sexta-feira, 28 de junho de 2013

HAMLET


Autor: William Shakespeare


Esta será, talvez, a mais difícil opinião que algum dia escreverei. Se retirarmos da "lista" os livros religiosos, então Hamlet é o livro mais estudado da nossa história, com centenas de interpretações, e sabe-se lá qual está mais próxima do que o autor queria transmitir na sua peça. Alguns críticos dizem que ao interpretarmos Hamlet, nos estamos a ver a nós mesmos, um espelho que nos demonstra o que queremos ver ou quem somos. Eu, enquanto simples leitor que tenta escrever sobre este livro, não tenho competência para argumentar sobre isso, mas, tal como muitos dizem, também eu acredito que Hamlet é, provavelmente, a personagem mais fascinante que alguma vez li.

Duvida que as estrelas sejam fogo, duvida que o sol se mova. Suspeita que a verdade minta. Só não duvides nunca do meu amor.

 A história de vingança é universal (O Rei Leão foi baseado nesta obra) e não é, por si só, fascinante. O que marca o livro e o leitor, ao ponto de ainda hoje se estudarem estas páginas, é Hamlet. Este homem demonstra-nos o que é o livro, qual o seu tema. Para mim, esta obra é sobre a morte, a nossa reação à mesma e a dúvida de não sabermos o que existe depois do momento em que morremos. E é aí que entra uma das grandes frases de Hamlet.

Ser ou não ser... eis a questão.

Afinal o que existe durante o "não ser"? Qual dessas fases, ser ou não ser, é a melhor? Para mim, esta é a base da história: a dúvida de Hamlet, presente a cada instante após falar com o fantasma do seu pai. Tal, nota-se nas suas dúvidas, sobre se deve ou não vingar-se, e quando o deve fazer. Nós somos o único ser que tem a perfeita noção de que vai morrer. Animais têm o instinto de sobrevivência mas não sabem (ou pelo menos é o que achamos) que depois existe o "nada". Deus (quer exista ou não), também não tem noção do nada que chegará, pois Deus não morre. E assim, nós, humanos, sabemos que um dia tudo acabará, pelo menos neste mundo. E toda a nossa vida, cada instante, é condicionado por sabermos que um dia, iremos desaparecer, provavelmente sem fazermos tudo o que desejamos, sem dizermos o que queremos, sem nos despedirmos de quem amamos. E para mim, é isto que enlouquece Hamlet: é a inevitabilidade da morte e a justiça desta vida. O momento, talvez o mais marcante do livro, em que Hamlet fala com a caveira do Bobo, é a prova disso:

(Hamlet a falar para a caveira): Vai procurar a minha senhora e diz-lhe que, por mais pintura que ponha no rosto, é a este estado que tem de chegar.

Hamlet não tem nada de herói. É inteligente, é justo, mas a loucura abate-se sobre todos os homens em algum momento, e Hamlet não é exceção. A forma como trata Ofélia e também a sua mãe, são temas há muitos discutidos, e eu, enquanto leitor, também retiro as minhas conclusões. Mas num texto tão singular, é para mim impossível, perceber qual a verdadeira intenção de Shakespeare.E é essa a sua genialidade.

Existem outras personagens interessantes, importantes, mas nenhuma marca como o Príncipe. A leitura não é fácil devido à prosa do autor, e exigiu-me alguma concentração para retirar alguns significados. Sendo uma peça de teatro, toda a narrativa descritiva está praticamente ausente, ficando apenas os diálogos e as ações mais importantes. Este é um livro de narrativa complexa, da qual não é fácil retirar todos os seus significados. O leitor deve ter paciência e questionar. Se o fizer, ficará fascinado pela luta interior de Hamlet, e, provavelmente, tirará conclusões diferentes das minhas, que não irei aqui revelar. Hamlet é um verdadeiro clássico, uma obra imortal que continuará a ser discutida durante muitos anos. Não é para o gosto de todos, mas é muito bom!

Luís Pinto

quinta-feira, 27 de junho de 2013

OS DRAGÕES DO ASSASSINO


Autor: Robin Hobb

Título original: Fool's Fate (2ª metade)


"Leiam esta saga!" (e a minha crítica podia ser apenas esta frase, porque, sinceramente, nem sei que dizer mais). 

Finalmente acabei esta saga, que juntamente com a anterior, nos dá um olhar sobre a vida de Fitz, narrada pelo próprio, num conjunto de dez livros. 

Olhando para a qualidade do livro, este não está acima dos restantes, mas será, quase de certeza, o favorito de todos. Em primeiro lugar é preciso dizer que Hobb consegue "fechar" todos os temas, dando respostas e momentos definitivos para tudo, à excepção de um pormenor que, quem sabe, poderá ser a chave para uma nova saga, um dia.

