segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

BEM-VINDOS A JOYLAND


Autor: Stephen King

Título original: Joyland



Sinopse: Por detrás do brilho das luzes, escondem-se as trevas… Devin Jones, estudante universitário, aceitou o trabalho de verão em Joyland na esperança de esquecer a rapariga que lhe partiu o coração. Mas acaba por se deparar com algo muito mais terrível: o legado de um homicídio perverso, o destino de uma criança moribunda e verdades obscuras acerca da vida, e do que se lhe segue, que irão mudar para sempre a sua vida.
Uma história intensa de amor e perda, acerca de crescer e de envelhecer - e daqueles que não chegam a ter tempo para uma coisa nem para outra por serem ceifados pela morte antes disso. Com todo o impacto emocional das grandes obras de Stehen King JOYLAND é ao mesmo tempo um policial, uma história de terror e um romance de formação que deixará o leitor profundamente comovido.



Stephen King é um autor que aprecio bastante pela sua capacidade de escrever em vários géneros literários alterando a sua escrita para a encaixar de forma impressionante no enredo que nos está a oferecer. Mais famoso pelos seus livros de terror, Stephen King tem ainda na sua série Torre Negra uma trunfo dentro do mundo fantástico. Pelo meio, thrillers, sobrenatural, etc...

Este Joyland, que agora acabei de ler, é uma mistura entre toques de sobrenatural e um romance psicológico em que as personagens têm o grande destaque. Aliás, apesar de no início ficar a ideia de que este livro poderia ser focado numa investigação de um crime, que daria ao livro um ar quase policial/thriller, a verdade é que estamos perante um livro que tem como base o desenvolvimento das suas personagens e a forma como enfrentamos a morte.

King oferece um conjunto muito interessante de personagens, com uma capacidade impressionante para nos surpreenderem, sem deixarem de ser coerentes e, principalmente, para nos emocionarem. King mistura vários temas e conceitos para nos perguntar, indiretamente, sobre várias questões morais, que vão desde o lugar de cada um numa sociedade implacável e cheia de preconceitos, passando pela vida de quem sabe que está quase a morrer. A forma como alguns personagens encaram a vida neste livro leva-nos a perceber aos poucos o quanto este livro é uma metáfora para algo maior e que pode escapar ao leitor mais desatento.

Com um ritmo que empurra o leitor a continuar a ler, e com uma pitada de suspense, King volta a demonstrar o seu talento para contar histórias e para nos dar emoções fortes, seja medo, alegria ou tristeza. E este livro, um dos mais pequenos que li escritos por si, é mais uma prova do quanto King sabe agarrar o leitor em qualquer género. O único ponto que não me convenceu totalmente foi a forma como King demonstrou a lide diária de alguns funcionários, e fiquei sem perceber se o autor não quis explorar muito o tema ou se o fez de propósito para nos sentirmos perdidos com a investigação e consequentes revelações.

Apesar da capa da edição portuguesa, que gostei bastante, dar a ideia que podemos estar perante um livro de terror, a verdade é que tal não acontece. King criou um bom romance, com boas personagens, uma investigação interessante e mistérios envoltos em possibilidades sobrenaturais que nos levam a continuar a ler. Mas acima de tudo é um livro sobre a vida e a morte de uma qualquer pessoa. Se esta mistura é algo que vos pode agradar, então este é um livro a ter em casa.

Luís Pinto

3 comentários:

  1. Parabéns pela opinião. Continua com este grande autor!

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  2. Um dos melhores autores dos últimos anos. Sempre uma escolha acertada. Para quando mais sobre a Torre Negra?

    Abraço,
    Fid

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  3. Olá,
    Gostei muito da tua opinião. Tinha uma ideia diferente do que este livro poderia ser. No ano passado consegui começar a ler Stephen King ("O Retrato de Rose Madder") e fiquei fascinada com a forma como o autor consegue criar personagens tão bem. São muito realistas.

    Boas leituras!

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