Autor: Luís Manuel de Araújo
Sinopse: Durante mais de três mil anos, cerca de trezentos faraós sentaram-se no trono do Egito. Uns são conhecidos pelas suas obras ou batalhas que protagonizaram, como Ramsès II, ativo construtor é grande combatente, outros por serem fundadores de tempos novos ou por terem provocado grandes revoluções, como Ahmés ou Akhenaton, marido da bela Nefertiti que chocou ao imprimir um novo culto religioso à divindade solar, outros ainda graças ao legado funerário impressionante que chegou aos dias de hoje, como o de Tutankhamon, cujos feitos são poucos conhecidos mas o seu espólio, encontrado intacto no Vale dos Reis, é famoso. É a extraordinária história destes homens de poder que o egiptólogo Luís Manuel de Araújo nos conta, de forma cronológica, nesta obra original e única. Amplamente ilustrado, baseado numa investigação e estudo aprofundado da realeza egípcia, Os Grandes Faraós do Antigo Egipto, relata a história das trinta dinastias, destacando 30 dos mais famosos e conhecidos reis do país do Nilo. Através destes homens viajamos pelo Império Antigo, o Império Médio e finalmente o Império Novo, numa viagem pela longa e curiosa história da civilização egípcia.
Desde que pequeno que tenho um grande interesse por algumas civilizações, e tal, obviamente, reflete-se nas minhas leituras, muitas das quais nem falo aqui no blog. Uma dessas civilizações é a Egípcia, sobre a qual já li bastante e que continua a fascinar-me, com as suas tradições, mitologias, engenharias, sistema social, arquitetura, etc...
Dentro do tema, pouco será mais interessante do que ler sobre os mais importantes Faraós, e foi por isso que decidi ler este livro que explora a vida de 30 faraós. Em primeiro lugar devo dizer que já li vários livros sobre o assunto, alguns deles bastante mais extensos e exaustivos. No entanto, o que me agradou neste livro foi o facto de o autor nos dar o essencial sem entrar num texto demasiado académico e, por isso, a leitura foi sempre viciante.
O autor foca-se nos momentos mais importantes da vida de cada faraó, olhando para as decisões mais marcantes, explorando a sociedade que cada um teve pela frente, quais os desafios, quais os triunfos de cada uma, quais os erros mais importantes. Pelo meio o autor explora o necessário da sociedade egípcia para que o leitor perceba o impacto de cada faraó e o porquê de muito do que fez, tendo em conta não só o estado do país, mas também as ameaças externas.
A escrita é simples, bem estruturada e capaz de agarrar qualquer leitor que queira saber mais sobre o tema. A forma leve como o autor explora certos temas, já tendo uma base bem criada, leva-me a sentir que nenhum leitor se sentirá deslocado neste livro, mesmo que não saiba nada sobre o tema antes da leitura.
Dentro do seu tema, este foi dos melhores livros que já li, principalmente porque consegue ter um bom equilibro entre conhecimento e o ritmo necessário para não se tornar exaustivo para quem esteja a entrar no tema, pois este é, claramente, um livro para quem está a começar a ganhar conhecimento sobre o assunto, não tendo como objetivo ser um livro exaustivo sobre o tema, mas sim apelativo. Se o tema vos interessa, então é um livro a ter.
Luís Pinto