Este é, provavelmente, o facto mais bem conseguido deste livro: tudo fica explicado, até as dúvidas em relação à saga anterior, dando a sensação que na realidade são uma única saga, pensada desde o início para acabar neste livro. Em relação ao final, Hobb executa-o de forma diferente. No final da primeira saga, tudo foi muito rápido e isso desagradou alguns leitores. Eu adorei aquele final mas percebi a insatisfação de alguns. Neste, Hobb não repete o "erro". O final da "luta entre o bem e o mal" acaba muito antes do fim do livro, dando espaço ao acalmar da narrativa e à definição de tudo, com calma e sem espaço para dúvidas.

Sobre tudo o resto não há muito a dizer. Hobb está como nos habituou: excelentes personagens, momentos de surpresa e coerência, uma escrita lenta e cheia de pormenores, e acima de tudo, muita emoção. Morte, traição, amizade, amor, desespero. Tudo está presente e as decisões serão definitivas. Um livro que não desilude em nenhum momento e que é o final que os fãs há muito pediam, onde a autora demonstra a capacidade de não nos dar algo cor de rosa e que destruísse a coerência daquele mundo.

Resta-me acabar esta análise, onde me recuso a mencionar qualquer personagem ou momento (para nada revelar), da mesma foram que comecei: "Leiam esta saga!"

Agora um olhar sobre as duas sagas, num texto menos crítico e mais emocional:

Há um ano comecei a ler a história de Fitz. Quem me recomendou o "Aprendiz de Assassino" disse-me: "Não vais conseguir parar de ler". Um ano depois, e dez livros lidos (a uma média de 350 páginas, mais ou menos, é muita página), dou-lhe razão. Quando comecei a ler, achei que a saga poderia ter um problema: era narrada por Fitz, logo ele não iria morrer, pois não acreditava que a meio o narrador mudasse. Sendo assim, como poderia eu, leitor, preocupar-me realmente com ele? A resposta, vejo-a agora, é que não preciso, porque eu sofri com esta personagem. Qual o seu segredo? É difícil de explicar, e ainda mais difícil de copiar. Fitz foi uma presença na minha mente durante horas, as longas horas em que li a sua vida. E, acima de tudo, foi honesto. Enquanto narrador, nunca me tentou enganar, nunca escondeu os seus defeitos. Vendo bem, Fitz foi o narrador mais honesto que já li... tratou-me como a um amigo, e ao mostrar-me todos os seus erros, imperfeições, virtudes e momentos de indecisão, tornou-se na personagem mais humana... aquele que cresceu ao contar-me a sua vida.

O segredo é mesmo esse: Fitz não é um herói como nós conhecemos. É, principalmente, uma personagem que não tem a vergonha de dizer ao leitor tudo o que fez de mal e sofrer com isso. Claro que parece que o estou a tornar demasiado real, mas pensem bem: quantos narradores foram totalmente honestos com o leitor? Quantos não nos tentaram enganar, esconder coisas até ao fim, para nos surpreender? Aqui nós sempre soubemos o mesmo que ele.  

E assim sofri com Fitz. Sofri pelo amor que não teve, pelas torturas que recebeu, pelas mortes à sua volta. E isso é tão difícil um escritor conseguir... aquela capacidade de nos fazer esquecer que estamos a ler e levar-nos, inconscientemente, a acreditar que aquela história existiu, teve amor e sofrimento, e nós sofremos, porque gostamos daqueles personagens que não são mais do que palavras escritas por alguém que nunca iremos conhecer. É essa a magia da leitura: é ver o Fitz a sofrer e esquecermos que estamos no nosso quarto, é achar que ele está à nossa frente a contar-nos a sua vida.

Claro que a saga não é apenas Fitz. A autora criou, desde o início, uma ponte que qualquer leitor atravessa, e que nos leva a gostar também de outras personagens. Castro, talvez o mais incompreendido no início, mas principalmente Veracidade e o Bobo. O Bobo pelo enigma que é, sempre misterioso, Veracidade porque é a imagem paternal que Fitz nunca teve, cheio de moral, justiça e coragem, sempre pronto a sacrificar-se enquanto nos revoltamos com as injustiças que Majestoso cria. Claro que existem outras... acredito que seja impossível não ficar "amigo" de Olhos-de-Noite e principalmente de Obtuso, que adorei. Todos eles desafiam Fitz à sua maneira, levando-o a errar, a admitir o erro e crescer.

Este conjunto de personagens, onde podemos ainda acrescentar Breu, a Rainha, Paciência, etc... é o grande trunfo da saga. Se as personagens fossem menos reais, menos fortes, então o enredo não teria a capacidade de nos prender da mesma forma. E isto nota-se com facilidade. Hobb cria um mundo interessante, dá-lhe diversidade, curiosidades, cultura, e tudo isto com qualidade, mas essa é a parte que iremos esquecer. O que fica é essa empatia, que cada um poderá criar (no meu caso, com Fitz).

