Autor: Brad Thor
Título original: Black List
Sinopse: Algures no seio do governo norte-americano existe uma lista muito bem guardada. Nunca é vista sequer pelos membros do Congresso, apenas pelo Presidente e a sua equipa secreta de assessores. Quando o nome de uma pessoa surge na lista, só é eliminado… quando a pessoa está morta.
Alguém acabou de adicionar à lista o nome do agente contraterrorista Scot Harvath. E ele agora terá não só de escapar às equipas designadas para o assassinarem, como descobrir quem colocou o seu nome na lista e porquê. E isto antes que os Estados Unidos sofram o maior ataque terrorista de todos os tempos…
Alguém acabou de adicionar à lista o nome do agente contraterrorista Scot Harvath. E ele agora terá não só de escapar às equipas designadas para o assassinarem, como descobrir quem colocou o seu nome na lista e porquê. E isto antes que os Estados Unidos sofram o maior ataque terrorista de todos os tempos…
Brad Thor é conhecido pelos seus thrillers rápidos e intensos, e neste, o 11º livro sobre o detetive Harvarth (cada livro é independente), temos um dos melhores trabalhos do autor )por opinião da crítica).
Este é o primeiro livro que leio de Brad Thor e rapidamente me cativou. O enredo prende o leitor com facilidade devido à sensação de urgência e também de possíveis conspirações, e mesmo não tendo lido os anteriores livros, entrei rapidamente na ação, levando-me a ler sem parar. No entanto, tal como seria de esperar, o facto de não ter os livros anteriores leva-me a que não conhecer a personagem de imediato, não sabendo o seu passado, os seus medos, os seus objetivos... mas o autor faz um bom trabalho a enquadrar o que é essencial na personagem para a compreensão deste livro.
Com um ritmo elevado, o autor leva-nos para um mundo cada vez mais baseado na obra prima de Orwell, 1984, onde cada vez mais tudo o que fazemos é observado e guardado. A informação rodeia-nos e nós próprios, levados pelas modas atuais, disponibilizamos essa informação sobre nós. Facebook, Twitter, Google... todas estas tecnologias sabem algo sobre nós. Sabem os nossos gostos, quais os nossos amigos, que viagens estamos a planear, o que andamos a comprar... até sabem a localização enquanto estamos a fazer algo numa rede social. Juntem tudo e temos a base de um enredo em que o controlo governamental é o tópico central.
O que mais me agradou no livro foi a forma como o autor conseguiu expor a base do próprio enredo. Bem estruturado, o enredo vai dando informação importante para o desenrolar dos acontecimentos e a leitura torna-se ainda mais rápida porque não temos de parar para pensar, já que o autor estrutura tudo muito bem. Em relação às personagens, o autor cria um bom conjunto mas não as explora todas, ficando a noção que algumas poderiam dar um maior contributo qualitativo ao enredo. Todavia, esta sensação pode vir do facto de apenas ter lido este livro na série, não sabendo que outras contribuições essas personagens já deram.
Com ação inteligente e sem grande momentos de paragens no ritmo da narrativa, o autor consegue criar um bom thriller que nos entra na cabeça e não nos larga até ao fim. Muitos leitores poderão mesmo ponderar a sua forma de olhar para as redes sociais e dependências de algumas tecnologias. O final, apesar de previsível, é competente e não deixa muitas pontas soltas, tornando este livro independente, tal como todos os outros da série.
Resumindo, Brad Thor é conhesido por thrillers intensos e inteligentes. Aqui está mais uma prova do seu método e do porquê da sua fama dentro do género. Não é um livro fantástico, mas consegue oferecer tudo o que queremos num thriller. Se gostam do género, podem olhar para este livro com interesse, porque merece ser lido.
Luís Pinto
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