Autor: Tomi Adeyemi
Título original: Children of blood and bone
Sinopse: Um romance épico com um mundo de fantasia rico em evocações históricas, magia, lutas de poder e amor. Uma aventura magnética baseada na cultura africana.
A história é sobre um mundo onde a magia já existiu e necessita ser ressuscitada, as personagens principais são mulheres de forte personalidade que vão mostrando ao leitor as diversas etnias, a religião com diversos deuses e um passado muito antigo.
Há livros que ao fim de poucas páginas percebemos que são um grande livro. Este é um desses casos. Um livro intenso, inteligente, épico e com uma estrutura muito bem conseguida. Mas vamos por partes...
O grande foco deste livro é o seu mundo, cheio de tradições, preconceitos, religião, detalhes a cada página e, principalmente, um passado que está sempre a ser mencionado para nos levar a conhecer melhor o local onde esta história está inserida. Com isso, este mundo parece vivo e coerente, inteligente e dinâmico, fascinando e agarrando o leitor com facilidade.
E é neste mundo, apelativo e bem criado, que iremos conhecer algumas personagens bastante cativantes e com enorme densidade. Apreciei bastante como a autora foi aprofundando as personagens, dando-lhes mais passado, mais sonhos, objetivos, traumas, ambições, sentimentos. O resultado é um livro como o qual nos perdemos com satisfação. Entramos neste momento com facilidade, conhecemos estas personagens e queremos saber mais, queremos saber mais sobre este mundo e perceber o que ainda não nos foi explicado.
Depois temos a história em si, uma narrativa inteligente, muito focada na sociedade, nas crenças e no passado. Com um mundo mágico bem inventado e coerente, este primeiro livro tem tudo para servir de uma grande base a uma bela saga de fantasia. Sendo o primeiro livro, não irei alongar-me demasiado, mas uma coisa é certa, este é um grande livro, um excelente início e uma saga a ter em conta. O sucesso comercial deste livro e os vários prémios que ganhou, percebe-se facilmente quando lemos estas páginas.
Luís Pinto
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