Esta empatia que criei, outros poderão não sentir. Na literatura, durante os anos em que lemos, vamos assistindo a muitas histórias, conhecemos milhares de personagens. Umas ficam connosco para sempre, outras esquecemos mal o livro acaba. Todos nós ganhamos algo quando lemos um livro, mas por vezes, existe um livro que nos tira algo quando o acabamos. Foi isso que me aconteceu com esta saga: houve algo que perdi quando a acabei, e sente-se um pequeno vazio que apenas os nosso livros favoritos conseguem deixar dentro de nós.

A saga de Fitz (e aqui falo dos dez livros) não é a minha favorita nem é a melhor que já li, e o mesmo se passa com Fitz, que não é a minha personagem favorita, nem a melhor que já conheci... mas fez-me vibrar como nenhuma outra. Fez-me rir, fez-me sofrer ou ficar triste. Acima de tudo, fez-me companhia e por isso, estas milhares de palavras que Hobb escreveu, nunca foram apenas uma leitura onde lemos algo. Esta foi partilhada com a personagem, e por isso a leitura, um ato que por vezes é tão solitário, neste caso nunca estive sozinho.

Luís Pinto

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Resumo dos passatempos

Resumo dos passatempos!

Hoje deixo-vos aqui os links dos passatempos que estão abertos no blog e as respetivas datas em que acabam. Boa sorte!

O Hobbit (o link aqui)
Pack Livro e Filme Blu-ray 2D/3D

termina às 23:59h do dia 28 de junho


 


 Cloud Atlas (o link aqui)
Pack Livro e Filme Blu-ray

termina às 23:59h do dia 29 de junho




 
Star Wars (o link aqui)
Pack Livro "Darth Plagueis" e Filmes Blu-ray Episódios 4, 5 e 6

termina às 23:59h do dia 30 de junho





A última fugitiva (o link aqui
Livro

termina às 23:59h do dia 28 de junho



Participem e boa sorte a todos!!!


DRAGÕES DE UMA NOITE DE INVERNO


Autor: Margaret Weis & Tracy Hickman

Título original: Dragons of Winter Night


Muitas trilogias têm no seu segundo livro, o mais fraco. Este não é o caso. O 2º livro da saga Dragonlance consegue melhorar quase todos os aspetos do livro anterior. É mais coerente, mais sólido, mais adulto e mais inteligente.

O primeiro livro foi uma leitura interessante, com personagens fáceis de gostar e um ritmo que não nos deixava parar de ler. Por outro lado apresentava um mundo que tem por base vários dos clichés da fantasia que Tolkien tornou famosos. Neste segundo livro esses clichés persistem, mas já não são a base, e como tal, deixam  de ter a importância e visibilidade que existia no anterior. Isto deve-se bastante ao alargar de visão que temos em relação ao mundo. No primeiro livro, seguimos sempre todo o grupo, que agora se espalha, e a "nossa visão" vai saltando entre locais e culturas, tornando todo o contexto mais sólido.

Por outro lado, existe uma diferença na atitude dos autores em relação à forma de como nos contam a história. No primeiro livro a narrativa serviu essencialmente (mas não totalmente) para nos explicar o que não sabíamos, enquanto que agora serve para nos mostrar que ainda há muito que não sabemos. A personagem Raistlin é o exemplo óbvio disso, mas não é a única. O ritmo continua rápido e a narrativa objetiva ajuda a que nos foquemos no enredo e no que está para vir. E pelo meio, algumas surpresas!

Em relação às personagens, é preciso notar que todas elas ganham com a separação do grupo. Quando estavam todos juntos, por vezes até nos esquecíamos de algumas, pois é impossível colocá-las ao mesmo tempo a falar ou  a "dividir" a ação. Separadas toda a narrativa se torna mais coerente e as personagens ganham o "tempo de antena" necessário para se mostrarem e começarmos a gostar das mesmas. Claro que esta divisão também dá a noção que a narrativa pode estar a ser cortada, ou que faltam partes, principalmente porque existem saltos temporais, mas foi um problema para mim.

Claro que Raistlin continua a ser a personagem que faz a história andar, e é também quem agarra o leitor, pois fica sempre a dúvida nas suas falas, e nada melhor do que um enigma para o leitor continuar a ler. No entanto, é impossível não gostar de outras, como por exemplo Fizban ou Tass, que ao ganharem protagonismo, tornam o livro mais cómico e agradável, e conseguem criar a ponte necessária na narrativa para conhecermos outras (por exemplo, Flint ganha imenso com a maior visibilidade de Tass).

A maior surpresa neste livro está no crescimento que teve em relação ao anterior. A escrita é muito mais madura, e apesar de existir um ou outro momento em que eu pedia uma aproximação mais forte sobre um tema, no geral, o livro deixa para trás o seu" ar mais juvenil" e torna-se mais adulto, e senti que começam a existir consequência para os atos das personagens. A juntar a este amadurecimento da narrativa e diálogos, está também o facto de o enredo ser mais negro e agradou-me bastante.

