Autor: Steven Erikson
Sinopse: O continente Genabackis foi assolado pela guerra. Da destruição surge um novo e sombrio poder, o Pannion Domin, que se espalha como lava, invadindo o território e destruindo todos os que não aceitam a palavra do ardiloso Profeta.
No sagrado deserto de Raraku, a vidente Sha’ik e os seus seguidores preparam-se para a rebelião há muito profetizada.
Sonhos de liberdade e vingança alimentam a revolta. Alianças improváveis são forjadas, mas serão suficientes para travar um domínio cada vez mais terrível e sangrento
Os fãs de fantasia sabem que poucas sagas têm tantos fãs, espalhados por este mundo, como esta de Erikson. O Império Malazano é uma saga enorme, a uma escala que poucos conseguiram alcançar, com uma história densa, complexa e coerente. Este 4º livro continua a aumentar a escala dos livros anteriores, explorando um mundo fantástico com muito passado para ser conhecido.
Tal como noutros livros, Erikson continua a aprofundar um dos melhores mundos alguma vez criados dentro do género fantástico. É fácil perceber o quanto este mundo tem para dar. Criando várias ligações entre os livros anteriores, e aprofundando bastante o passado deste mundo, olhando para tempos anteriores ao primeiro livro, Erikson oferece uma coerência e uma base a este mundo realmente impressionante, que nos leva a perguntar até onde irá Erikson desenvolver ainda mais toda a parte geográfica, social, política, religiosa e de tudo o que preenche este mundo.
Pelo meio temos as personagens, também elas bem criadas e de forma muito parecida ao mundo, com grande foco no seu passado, criando também a base para as suas decisões. Todas as personagens são distintas, com passado, com coerência e com capacidade de nos surpreender, sem nunca parecer algo forçado.
Com um ritmo que parece uma montanha russa, com altos e baixos, Erikson encontra um bom equilíbrio. Claro que sendo um livro denso e extenso, não atinge uma intensidade elevada durante muito tempo, mas ainda bem que é assim, porque o trunfo do livro está na construção de tudo o que existe. Nada parece fora do sítio, não parece faltar nada, para termos aqui uma das sagas de maior escala na literatura fantástica. É verdade que ainda faltam muitos livros e isso nota-se na construção e nos diálogos, que estão sempre a revelar ou a preparar algo, mas uma coisa é certa: não foram precisos muitos livros para se perceber que estamos perante um dos melhores trabalhos de fantasia de sempre. Venha o próximo, porque até agora, tem sido sempre a melhorar.
Luís Pinto
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