos grandes trunfos do livro, principalmente porque nos ajuda a criar teorias sobre o que estamos a ler.

No entanto o livro peca por apresentar personagens algo incoerentes por comparação ao que se conhece de outros livros. Claro que aqui estamos perante a visão da autora, mas existe sempre a tendência de se comparar estas personagens com as suas versões originais, e aí a autora por vezes afasta-se do Sherlock ou do Mycroft que conhecemos. No entanto, a própria comparação que faço, talvez seja injusta, mas quase inevitável.

Tirando estes detalhes, e que apenas irão desagradar aos fãs de Sherlock, a autora consegue oferecer aqui um bom livro, mas que nunca é fantástico. Os diálogos são bons e a conclusão tem lógica, mas a expectativa pode matar o livro tal como aconteceu com muitos outros que tiveram Sherlock como personagem principal. Resumindo, este livro é um bom policial, mas que tem algumas falhas que os fãs de Sherlock irão notar. No entanto, se gostam do género, este é um livro muito viciante, quer sejam fãs ou não do mais famoso detective do mundo.

Luís Pinto

quarta-feira, 22 de março de 2017

AS INSDÚSTRIAS DO FUTURO


Autor: Alec Ross

Título original: The Industries of the future




Sinopse: Este livro analisa as indústrias que serão a força motriz dos próximos vinte anos de mudanças profundas na economia e na sociedade.
Os capítulos estão estruturados em torno das indústrias-chave do futuro - robótica, ciências da vida avançadas, codificação do dinheiro, cibersegurança e big data -, bem como dos contextos geopolíticos, culturais e geracionais a partir dos quais estas indústrias estão a nascer. Alec Ross selecionou-as não só pela importância que têm em si, mas também porque simbolizam as tendências globais mais abrangentes de um mundo que se verá confrontado com uma necessidade extrema de adaptação, face à mudança relativa ao modo como trabalhamos e vivemos e ao impacto disso mesmo, tão grande quanto desigual, nos nossos meios de subsistência e nas nossas vidas. Se no século XX a linha de separação dominante entre os sistemas políticos e os mercados percorria o eixo que dividia a esquerda da direita, no século XXI essa linha de separação situa-se entre aqueles que possuem modelos políticos e económicos abertos e aqueles que estão fechados. Neste sentido, AS INDÚSTRIAS DO FUTURO é sobretudo um livro acerca da competitividade e daquilo que é preciso para as sociedades, as famílias e os indivíduos prosperarem a partir do fortalecimento do seu recurso mais crítico: as pessoas.



O mundo está cada vez a andar mais depressa, todos os dias, sem parar. Este livro é sobre algumas tendências, sobre como algumas áreas deverão evoluir, quase sempre tendo como base sistemas sociais ou financeiros. Quais são as tendências, o que influencia as massas, para onde vai o dinheiro com os grandes nomes cada vez mais a globalizarem tudo?

Com uma escrita simples o autor aprofunda conceitos financeiros e sociais que fizeram a diferença nos últimos anos e que estiveram na origem do sucesso de algumas empresas e conceitos que tiveram um sucesso estrondoso na nossa sociedade nos últimos anos. A isso, o autor junta uma análise interessante sobre a influência da internet e para onde nos leva a globalização e o acesso instantâneo a tudo o que nos rodeia, desde informações ou serviços.

Com tudo isso como base, o autor perspectiva o que nos espera e como nos devemos adaptar, pois é isso que o mundo está actualmente a fazer a cada instante… adaptar-se a tudo. Gostei da forma como o autor consegue tratar de todos estes temas de forma simples que levarão qualquer leitor a perceber tudo o que é preciso, mesmo sem ter conhecimentos prévios sobre estes temas. O livro está bem estruturado, com o autor primeiro a dar as bases necessárias e depois a começar a aprofundar certos temas tendo o leitor já o conhecimento necessário para que deixem de existir dúvidas e a leitura se torne mais rápida.

É claramente um bom livro, mas focado naqueles que apreciem o tema. Não existe muito mais que possa dizer sem começar a revelar conceitos e ideias que o leitor deverá ganhar durante a leitura. Se olharam para a sinopse e ficaram com interesse, então esta é uma boa leitura.

Luís Pinto

Top Review Awards 2016 - Ler y Criticar ganha Melhor Blog de Literatura



TOP REVIEW AWARDS 2016



Chegou ao fim mais uma votação dos Top Review Awards, uma iniciativa dos Top Imprensa.