Falta apenas um livro e por isso não me alongo. O caminho seguido pela série é o acertado, na minha opinião. O ritmo e personagens viciam e a maturidade dá um novo prazer ao leitor. Muito está por explicar e o final deste livro deixa muitas hipóteses no ar. Para já, não é uma saga que seja imediatamente uma obra-prima nem será, certamente, algo de revolucionário para quem leia agora (este livros têm quase 30 anos e desde então muito se copiou), mas é uma boa saga para quem gosta do género ou queira iniciar-se na fantasia. Fica por saber se o último livro consegue fechar esta saga em grande.

Luís Pinto

terça-feira, 25 de junho de 2013

O CAVALEIRO DE WESTEROS & OUTRAS HISTÓRIAS


Autor: George R. R. Martin

Título original: GRRM: A RRetrospective


Não sou um grande fã de contos. É verdade que por vezes leio um conto que me fascina, mas na grande maioria dos casos sinto a falta de conhecer a personagem o suficiente. É normal o conto não nos dar tempo para conhecermos uma personagem, mas por outro lado, um conto pode fascinar-nos com uma ideia, uma simples ideia que altera a história, que nos faz pensar ou ficar de boca aberta com a surpresa.

Sendo este um autor que me marcou bastante, seria impossível falhar este livro. O conto principal (de longe o maior) é o "Cavaleiro de Westeros" e retrata a mesma história do livro de BD com o mesmo nome (ver o link com a opinião). Sobre esta história a minha opinião mantém-se, mas, obviamente, é muito mais detalhada neste livro, e qualquer leitor que goste do autor e do seu "universo" de Westeros, gostará deste conto.

Em relação aos outros contos, torna-se óbvio que GRRM é um excelente contador de histórias. É verdade que a qualidade dos contos não é igual em todos, nem o poderia ser, mas existe uma "toque pessoal" presente em cada linha. No meu caso, alguns contos não me marcaram, apesar de nunca ter tido a vontade de saltar o conto. Por outro lado, e sem falar individualmente de cada conto, devo dizer que existem contos que gostei bastante. O primeiro, "Canções de Laren Dorr" foi, provavelmente, o meu favorito. Um pequeno conto, com cerca de vinte páginas (o mais pequeno do livro), mas com a tal ideia base que me deixou de boca aberta, principalmente com um final inesperado. Mas existem outros: "Uma canção para Lya" (vencedor do Hugo award Best Novella em 1975), "O caminho de Cruz e Dragão" (vencedor do Hugo Award Best short story em 1980), "Reis-de-Areia" (vencedor do Hugo award Best Novelette em 1980 e vencedor do Nebula Award Best Novelette em 1979), e ainda "Negócios de Peles", que termina o livro, e em grande!

Um aspeto muito interessante do livro é o conjunto de introduções que o autor faz para os seus contos. GRRM tenta explicar-nos um pouco sobre o porquê de ter escrito aquele conto, quais as suas motivações, e até quais as ligações com a sua vida no momento em que as escreveu. Por vezes as introduções são bastante grandes, mas torna-se uma forma de conhecer "o outro lado" do autor, e gostei da possibilidade.

É claro que este livro, sendo divididos em vários contos, não consegue ter o impacto de um livro da saga mais famosa do momento. No entanto é um livro muito interessante e os prémios confirmam-no. Aqui estão alguns dos melhores trabalhos de GRRM e quem for fã do autor irá gostar. GRRM explora vários géneros e temas que não são fáceis de abordar em poucas páginas, e nota-se, tal como é exigido num conto, que o autor dá-nos o "espaço de manobra" para sermos nós a questionar e a pensar sobre a mensagem que o conto nos pode dar. Os contos falam-nos de amores impossíveis, de honra acima de qualquer outro valor, de missões para toda a vida, da insignificância que somos neste universo e ainda do instinto de sobreviência e como somos capazes de tudo para perdurar, entre muitos outros temas.

Este é um livro que mistura fantasia, FC e terror, mostrando que GRRM está à vontade em cada género. Nenhum conto é uma obra-prima, e a própria expectativa tem de ser controlada, pois GRRM não poderia fazer em algumas páginas o que faz em GoT. Mas, no global, este livro é um excelente conjunto de trabalhos e que me surpreendeu. Se são fãs do autor, leiam este livro, notem que por vezes existem parecenças entre GoT e estes contos, e conheçam melhor o trabalho e as origens de GRRM.

Luís Pinto

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O PISTOLEIRO


Autor: Stephen King

Título original: The Gunslinger



O homem de negro fugiu pelo deserto e o pistoleiro foi no seu encalço.

Por vezes existem livros, que por um ou outro motivo, nos deixam de boca aberta. O Pistoleiro é um desses casos.
Este primeiro livro da série "A Torre Negra" é um feito ímpar. Considerada uma das melhores sagas de sempre dentro da literatura fanática (a HBO já confirmou que irá fazer a série - o mesmo canal que neste momento faz A Guerra dos Tronos), e com uma personagem memorável,  Stephen King demonstra até onde vai o seu talento.

