Autor: Richard Zimler
Título original: The Seventh Gate
Sinopse: Em 1990, Richard Zimler encontrou, numa
cave de Istambul, sete manuscritos do século XVI escritos pelo cabalista
Berequias Zarco. Um deles narrava o pogrom de Lisboa e o autor
utilizou-o para cenário do seu livro O Último Cabalista de Lisboa. Mas, o
que revelavam os outros seis manuscritos?
Em Berlim, na década de trinta, Isaac, um descendente de Berequias Zarco e detentor dos manuscritos, está determinado a descobri-lo. Convencido de que o pacto entre Hitler e Estaline anuncia uma profecia apocalíptica prestes a concretizar-se, Isaac Zarco procura arduamente descodificar aqueles textos cabalísticos medievais para assim salvar o mundo.
Passado durante a ascensão de Hitler ao poder, e coincidente com o período da perseguição nazi aos portadores de malformações físicas, A Sétima Porta junta Sophie Riedesel – uma jovem ousada, sonhadora e ambiciosa – a um grupo clandestino de ativistas judeus e antigos artistas de circo liderado por Isaac Zarco, numa luta contra as políticas antissemitas. Mas quando uma série de esterilizações forçadas, estranhos crimes e deportações dizimam o grupo, Sophie ergue-se num combate solitário contra aqueles que ameaçam destruir tudo o que ela mais ama na vida.
Um romance emocionante carregado de simbolismo e uma verdadeira lição de História e de humanidade sobre as muitas vítimas sem rosto de um dos regimes mais implacáveis de todos os tempos.
Em Berlim, na década de trinta, Isaac, um descendente de Berequias Zarco e detentor dos manuscritos, está determinado a descobri-lo. Convencido de que o pacto entre Hitler e Estaline anuncia uma profecia apocalíptica prestes a concretizar-se, Isaac Zarco procura arduamente descodificar aqueles textos cabalísticos medievais para assim salvar o mundo.
Passado durante a ascensão de Hitler ao poder, e coincidente com o período da perseguição nazi aos portadores de malformações físicas, A Sétima Porta junta Sophie Riedesel – uma jovem ousada, sonhadora e ambiciosa – a um grupo clandestino de ativistas judeus e antigos artistas de circo liderado por Isaac Zarco, numa luta contra as políticas antissemitas. Mas quando uma série de esterilizações forçadas, estranhos crimes e deportações dizimam o grupo, Sophie ergue-se num combate solitário contra aqueles que ameaçam destruir tudo o que ela mais ama na vida.
Um romance emocionante carregado de simbolismo e uma verdadeira lição de História e de humanidade sobre as muitas vítimas sem rosto de um dos regimes mais implacáveis de todos os tempos.
No início, as suas mais de 600 páginas podem afastar alguns leitores, mas que rica leitura esta obra é. Zimler, autor que nunca tinha lido, escreve com uma "força" e um toque poético que agarram o leitor até lhes mostrar que a sua objetividade e a sua clareza serão o grande momento do livro. Zimler não trava a necessidade de nos mostrar o melhor e o pior que a humanidade é capaz de produzir, e é esse o grande trunfo deste livro.
Inicialmente não me foi fácil "entrar" no livro. Zimler começa lentamente, criando uma base que servirá de forma perfeita a este livro. São várias as personagens que Zimler cria com grande qualidade, não só pela coerência, mas principalmente pela criação de passados, traumas e motivações que ajudam a explicar as decisões das personagens, tornado o enredo mais sólido.
O que mais me agradou neste livro é o facto de o enredo ser sobre amor. Vários tipos de amor, se for possível distingui-los, quer seja entre pais e filhos, amigos, ou namorados. É sobre esse sentimento que nos faz querer viver e continuar a lutar, numa época em que a humanidade se encontra numa fase tão negra quanto foi a 2ª Guerra Mundial. Zimler explora vários temas e factos desta época, desde as perseguições a deficientes e judeus, passando pela aceitação ou resignação de muitos alemães perante a campanha de Hitler. O autor não é brando nas suas descrições, tenta impressionar o leitor e cria-se uma ligação de preocupação com as personagens que lutam para alcançar o que mais parece uma miragem.
A complexidade das personagens deve ser assinalada. Houve um ou outro momento em que pareceu existir alguma incoerência, mas no fim do livro essa sensação já não existe, pois Zimler consegue explicar, mesmo que indiretamente, as decisões que tomou para as suas personagens, até chegar a um final muito bem conseguido.
Sempre gostei bastante de livros sobre esta época. Zimler tem a qualidade de escrever com a força que tal época exige. Este não é um livro brando, é uma obra marcante e que deve ser aplaudida pelo facto de Zimler arriscar na forma como expõe a perseguição Nazi aos deficientes e Judeus. No global estamos perante um livro muito completo: bom enredo, personagens de grande qualidade, narrativa forte e complexa. Zimler espantou-me desde as primeiras páginas e certamente voltarei a ler os seus livros. Se gostam do género, este é um livro totalmente recomendado.
Luís Pinto
Um grande livro e uma análise de grande qualidade. Recomendo a quem gostar do género e também recomendo todos os outros livros do autor. Essa força que falas, está sempre presente.
ResponderEliminarParabéns pelo texto. Como sempre de grande valor.
Abraço
Conheço o autor mas nunca li nada da sua autoria nem estava a pensar ler, mas agora vou mudar de ideias. Parece-me mesmo um livro muito interessante, adorei o que escreveste e fui pesquisar. Estou convencida e vou comprar. Se não gostar venho cá reclamar :) lol. Bjs!
ResponderEliminarJá li o livro e penso que disseste o essencial. Dou-te como sempre os parabéns por falares de um livro e mostrares o melhor do mesmo sem revelares nada da história. Este foi o único livro que li do Zimler mas há muito tempo que estou para ler outros. Agora relembraste-me que tenho de o fazer. Talvez na feira do livro.
ResponderEliminarOlá Luís, gostei bastante desta tua opinião e aguçou-me o apetite....
ResponderEliminarDe Zimler, li apenas "O Último cabalista de Lisboa" e não fiquei fã, pois a dada altura, perdi-me completamente na leitura.... aliás não cheguei a terminar o livro.
Talvez, não estivesse na altura certa de me aventurar neste autor, de quem tenho lido excelentes opiniões, sobretudo acerca do seu mais recente trabalho. "A Sentinela"