Este ano foram várias categorias a concurso, com os nomeados a serem escolhidos pela organização.

Na categoria de Literatura, foram cinco os nomeados e novamente dou os parabéns a todos, com grande destaque para os blog "BranMorrighan" e "A menina dos policiais" que novamente foram nomeados e com toda a justiça. 

Este ano ganhei pela terceira vez consecutiva um prémio de Melhor Blog de Literatura e novamente tenho de agradecer a todos os que votaram em mim. Este blog tem quase 6 anos e tornou-se muito mais do que imaginei no início, principalmente porque sempre quis que este espaço fosse apenas para críticas literárias sem spoilers e o mais imparciais possível para as minhas capacidades. Hoje é um espaço com várias parcerias e mais de um milhão de visualizações.

O tempo é escasso, e muitas vezes nem consigo responder aos comentários e mails que recebo, mas vou continuar a tentar ter opiniões todas as semanas.

O meu muito obrigado a todos os que votaram em mim, aos que me ajudaram com passatempos, parcerias, eventos... aos que comentaram durante todos estes anos. Aos que enviaram mails com opiniões sobre textos meus, aos que enviaram mails a agradecer as minhas opiniões depois de terem lido livros que recomendei. Nunca imaginei manter este blog tantos anos mas espero continuar durante mais alguns.

Para aqueles que não conheçam os restantes blogue nomeados, valem a pena! Vejam os resultados neste link.

Obrigado a todos!

sexta-feira, 17 de março de 2017

REI DOS ESPINHOS


Autor: Mark Lawrence

Título original: King of Thorns





Sinopse: O Príncipe Jorg Ancrath jurou vingar a morte da mãe e do irmão, brutalmente assassinados quando ele tinha apenas 9 anos. Jorg cresce na ânsia de saciar o seu desejo de vingança e de poder, e, ao fim de quatro anos, cumpre a promessa que fez - mata o assassino, o Conde de Renar, e toma-lhe o trono. Aos 18 anos, Jorg luta agora por manter o seu reino, e prepara-se para enfrentar o inimigo poderoso que avança em direção ao seu castelo.


Após um primeiro livro muito viciante, finalmente li este segundo livro em que o autor aproveita para explorar bastante algumas personagens e o mundo que as rodeia.

Em primeiro lugar percebe-se com facilidade que o autor abranda o seu ritmo. O livro está um pouco mais lento na fase inicial, não só para ir explicando o salto temporal entre os livros, mas também para saltar entre as duas narrativas que constituem o enredo. 

O autor explora algumas personagens com mestria, mas o foco está sempre em Jorg, com o qual se cria uma ligação nada fácil de se explicar. São muitos os livros em que estamos perante um personagem principal desprezível, e cabe ao autor desequilibrar a  balança para que o leitor odeie ou não o personagem. Aqui existe um equilíbrio difícil de se conseguir, e que é o grande trunfo do livro. Uma parte de nós percebe Jorg e quer que ele seja o vencedor. Outra parte rejeita todas as suas ações. E é neste misto que o livro nos leva, talvez com a esperança de que o personagem mude no final.

Com o mundo melhor explorado num ritmo ligeiramente mais lento, a personagem de Jorg torna-se fascinante, e sem ela este livro seria apenas banal. No entanto, de um ponto de vista crítico, este livro é superior ao anterior. É mais maduro, mais coerente e mais inteligente no que nos oferece e nos caminhos que percorre. É fácil perceber como o autor melhorou a estrutura do livro ao apostar em certas mudanças na narrativa, e todas elas foram para melhor. Por outro lado o livro sofre por ser o intermédio, não tendo um início fulgurante nem um final que satisfaça totalmente, porque o autor está, claramente, a preparar o terreno para o último livro. São várias as perguntas que ficam no ar, e nota-se que algumas personagens terão maior peso no próximo livro. Tudo isto pensado com inteligência, ficando apenas a faltar um bom livro final.

Este livro é a confirmação da qualidade da saga e do autor. A faltar apenas um livro não há muito a dizer aqui sem desvendar alguns momentos que devem ser lidos. Estou a gostar mais desta série do que esperava e evolução na qualidade deixa-me bastante confiante que o último livro será o melhor de todos. Para já, esta é uma série diferente, muito viciante, e cheia de qualidade. Estou muito ansioso para ler o último.