Sendo este o primeiro livro, Roland, personagem principal, ainda não demonstra o porquê de ser tão adorada pelo mundo literário, mas já lhe conseguimos sentir a sua obsessão, e principalmente a sua ignorância em relação a este mundo. Vemos o seu passado e começamos a perceber a forma como pensa, e é, curiosamente, das poucas coisas que ficamos a saber neste livro. E isso é o toque de génio que o autor dá ao livro: com uma escrita poderosa e inteligente, e que me hipnotizou, King consegue criar uma obra onde no fim percebemos que o livro está cheio de respostas mas nós não percebemos nada! Claro que muitas outras obra também não revelam nada, e nós percebemos como é forçado aquele momento ou um outro diálogo em que não são feitas as perguntas certas. Mas King é inteligente e de forma coerente, dá-nos apenas o que quer.

O autor demonstra ainda uma capacidade fantástica para descrever cenários, com uma imaginação visual bem definida e fácil de percebermos. O mundo parece (e digo "parece", porque para já não dou nada como garantido nesta saga) uma mistura de fantasia, Western e ficção-científica pós-apocalíptica. Mas para além disso não sabemos com o que estamos a lidar... viagens no tempo? Portais? Universos paralelos? Religião? Não dá para perceber e o autor consegue deixar tudo no ar com uma genialidade raramente vista.

O final, avassalador, é razão mais do que suficiente para voltarmos a ler este livro. É aqui que algumas respostas são dadas e muitas perguntas são construídas. King cria diálogos inteligentes, novamente baralha-nos os sentidos e acabei por falhar em todas as teorias que tinha. E desde que seja coerente, adoro quando isso acontece.

Quando acabei este livro fiquei com a mesma sensação que tive quando acabei de ver o filme "A Origem" (Inception, ver aqui o link da opinião ao livro), com a ligeira diferença de saber que aqui, um dia, saberei as respostas. Fico à espera, com muita vontade de ler os próximos e saber o porquê deste mundo, qual a ligação entre Roland e o rapaz, e muitas, muitas outras coisas. Se, como dizem, este é o mais fraco dos livros da saga, então logicamente começo a perceber o porquê de esta ser uma das sagas mais elogiadas de sempre. Não é um livro para todos, pois tenho a certeza que muitos não irão gostar, mas da minha parte, este livro parece-me ser o início de um toque de génio. Com sabem, nunca me adianto muito no início de uma saga, e por isso vou ficar à espera, mas para já digo: "Venham os próximos!"

Luís Pinto

domingo, 23 de junho de 2013

TRIPLO


Autor: Ken Follett

Título original: Triple


No ano de 1968, Israel esteve por detrás do desaparecimento de 200 toneladas de urânio, material destinado a dotar o Egito da bomba atómica com a ajuda da União Soviética. Contudo nunca se conseguiu determinar como é que um carregamento daquele minério, suficiente para produzir 30 armas nucleares, desapareceu no mar alto sem deixar provas que comprometessem Israel. Follett pegou nesta enigmática ocorrência e criou a partir dela um thriller único, onde um suspense de alta voltagem se combina com factos históricos.

Este é o primeiro livro que leio de Ken Follett. Após muitas pessoas me recomendarem o autor, acabei por ler este livro, uma das suas primeiras obras, pois a sinopse conquistou-me de imediato com a sua mistura entre ficção e factos históricos, e neste caso o tema é muito interessante.

Esse é um dos pontos altos do livro: a forma como Follett junta factos com ficção, não senti que nada fosse forçado, e a partir desse ponto o enredo começa coma elegância e ritmo necessários para se criar um bom livro. Follett explica algumas curiosidades históricas (até para ajudar à construção das personagens) mas um conhecimento mais aprofundado do leitor ajudará a perceber tudo o que se está a desenrolar, pois apesar de nos enquadrar no contexto, Follett vira-se muito mais para a construção das personagens, este sim, o grande trunfo do livro.

Follett não se limita a criar três espiões. O autor constrói, com todo o pormenor necessário a este género literário, os três homens, mostrando-nos os seus passados, essenciais para percebermos a primeira pergunta que se deve fazer sobre uma personagem de espionagem: qual o motivo que o levou a ser espião? Nat, a personagem principal, é bastante credível e ajuda a tornar o livro mais intenso e sombrio nuns momentos, e mais leve e romântico noutros. Pelo meio temos um toque de romance, essencial a prender o leitor e aumentar a sua preocupação, e que está bem conseguido apesar de num momento ter sentido algum forçar, mas que depende como cada leitor abordará o próprio romance.

Não posso deixar de mencionar que o autor afasta-se bastante da componente política, não dando ao leitor a necessidade de definir quem está bem e quem está mal. O que vemos nesta obra, é a determinação de três homens, onde cada um acredita que faz o correto, ou o necessário para um bem maior, e assim não temos a tendência de julgar estes três operacionais pelas ordens que outros dão.

