Autor: Jeff Vandermeer
Título original: Annihilation
Sinopse: Área X. Uma zona misteriosa e isolada do resto do mundo. Onde a natureza reclamou para si qualquer vestígio de civilização. Sucessivas expedições são enviadas para investigar o mistério que levou à sua contaminação, mas todas redundam em fracasso e os seus membros regressam meras sombras das pessoas que partiram.
Até que chega a vez da 12.ª expedição. Composta por quatro mulheres (antropóloga, topógrafa, psicóloga e bióloga), a sua missão é desvendar o enigma. Mas acontecimentos bizarros e formas de vida que ultrapassam o entendimento minam a confiança entre os membros da expedição. Nada é o que parece e o perigo espreita a cada esquina. Que novos horrores se escondem na Área X? Será a 12.ª expedição capaz de revelar todos os segredos… ou estará condenada à pior das tragédias?
Até que chega a vez da 12.ª expedição. Composta por quatro mulheres (antropóloga, topógrafa, psicóloga e bióloga), a sua missão é desvendar o enigma. Mas acontecimentos bizarros e formas de vida que ultrapassam o entendimento minam a confiança entre os membros da expedição. Nada é o que parece e o perigo espreita a cada esquina. Que novos horrores se escondem na Área X? Será a 12.ª expedição capaz de revelar todos os segredos… ou estará condenada à pior das tragédias?
É, indiscutivelmente, um dos livros mais complexos que li este ano. Sendo o primeiro livro de uma trilogia, não ire aprofundar muitos temas, mas tentarei olhar para este livro com olhar crítico para o que é importante para a saga.
Neste primeiro livro o que espanta é o mundo criado. Tentando não revelar nada sobre o enredo e surpresas deste mundo, o que posso dizer é que o mundo criado é bastante coeso, com uma coerência que me espantou mesmo em detalhes que não esperava e que me deram a oportunidade de perceber como este mundo se sustenta e o quanto influencia o enredo. É raro vermos um mundo com tanto detalhe sem aniquilar o ritmo, mas aqui tal acontece durante quase todo o livro, onde temos um mundo bem explorado sem que o ritmo baixe demasiado. No entanto, sendo um mundo tão focado no mundo e na criação de um ambiente que nos acompanha por todo o livro, é normal que um leitor que procure algo mais intenso ou focado em ação possa estranhar.
Gostei bastante das personagens, principalmente de uma que não irei indicar, pelo facto de o autor me ir explicando, de forma coerente, algumas dúvidas que tinha sobre o passado das mesmas, e levando-me a perceber algumas decisões. Todavia, este é um livro feito para nos deixar com várias perguntas sem resposta, preparando-nos para os próximos livros.
Uma palavra ainda para a escrita do autor, que está fantástica dentro do seu estilo e encaixando perfeitamente no enredo e na atmosfera do livro. Este é um livro pesado graças ao quando nos faz pensar. É um livro que expõe e explora poderosas questões morais, mesmo que de forma indireta, e que nos leva a pensar sobre a sustentabilidade de uma sociedade e o que são os instintos mais primitivos do ser humano.
No global, este não é um livro que agrade a todos os leitores. Todavia, facilmente se percebe que é um bom livro e que é uma boa base para a trilogia. O autor terá agora nos próximos livros de começar a revelar o porquê de muito do que aconteceu nestas páginas e eu certamente que as irei ler se tiver oportunidade. Para já, foi um livro que gostei e acredito que no final irei recomendar esta trilogia.
Luís Pinto
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