Luís Pinto

quinta-feira, 16 de março de 2017

BANKSTERS


Autor: Marc Roche

Título original: Les Banksters




Sinopse: Por que é tão difícil a reforma do sistema financeiro? É esta a questão central deste livro. O mundo mudou a 15 de setembro de 2008, com o colapso do banco Lehman Brothers. Desde esse momento, os governos, os reguladores, bem como os meios financeiros, repetem como um mantra: «Nunca mais». As autoridades dispõem agora de mecanismos para descobrir e punir os abusos. Pelo menos do exterior. Porque no fundo, muito poucas coisas mudaram. Continuamos a caminhar sobre um vulcão que pode entrar de novo em erupção apesar das medidas para o impedir. Marc Roche, jornalista de economia na City em Londres, conversou com alguns dos grandes responsáveis económicos mundiais. À primeira vista, pareciam conscientes e preocupados em moralizar o mundo financeiro. Mas a ausência de sentido das responsabilidades é chocante. Alguns dos grandes banqueiros assumiram riscos insensatos ao perseguir o seu interesse pessoal em vez do interesse do seu empregador, para não falar do interesse da sociedade. Um grande número de banksters continua onde sempre esteve: na cúpula. E aparentemente não manifesta nenhum remorso.




Há alguns anos que sou um leitor interessado em muito do que este autor tem dito em entrevistas e conferências. No entanto, este foi o primeiro livro que li de Marc Roche, e claramente que valeu a pena.

Sem problemas em expor problemas, falhas e pessoas, Roche tem uma escrita acutilante mas também capaz de explicar o que é necessário para o leitor compreender até onde este livro está disposto a ir e o quanto realmente revela. Roche, tal como é hábito, faz as perguntas que ninguém quer responder e explica ao autor o porquê de as fazer e ninguém responder. Com cuidado, para que este não seja um livro demasiado especializado para o conhecimento do comum leitor, Roche explica como o sistema financeiro funciona, o que se alterou nos últimos anos, quais as suas falhas estruturais e o que deve ser mudado. 

Claro que o foco está nas mudanças das últimas duas décadas, em que o sistema financeiro quase virou uma casa de apostas e tudo serve para desequilibrar a balança com especulações. Roche explora quem ganha com isso e ao mesmo tempo demonstra como os bancos e outras entidades ligadas ao sistema financeiro conseguem contornar as novas regulamentações criadas para prevenir novas bolhas no setor ou fugas de dinheiro. Roche explora remunerações, objetivos dos banco, os motivos e como fecham os olhos a muito. Pelo meio, a questão mais importante: os verdadeiros culpados têm demasiado dinheiro e poder para alguma vez serem condenados. Então o que tem de mudar?

Quer sejam leitores que conheçam bastante bem o sistema financeiro, ou pessoas sem conhecimentos no assunto, se tiverem curiosidade sobre este livro, então devem mesmo lê-lo. Ao fim de já ter lido cerca de uma dezena de livros sobre o sistema financeiro, este foi, talvez, o que mais gostei. Forte, direto e capaz de ensinar e nos levar a questionar, este é um excelente livro.

Luís Pinto 

quarta-feira, 15 de março de 2017

ACADEMIA JEDI


Autor: Jeffrey Brown





Sinopse: Um livro indispensável para os fãs de Star Wars, para jovens e adultos com filhos que, simplesmente, gostem do universo Star Wars.
Livro de BD em capa dura que conta a história de um rapaz que quer entrar na Escola Preparatória da Academia de Pilotos e não consegue, acaba por ir para a Academia Jedi, dirigida pelo Mestre Yoda.






Quando criei o blog há uns bons anos, tinha como objectivo falar sobre todos os géneros de literatura. Claro que todos nós temos géneros favoritos, e isso também se nota no meu blog, mas tento falar sobre tudo um pouco. Por isso, após ter lido um pesado livro sobre a vida de Vladimir Putin, decidi ler e escrever sobre este livro para crianças. Claro que o facto de ser fã de Star Wars ajuda bastante à decisão de ler qualquer livro infantil do tema tal como já fiz aqui no passado.

Academia Jedi é mais um livro divertido e que explora de forma cómica e inteligente o universo Star Wars. Sendo um livro pequeno e que se lê bastante rápido, qualquer criança irá gostar destas histórias, principalmente se gostar dos personagens. Claro que um fã, que conheça bem este universo, irá encontrar aqui muitas referências aos filmes e perceberá melhor o comportamento de algumas personagens, mas o interessante é sentir que qualquer pessoa, mesmo tendo pouco conhecimento do universo de George Lucas, poderá apreciar estes livros e passar uns momentos divertidos.