É verdade que este enredo apresenta alguns dos clichés que tornaram a espionagem famosa na literatura/cinema, mas são quase insignificantes para o desenrolar da história, nunca sendo momentos decisivos. A narrativa não tem um ritmo muito elevado, pois o autor não deixa que a acção nos afaste do que o personagem está a sentir, tentando manter constante o nosso conhecimento em relação ao espião que estamos a seguir. No entanto, mesmo a narrativa não sendo rápida, o enredo é, pois estamos constantemente a ser agarrados por acontecimentos importantes que nos "obrigam" a continuar a ler e será difícil a um fã do género parar de ler.

Espionagem é um dos meus géneros favoritos e quando mistura ficção e factos históricos, torna-se difícil largar o livro desde que este seja bom. É este o caso. Follett constrói muito bem as suas personagens e faz uma ligação muito suave entre a realidade e a sua imaginação. Acredito que esta não seja a sua melhor obra mas sendo um género que gosto tanto, a leitura foi mesmo muito agradável, e por isso fico com a noção de que mais que um livro para os fãs do autor que se maravilharam com Os Pilares da Terra, esta é uma obra para os fãs de thrillers com forte componente histórica.

Luís Pinto

Para mais informações sobre o livro Triplo, clique aqui.

Para mais informações sobre o autor, consulte o site da Editorial Presença aqui.

sábado, 22 de junho de 2013

OS FILHOS DE HÚRIN


Autor: J. R. R. Tolkien

Título original: The Children of Húrin


Este é um livro que pode ser lido sem termos qualquer conhecimento de todo o universo criado por Tolkien. No entanto, e apesar de se "aguentar bem sozinho", deve ser lido já com algum conhecimento de toda a Terra-Média, e de preferência, após a leitura de O Silmarillion.

Este é, na minha opinião, o livro mais negro deste génio da literatura. Tolkien surpreende ao não oferecer o resultado mais feliz em vários momentos do livro, tornando-o forte, sombrio e dando ao leitor a sensação que a cada página alguma coisa de mau pode acontecer.

As personagens principais são muito bem construídas e exploradas, desde Túrin e Húrin, passando por Morgoth, e todas elas oferecem um particular desespero à história. Para além disso, este é também um livro que explora temáticas fortes, expondo a natureza e fragilidade humana, quer física e mental, quer social. E acabamos por ter à nossa frente uma obra que levanta várias questões filosóficas e que poderão passar ao lado de um leitor que leia esta obra demasiado depressa.

Em primeiro lugar devemos olhar para o amor entre pai e filho. Tolkien explora bastante este tema, mas nunca diretamente. O que vemos aqui é um caso normal onde um pai ama incondicionalmente um filho e tudo fará para o proteger, enquanto o filho se apercebe, ao crescer, que o pai não o protegerá toda a vida. Em ligação com estas questões, está a impossibilidade de um homem mudar o seu destino e evitar a dor ao ver que tudo o que ama, acabará por sofrer. E aqui temos a última grande questão: estará o nosso destino decidido (neste caso o destino dos filhos de Húrin), ou será que é a própria natureza humana que falha? Será que o que temos destinados para cada um é consequência da própria fragilidade humana e será o plano de algo divino, que nos levar a cair ou erguer? E então, somos, ou não, donos do nosso destino?

Envolto na fantasia que Tolkien nos habituou, este é, talvez, do ponto de vista dos acontecimentos, o mais realista dos enredos que Tolkien nos ofereceu. O final fantástico e com certos momentos bastante inesperados, demonstra a poderosa imaginação do autor, não só em relação a ambientes, mas também em relação aos locais mais profundos a que pode chegar a mente humana.

Este é, principalmente, um livro para os fãs. Para mim, esta é uma das melhores história de Tolkien e que ganha uma dimensão ainda maior se tivermos conhecimento dos acontecimentos da Primeira e Segunda Era da Terra-Média. A narrativa perde um pouco a "melodia" presente em O Senhor dos Anéis e apresenta-se mais forte, mostrando que Tolkien não foi apenas um autor de grande imaginação, mas também um autor capaz de mostrar muitas das fragilidades humanas, algo que apesar de presente nas suas outras obras, não têm tanta preponderância, pois estamos distraídos com a sua "imaginação visual". 

Mesmo se fores um fã de Tolkien, este não deverá ser o teu livro preferido do autor, mas vale a pena ser lido. Li-o devagar, tentei absorver toda a mensagem que o livro tenta passar, interpretei-o à minha maneira e recomendo que façam o mesmo. Para finalizar, vale a pena falar das excelentes ilustrações presentes no livro, e que nos ajudam a imaginar, o que, talvez, Tolkien imaginou. Um conjunto de poderosas imagens que se aliam de forma perfeita ao livro.



Luís Pinto

Passatempo: A última fugitiva


PASSATEMPO

A última fugitiva


Em parceria com a Editorial Presença, temos para oferecer um exemplar deste novo livro de Tracy Chevalier, a autora de "A rapariga do Brinco de Pérola".

Para se habilitarem a ganhar, basta ler o texto abaixo, responder a uma pergunta e preencher o formulário.

O passatempo termina às 23:59h do dia 28 de junho

A todos, boa sorte!

