Autor: Raymond E. Feist
Título original: Magician: Master
Assim que acabei o primeiro livro, agarrei este de imediato com enorme interesse no destino de algumas personagens. Feist não desiludiu, aliás, superou claramente a qualidade do primeiro. E porque é que tal acontece?
Primeiro falemos sobre Pug. Os seus capítulos estão muito bem construídos, quer pelo mundo que o rodeia, quer pela sua personalidade que nos mostra uma nova maturidade, e tal reflecte-se em diálogos bem criados. Este é o primeiro ponto vencedor deste livro. Outra personagem que me agradou bastante no primeiro livro foi Tomás, e neste segundo livro a sua personalidade cativou-me ainda mais, essencialmente pela sua própria luta interna que achei realmente interessante. A sua ligação ao passado foi algo que me pareceu uma ideia muito bem conseguida pelo autor e um dos pontos mais altos deste livro.
Feist consegue, com estas duas personagens, ligar dois mundos paralelos e ainda mostrar-nos o passado quando outros Reis governavam. Uma outra personagem que me ajudou a ficar mais “agarrado” ao livro foi Macros. Com aparições discretas, esta personagem, da qual Feist quase nada revela, pareceu-me demasiado importante na história para ter direito a tão poucas linhas e confesso que o desejo de saber mais sobre este mago é o que me faz querer ler o resto da saga. Numa história coerente como esta, Macros terá de ser algo mais do que aquilo que podemos ler neste livro.
Em relação à história, está na minha opinião bem conseguida e uma vez mais preciso afirmar que tanto a evolução de Pug como de Tomás está muito boa. Contudo no fim esperava algo que me marcasse mais, tal não aconteceu mas deixa a ideia que algum do vazio que senti poderia ser preenchido com os próximos livros. Apesar disso, devo ser justo e concordar que sendo o livro tão agradável de ler, talvez tenha elevado as expectativas em relação ao fim.
Realço ainda o mundo de Kelewan, que neste livro se revela não só em cultura e tradições como também no seu próprio passado para nos revelar a evolução da magia que Feist introduz na sua história. Este mundo apresenta-se como uma mistura de várias civilizações nossas conhecidas, como romanos, gregos e ainda culturas africanas. Esta mistura pode parecer algo estranha, mas funciona por não ser excessivamente igual a nenhuma das que referi. É realmente um mundo muito bem conseguido, com personagens sólidas que nos ajudam a perceber este mundo, tradições e preconceitos. Das melhores culturas que já li, infelizmente no fim deseja-se mais páginas de Kelewan mas a história não nos leva nesse sentido.
Resumindo, este é realmente um livro que deve ser lido por um apreciador do género. Não será certamente o melhor livro de fantasia que me passou pelas mãos, depois de ler O Senhor dos Anéis tal tornou-se quase impossível, mas preenche facilmente os requisitos para ser um livro do qual se adore e principalmente que nos vicia muito. Fico à espera dos próximos capítulos na esperança que me possa revelar um pouco mais de personagens com Macros ou Pug. Recomendo-o e certamente quem o ler retirará prazer das suas páginas. Obrigatório!
Uma vez mais parabéns pelo comentário. continua.
ResponderEliminarli este livro e tal como tu adorei o Macros. não li os livros seguintes porque me disseram que não estavam à altura. vais comentar o resto da saga?
Olá SoulFire. Obrigado pelos teus comentários. É bastante gratificante receber comentários sobre o que escrevi e gostava de fossem muitos mais.
ResponderEliminarEm relação ao resto da saga irei falar sobre ela assim que tiver tempo, irá demorar um pouco, porque ainda não li o Espinho de Prata, o livro seguinte a este.
Uma vez mais obrigado pela visita!
Boa Luís, para quem gosta de Kelewan recomendo a trilogia da Janny Wurts em conjunto com o REF, Empire. Descreve os acontecimentos da Riftwar em Kelewan, focando principalmente a Casa Acoma.
ResponderEliminarSoulFire, quanto aos próximos livros, posso-te dizer que gostei muito da saga Krondors Sons, que é o início da Serpent War Saga, e da Conclave of the Shadows. Todos os outros perdem um pouco, mas acho que estes mantém a elevada qualidade a que nos acostuma-mos ao ler Riftwar.
http://www.crydee.com/
olá jlol. Obrigado pela informação. tenho pesquisado sobre o resto das historias e só tenho pena de ainda não terem saído na nossa lingua. Dizem que o próximo mago estará quase a sair, mas talvez as restantes sagas compre em inglês.
ResponderEliminargostei bastante do que li até agora e todos falam bem do resto.
olá Zé! tudo bem? Bem-vindo ao meu blog. Espero que gostes.
ResponderEliminarNão sabia que gostavas do REF. Eu dele apenas conheço estes três livros. há muitos anos que esperava a tradução em português. Sempre li comentários bons sobre a saga mas como não conhecia pessoalmente ninguem que a tivesse lido acabei por nunca comprar em ingles. Li agora estes e estou à espera que saia o último Mago.
Da parte Empire já li opiniões que dizem estar ao nivel do Mago. Basta procurar um pouco na net e vemos como são muitos os que adoram. Há mesmo muitos que dizem que o ultimo da trilogia Empire é o melhor livro dele.
Visto que gostei tanto de Kelewan terei de um dia dar uma vista de olhos.
Vai aparecendo por aqui e se tiveres sugestões tás à vontade! Abraço.
Se no 1º livro tive com o pé atrás neste entrei a pés juntos e não me arrependi.
ResponderEliminarAs personagens continuaram a ganhar força e a novas personagens de Kelewan foram mais um boost para a qualidade desta saga.
Os enredos foram crescendo e os jogos de poder aumentaram a qualidade desta obra.
Macros é o superstar :), e o seu poder é um tanto pouco exagerado fazendo com que as acções dele sejam de puro divertimento, fica a ideia que com um estalar de dedos Macros podia determinar o fim da guerra entre mundos.
Quer-me parecer que não o faz para fazer crescer Pug, agora a questão é o porque de Macros querer que o poder de Pug cresça.
Será que Macros tem alguma ligação directa a Pug? Filho? Neto? Ele próprio?
Venha o 3º livro pois estou coladissimo a está historia.
Olá RLacerda! Ainda bem que estás a gostar do Mago! Eu adorei este segundo volume. Acho que o Pug e o Macros estão muito bem, e essa ligação e dúvida de que falas, também as tive. A minha personagem preferida será sempre o Tomás, simplesmente fantástico para mim. O 3º livro continua muito bom, mas notei que é um desenvolvimento necessário de personagens para o grande último livro. Depois diz-me o que achaste!
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