Mesmo “já não tendo idade para estes livros” a verdade é que estas leituras são um momento bem passado, devido ao facto de ser um grande fã. Não há muito mais que possa dizer sobre o livro sem revelar o que acontece. É divertido rever estas personagens num contexto diferente, os desenhos de certeza que agradam aos mais novos e a simplicidade do que acontece torna-o num bem focado no seu público alvo.

Se têm um pequenote lá em casa, este é um livro a ter.

Luís Pinto

terça-feira, 14 de março de 2017

O NOVO CZAR


Autor: Steven Lee Myers

Título original: The new Tsar





Sinopse: Biografia sobre Putin que permite compreender de que modo o presidente da Rússia se tornou uma das ameaças mais graves para a segurança americana. O seu percurso épico desde a obscuridade da espionagem até ao poder revela as origens de pobreza extrema em Leninegrado, a sua ascensão no KGB, a sua consolidação política e a sua posição nos acontecimentos mais marcantes - o 11 de setembro, a guerra da Rússia na Geórgia em 2008, bem como a anexação da Crimeia e o conflito em curso na Ucrânia. Apesar do apoio do povo russo, o novo czar é tão temido quanto detestado a nível internacional



Este é o terceiro livro que leio sobre Vladimir Putin, e é claramente o melhor. Porquê? Porque é o mais imparcial. Mas vamos por partes. O que distingue este de outros livros está no facto de não ser claramente a favor ou contra o Presidente russo.

O que temos aqui é um livro bastante grande, resultado de uma investigação bem feita e que tenta olhar para toda a vida de Putin, sempre de forma o mais imparcial possível. Aliás, este é para mim o grande trunfo do livro: o de deixar o leitor pensar, questionar e retirar as suas próprias opiniões, sem ser esmagado pela opinião do autor. Graças a esta mentalidade, é mais fácil perceber o quanto o livro nos consegue explicar as motivações e o porquê de muitas das decisões de Putin durante todos estes anos.

Outro aspeto muito interessante está no facto de o autor explorar a própria História do país para explicar muito do que Putin fez, ou de como conseguiu fazê-lo. Ficamos com uma imagem bem clara do que é a sociedade russa, dos seus medos, objectivos, de como olham para o futuro e o que esperam dos políticos que governam o país. E como tudo isto se torna mais fácil, mesmo para quem não conheça a realidade russa (social, económica, religiosa ou política), perceber muito do que Putin fez, mas principalmente como os russos observam as suas decisões.

Com uma escrita simples e uma narrativa bem elaborada, o autor dá os detalhes certos nos momentos certos. Nunca me senti perdido na leitura e mesmo já tendo lido outros livros, acho que este foi o mais completo que li até agora sobre Putin, pois consegue explorar as várias fases da vida que moldaram este homem.

É verdade que é um livro grande e apenas será interessante para quem tenha curiosidade pelo assunto, e o facto de ser bastante grande poderá levar alguns leitores a intervalarem com outro livro, mas o que vos posso dizer é que para mim foi uma leitura muito interessante e com bastante qualidade, principalmente pela maior imparcialidade que já antes mencionei.

Se ao lerem a sinopse do livro, sentirem algum interesse, então este é um livro que aconselho.

Luís Pinto

segunda-feira, 6 de março de 2017

GLADIADOR


Autor: Simon Scarrow

Título original: The Gladiator





Sinopse: Após uma campanha brutal contra a Pártia, os centuriões Macro e Cato navegam para Roma. Ao aproximarem-se da costa de Creta, a viagem é interrompida pelo abalo de um terramoto e quase perdem as vidas no mar. Com o navio severamente danificado, são forçados a dar à costa. E o que encontram é uma província mergulhada no caos. Os escravos aproveitaram o desastre natural para se revoltarem. Contra uma legião forte, não teriam hipóteses, mas a guarnição é fraca e os rebeldes começam a ganhar em todas as linhas. Apanhados de surpresa, Macro e Cato são forçados a lidar com uma rebelião que pode alastrar a todo o Império. Mas para isso terão de derrotar o líder dos rebeldes: Ajax, um gladiador que não teme a morte e é movido por um imenso desejo de vingança. Será que o fim do Império Romano pode estar na ponta da espada de um gladiador?