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui



A Última Fugitiva é um romance vibrante sobre os tempos que antecederam a guerra civil norte-americana e a abolição da escravatura. Passa-se no Ohio rural, na década de 1850. Honor Bright é uma jovem quaker de Dorset que parte para a América em busca de uma nova vida. Cedo toma contacto com o Underground Railroad, um movimento de pessoas que ajudam os escravos negros a fugir para norte em busca da liberdade, uma causa a que os quakers eram muito sensíveis. Tracy Chevalier entretece com entusiasmo e beleza a história dos quakers pioneiros e a dos escravos fugitivos, revelando o espírito e a coragem de homens e mulheres comuns que tentaram fazer a diferença, desafiando até as suas próprias convicções mais profundas.      

Tracy Chevalier nasceu em Washington D.C., mas aos 22 anos foi viver para Londres, onde reside atualmente com o marido e o filho. Tem um mestrado em Escrita Criativa pela Universidade de East Anglia e é uma autora muito acarinhada pelo público e pela crítica. O seu segundo romance, A Rapariga do Brinco de Pérola, recebeu o Barnes and Noble Discover Award, foi um estrondoso sucesso internacional e deu origem a uma versão cinematográfica nomeada para os óscares e protagonizada por Colin Firth e Scarlett Johansson.



«... o melhor romance da autora desde A Rapariga do Brinco de Pérola.» - The Times


sexta-feira, 21 de junho de 2013

A HORA SECRETA


Autor: Scott Westerfeld

Título original: The secret hour


Sinopse:
Jessica Day chega a Bixby contrariada por deixar Chicago para trás, e as primeiras impressões não são positivas. A pequena cidade é muito quente, a água tem um sabor estranho, e Jessica não demorará a descobrir que este não é o único aspeto peculiar de Bixby.
Logo na primeira noite ela desperta de um sonho esquisito, que lhe revela que é a única pessoa que existe e que o mundo está suspenso no tempo. Rapidamente se aperceberá de que não se trata apenas de um sonho, e nesse momento o seu mundo muda para sempre. Jessica descobre um restrito grupo de jovens, chamado Midnighters, que consegue mover-se livremente numa hora da noite que não existe para mais ninguém: a 25.ª hora. Durante anos, os Midnighters e as criaturas das trevas partilharam esta hora tentando evitar-se mutuamente. Mas tudo isso muda com a entrada em jogo de Jessica e dos seus poderes secretos.

Numa narrativa claramente virada para adolescentes, este primeiro livro da saga Midnighters traz-nos um conceito original (pelo menos para mim). O livro apresenta um ritmo elevado do início ao fim, o que ajuda o leitor a entrar na história, e quando nos apercebemos o livro já está a acabar. Torna-se viciante e as personagens são agradáveis, levando a que seja uma boa leitura para o público juvenil.

No entanto o livro não foge a alguns clichés dos livros de adolescentes. Aliás, o meio onde o enredo se passa quase que obriga o autor a seguir certos caminhos que já vimos noutros livros, mas devido ao elevado ritmo do livro, tais acontecimentos não "matam" a experiência da leitura. As personagens são interessantes e coerentes, sendo o esperado dentro deste género, ajudando a tornar o livro divertido e também a manter a sua identidade mais adolescentes. No entanto, Jessica, a personagem principal, não foi a que me cativou mais, talvez por ser a que menos surpreende, e preferi a forma como o autor desenvolveu algumas personagens secundárias, por exemplo, Rex e Melissa, dando-lhes personalidades que me surpreenderam em alguns aspetos. 

Se olharmos de forma objetiva, muito do segredo de uma boa história mais adolescente passa pela capacidade do livro nos apresentar personagens com os quais o público se liga, quer seja por se identificar com alguma, ou por sonhar ser igual ou alcançar o mesmo feito, e neste fator o autor não falha, e certamente cada leitor mais jovem conseguirá encontrar a sua personagem, e mais facilmente entrar neste mundo que em alguns momentos é tão igual ao nosso, noutros tão diferente. 

O final é o ponto alto do livro. Bem pensado, explica muito do que não se percebia e cria novas perguntas, mas essencialmente, torna o livro melhor e mais coerente. No entanto, muito fica por explicar se adotarmos um espírito crítico. Existe uma sensação de que algo está forçado, principalmente a forma como todo o enredo de ação e perigo se inicia, mas também existe a sensação, devido a alguns diálogos, que o autor tem as respostas, mas só as dará nos próximos livros. E para mim, tal será fundamental.

Olhando para este livro, agora que o acabei, e tendo noção que é o início de uma trilogia, a obra cumpre o seu papel. Apresenta a história, personagens e deixa perguntas no ar. Os intervenientes são cativantes, dão-nos momentos de alegria, encaixam na narrativa rápida e sem grandes paragens para descrições. A premissa tem partes originais e demonstra que tem conteúdo para melhorar quando nos mostrar mais sobre este mundo. Eu fiquei com curiosidade em saber o que acontecerá nos próximos e acredito que a grande maioria dos leitores também fique. No entanto volto a indicar que se trata de um livro mais virado para o público juvenil, que certamente irá gostar deste início de saga. 

