Autor: Mark Lawrence
Título original: Emperor of Thorns
Sinopse: Um rei em busca de vingança.
Com apenas vinte anos de idade, o príncipe tornou-se o Rei Jorg Ancrath, rei de sete nações, conhecido em todo o Império. Mas os planos de vingança que tem para o seu pai ainda não estão completos. Jorg tem de conseguir o impossível: tornar-se imperador.
Um império sem imperador há cem anos.
Esta é uma batalha desconhecida para o jovem rei, habituado a conquistar tudo pela espada. De quatro em quatro anos, os governantes dos cem reinos fragmentados do Império Arruinado reúnem-se na capital, Vyene, para o Congresso, um período de tréguas durante o qual elegem um novo imperador. Mas há cem anos, desde a morte do último regente, que nenhum candidato consegue assegurar a maioria necessária.
Um adversário temível e desconhecido.
Pelo caminho, o Rei Jorg vai enfrentar um adversário diferente de todos os outros, um necromante como o Império nunca viu, uma figura ainda mais odiada e temida do que ele: o Rei dos Mortos.
Regresso a esta trilogia para ver o seu fim e o que o autor preparou para Jorg, este personagem principal que por vezes odiamos mas que compreendemos.
Ainda antes de olhar diretamente para este livro, é preciso indicar que esta é uma saga diferente do normal e à qual deve ser dada o mérito de nos levar a criar uma ligação com um personagem que moralmente deveríamos repudiar. É nos detalhes que o autor cria esta ligação enquanto vemos, principalmente no segundo livro, as mudanças que Jorg atravessa, e que o afastam do rapaz sedento de vingança do primeiro livro.
Com o segundo livro a criar essa ligação e a levar-nos a compreender muitas das decisões de Jorg, o terceiro livro é um inteligente e surpreendente final para esta trilogia e suas personagens. Com o seu estilo habitual, Jorg leva-nos por batalhas, físicas e mentais, sempre com saltos temporais que nos dão, em simultâneo, novas perguntas e novas respostas.
Tal como no livro anterior, o autor continua a explorar este seu mundo, sempre com interessantes ligações a um passado e a um mundo que conhecemos. A ligação é aqui mais forte e faz sentido dentro do universo criado pelo autor, tornando a trilogia coerente. Infelizmente, devido ao facto de a narrativa estar focada no narrador Jorg, fica a sensação que algumas personagens mereciam ser exploradas e acabam por não ser.
Com a narrativa a aumentar o ritmo a partir de meio do livro e com algumas revelações a serem apresentadas nos momentos certos, o autor prende o leitor numa viagem viciante em que algumas teorias se formam na nossa mente. Foi já perto do fim que comecei a perceber para onde o autor me levava, mas o porquê faz a diferença. Inteligente e com algum risco, o autor oferece um final que fica na memória e que encaixa muito bem nas personagens e no mundo que fomos descobrindo nestes três livros. Por tudo isto, este é o melhor dos três livros, principalmente porque com o conhecimento que oferece, consegue melhorar os anteriores livros.
Se procuram uma boa trilogia de fantasia e que se consegue diferenciar da maioria graças à sua personagem principal, então esta saga deve estar na vossa estante.
Luís Pinto
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