Este nono livro da saga da Águia é, em vários aspetos, o mais diferente de todos. Como podem ver pela sinopse, os personagens principais têm pela frente uma tarefa diferente da normal, dando ao autor a possibilidade de explorar outros temas e formas de executar a narrativa. O autor foge, e bem, de alguns temas já explorados na saga para conseguir explorar outros, com grande foco na revolta e no ódio dos escravos.

Com a atenção nesta realidade, a linha que separa os bons dos maus é bastante ténue em alguns momentos. Uma vez mais o autor não se limita a mostrar a imagem que alguns romanos têm de Roma, tornando o livro mais equilibrado. Para tal, explora as condições dos escravos, a vida de algumas personagens, as injustiças da sociedade e como são tratados pelos romanos. Graças a isso, é possível sentir o porquê da revolta e perceber como para esses escravos era preferível morrer a lutar do que continuar numa vida de escravidão.

Usando uma calamidade natural, o autor explora a possibilidade de um grupo de escravos arriscar tudo numa oportunidade que poderá, caso bem sucedida, alastrar por todo o império, podendo criar uma sensação de revolta e esperança que deve ser combatida pelos romanos para que o caos não seja instalado.  E é com estes dois pontos de vista que o livro avança, e bem, levando algumas personagens a importantes decisões que surpreendem mas são coerentes com o que conhecemos dos mesmo.

O que me agrada nesta saga é a facilidade como se lê e a consistência que tem. Ao fim de nove livros é fácil perceber que o autor nunca chega ao nível de obra prima, mas também nunca desilude. Como já disse, não conseguiria ler todos os livros de seguida, mas ao fazer intervalos, sempre que regresso a esta saga, regresso com vontade e a leitura é sempre muito agradável e viciante. Próximos livros daqui a uns tempos!

Luís Pinto




sexta-feira, 3 de março de 2017

OS GRANDES FARAÓS DO ANTIGO EGITO


Autor: Luís Manuel de Araújo




Sinopse: Durante mais de três mil anos, cerca de trezentos faraós sentaram-se no trono do Egito. Uns são conhecidos pelas suas obras ou batalhas que protagonizaram, como Ramsès II, ativo construtor é grande combatente, outros por serem fundadores de tempos novos ou por terem provocado grandes revoluções, como Ahmés ou Akhenaton, marido da bela Nefertiti que chocou ao imprimir um novo culto religioso à divindade solar, outros ainda graças ao legado funerário impressionante que chegou aos dias de hoje, como o de Tutankhamon, cujos feitos são poucos conhecidos mas o seu espólio, encontrado intacto no Vale dos Reis, é famoso. É a extraordinária história destes homens de poder que o egiptólogo Luís Manuel de Araújo nos conta, de forma cronológica, nesta obra original e única. Amplamente ilustrado, baseado numa investigação e estudo aprofundado da realeza egípcia, Os Grandes Faraós do Antigo Egipto, relata a história das trinta dinastias, destacando 30 dos mais famosos e conhecidos reis do país do Nilo. Através destes homens viajamos pelo Império Antigo, o Império Médio e finalmente o Império Novo, numa viagem pela longa e curiosa história da civilização egípcia.




Desde que pequeno que tenho um grande interesse por algumas civilizações, e tal, obviamente, reflete-se nas minhas leituras, muitas das quais nem falo aqui no blog. Uma dessas civilizações é a Egípcia, sobre a qual já li bastante e que continua a fascinar-me, com as suas tradições, mitologias, engenharias, sistema social, arquitetura, etc...

Dentro do tema, pouco será mais interessante do que ler sobre os mais importantes Faraós, e foi por isso que decidi ler este livro que explora a vida de 30 faraós. Em primeiro lugar devo dizer que já li vários livros sobre o assunto, alguns deles bastante mais extensos e exaustivos. No entanto, o que me agradou neste livro foi o facto de o autor nos dar o essencial sem entrar num texto demasiado académico e, por isso, a leitura foi sempre viciante.

O autor foca-se nos momentos mais importantes da vida de cada faraó, olhando para as decisões mais marcantes, explorando a sociedade que cada um teve pela frente, quais os desafios, quais os triunfos de cada uma, quais os erros mais importantes. Pelo meio o autor explora o necessário da sociedade egípcia para que o leitor perceba o impacto de cada faraó e o porquê de muito do que fez, tendo em conta não só o estado do país, mas também as ameaças externas.

A escrita é simples, bem estruturada e capaz de agarrar qualquer leitor que queira saber mais sobre o tema. A forma leve como o autor explora certos temas, já tendo uma base bem criada, leva-me a sentir que nenhum leitor se sentirá deslocado neste livro, mesmo que não saiba nada sobre o tema antes da leitura.