Luís Pinto

UMA PROMESSA PARA TODA A VIDA


Autor: Nicholas Sparks

Título original: A bend in the road


Quando me ofereceram este livro não estava nos meus planos voltar tão cedo a ler este autor. Não sendo um dos meus géneros preferidos, gosto de dar espaços entre livros para não cansar. No entanto, o último e único livro que li do autor, tinha demonstrado um lado negro que me agradara e surpreendera. Sendo assim, numa altura em que tenho menos tempo para leitura e o cansaço pede algo menos complexo, regressei a Nicholas Sparks.

Foi uma leitura agradável, dentro do que esperava. No início do livro começamos a perceber o enredo e a verdade é que a grande maioria do mesmo não surpreende quase até ao fim. O autor foi, durante grande parte do tempo, pelo caminho que esperava, sendo que apenas no fim me surpreendeu.

A história é bonita apesar de tocar em temas complicados, sendo o luto o mais difícil de abordar. É verdade que a história é leve, a narrativa fácil e com o objetivo de oferecer emoções aos leitores, mas o luto está sempre presente, e a partir desse tema o autor agarra noutros, como na falha educacional que uma criança poderá ter pela falta de um dos pais e a sensação, em alguns momentos, de impotência de quem educa uma criança sozinho.

Dentro do género, as personagens são interessantes e coerentes, e facilmente nos preocupamos. Existe, na minha opinião, um ou outro momento mais forçado nas suas decisões, mas nenhuma que seja relevante para a história. História essa que pode ser vista de duas formas, alterando toda a experiência de leitura: podemos olhar para este livro como algo suave e dentro do romance que tornou o autor famoso, ou podemos tentar ver o lado mais sombrio, onde existe a luta interna de algumas personagens. O autor explora bem essa parte mas nota-se que poderia ter tornado a leitura mais forte, o que levaria o livro para um ambiente mais sombrio e que não seria o objetivo. E esse tema é a perda de alguém, qualquer que tenha sido o motivo.

É com essa perda que Miles se tornou a personagem que mais gostei, pois vive o pesadelo que todos nós já tivemos em alguma noite: perder a pessoa com quem sonhamos ficar a vida toda. Pouco ou nada nos pode preparar para a perda da pessoa com quem partilhamos toda a nossa vida, aquela pessoa que é o alicerce e que está sempre presente, que nos completa. E depois o que fica é a responsabilidade de educar sozinho uma criança, sabendo que nunca conseguirá compensar o que lhe falta. Tudo isto misturado com revolta.

Se tivesse de resumir este livro, diria que é uma luta contra a traição que a vida pode ser. Por vezes pensamos que temos tudo definido e algo acontece. Por vezes pensamos que já não precisamos de lutar, que tudo foi conquistado e agora é viver, e algo acontece. A vida é isso mesmo, o que não estamos à espera, e este livro é a luta naqueles momentos em que queremos desistir e sabemos que não podemos. Temos de seguir em frente e encontrar novos amores.

Quem gostar do género e quem gostar do autor, certamente tem aqui mais um excelente livro. No meu caso, como disse no início, neste género de livros estou sempre à espera de algo mais negro e intenso, no entanto, mesmo não sendo o meu género preferido, é fácil perceber o porquê do êxito do autor, pois consegue notar-se que gosta de agarrar os leitores transmitindo emoções que nos fazem preocupar com as personagens, tendo principalmente o público feminino como alvo.

Luís Pinto

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Passatempo: Star Wars Pack Livro e Filmes Blu-ray!

PASSATEMPO

Star Wars

Pack

Filmes Ep: 4, 5 e 6 versão Blu-ray

Livro Darth Plagueis



3º dia de festejos, 3º passatempo!

Este foi um passatempo difícil de se tornar possível, mas espero que gostem! Novamente, obrigado a todos os que tornaram possível esta oportunidade!

Para se habilitarem a ganhar, existem duas formas possíveis:

1ª opção: responderem à pergunta e serem fãs do blog no facebook ou seguidores pela Rede Social Google.

2ª opção: se quiserem ter mais hipóteses de ganhar este prémio, convençam um amigo a tornar-se fã ou seguidor do blog e a participar neste passatempo. O vosso amigo deve indicar o vosso nome no último local de respostas.

Portanto, se a pessoa X participar, terá o seu nome inscrito uma vez no sorteio, mas se convencer, por exemplo, três amigos a participarem e eles indicarem o nome da pessoa X, a pessoa X terá o seu nome inscrito 4 vezes no sorteio! Quantas mais pessoas recrutarem, mais hipóteses de ganhar!

Mais passatempos nos próximos dias e não se esqueçam de participar nos passatempos Cloud Atlas e O Hobbit!

 Este passatempo termina às 23:59 do dia 30 de junho.

Boa sorte!