Dentro do seu tema, este foi dos melhores livros que já li, principalmente porque consegue ter um bom equilibro entre conhecimento e o ritmo necessário para não se tornar exaustivo para quem esteja a entrar no tema, pois este é, claramente, um livro para quem está a começar a ganhar conhecimento sobre o assunto, não tendo como objetivo ser um livro exaustivo sobre o tema, mas sim apelativo. Se o tema vos interessa, então é um livro a ter.

Luís Pinto

quinta-feira, 2 de março de 2017

MONSTROS FANTÁSTICOS E ONDE ENCONTRÁ-LOS


Autor: J. K. Rowling






Sinopse: Inspirado no compêndio original da escola de feitiçaria de Hogwarts, da autoria de Newt Scamander, Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los: O Argumento Original é uma história inédita que assinala a estreia de J.K. Rowling - autora dos muito aclamados bestsellers internacionais da série Harry Potter -, como argumentista de filmes.
Este argumento inclui o guião completo do filme, uma aventura emocionante que apresenta uma extensa galeria de criaturas e personagens mágicas. A edição portuguesa do argumento é publicada em 2 de fevereiro de 2017, após a estreia mundial do filme produzido pela Warner Bros. Pictures, a 18 de novembro de 2016.
A versão digital da edição portuguesa do argumento do filme será publicada por Pottermore, a plataforma digital global do Mundo da Feitiçaria de J.K. Rowling.
A Editorial Presença congratula-se por ter a oportunidade de apresentar aos leitores portugueses o novo projeto de J.K. Rowling, que marca o início de um novo capítulo do extraordinário Mundo da Feitiçaria e que promete continuar a encantar leitores em todo o mundo. 



Nas últimas duas décadas este foi o maior fenómeno literário em todo o mundo, tendo feito o impensável: colocar a ler a geração que parecia totalmente focada no boom que era a internet, os telemóveis, os computadores, redes sociais, etc... J. K. Rowling criou o fenómeno responsável por muitos de nós hoje lermos com tanta paixão. 

Apesar de ser um grande fã da saga, tive alguma apreensão ao ver que a autora iria escrever o argumento de um filme, não por duvidar da sua capacidade para tal (Rowling já provou demasiadas vezes o seu talento, principalmente neste universo), mas por ser algo tão diferente. O filme está bem conseguido e o universo está muito bem explorado. Posto isto, decidi ler este livro que é o guião do filme.

Obviamente, Rowling não consegue colocar aqui o detalhe e a magia que colocou nos livros de Harry Potter, mas consegue usar uma escrita simples e direta que nos ajuda a visualizar cenários e monstros com grande facilidade. Para tal também ajudam alguns desenhos presentes nos livros. A isto alia-se um bom ritmo, focado na cadência mais rápida que um filme exige neste género, e que se mistura muito bem nos momentos de ação e nos de maior humor. Este é, provavelmente, o livro com maior carga humorística da autora e a verdade é que não parece forçado em nenhum momento, pois encaixa muito bem nas personagens criadas.

Falando em personagens, é bastante fácil gostar de algumas, principalmente das duas principais que, devido às suas enormes diferenças, conseguem criar uma relação fantástica onde acabam por descobrir pontos comuns que acabam por ser a base do livro e da amizade que nos garra.

Em termos de enredo, Rowling volta a estar muito bem. Não consegue, devido a limitações de tempo (estamos perante o guião de um filme), construir toda a trama como fez nos livros de Harry Potter, mas a inteligência da narrativa está lá e dá um grande toque de qualidade. É fácil ficarmos fascinados em alguns momentos, de gostarmos das personagens e de tentarmos perceber o que se passa. Existem algumas revelações finais mais óbvias, mas também existem muitas surpresas. Pelo meio, alguns momentos mais emotivos e claro, muitas perguntas para os próximos livros/filmes. 

Para além do que já disse, o maior trunfo deste livro é a forma como  autora consegue expandir o seu universo e ao mesmo tempo criar leves ligações com os anteriores livros da saga Harry Potter. São detalhes que fazem a diferença e que nos levam a sentir que nunca deixámos este universo. Claro que preferia que fosse um romance como todos os outros, e não um guião de um filme, mas a verdade é que soube muito bem voltar, e é uma obra claramente recomendada a todos os fãs. E ainda fica a sensação de que o melhor está para vir.

Luís Pinto