Autor: Stefan Zweig
Título original: Decisive Moments in History
Sinopse: Este livro reúne alguns momentos decisivos da humanidade. São aqueles em que, nas palavras do próprio Zweig, «o drama reveste formas inauditas, imensas»
Stefan Zweig foi um escritor que explorou as mais diversas formas de escrita e os temas mais diversificados. Neste livro, Zweig escolhe alguns momentos, por exemplo batalhas ou decisões, que foram de alguma forma marcantes para a História da humanidade. Não se trata de explorar os mais decisivos nem de explicar porquê, mas sim de aprofundar momentos escolhidos pelo autor, sem deixar de notar que existem pontos comuns a cada momentos.
Com uma escrita pausada e inteligente, Zweig explora momentos marcantes, e talvez até um pouco desconhecidos da maioria dos leitores, mas aos poucos percebemos que o momento em si não é a base do livro, mas sim a humanidade. O que Zweig tenta aqui explorar e desmascarar é o ser humano, a sua necessidade por mais, seja esse mais o que for. Pode ser amor, pode ser poder, pode ser riqueza. A questão é que queremos sempre mais.
O que mais apreciei neste livro foi a forma como o autor olhou para a humanidade enquanto um todo. Explora a natureza humana e nota-se como um livro com tantas dezenas de anos ainda está tão atualizado em relação ao que somos e para onde vamos. A isto juntou-se, na minha leitura, a curiosidade de o autor explorar momentos que eu nunca escolheria como decisivos, mas aos poucos comecei a perceber as suas escolhas. Eu teria escolhido outros, e cada leitor escolheria outros. Talvez esteja aí a singularidade desta narrativa.
Inteligente, atualizado e capaz de criar várias ligações entre momentos enquanto leva o leitor a pensar e a questionar causas e efeitos, este foi um livro que me agradou bastante, talvez pela visão singular do autor. Não é um livro viciante, nem o tenta ser, mas consegue ser único à sua maneira, sendo uma leitura que agradará aos que, ao olharem para esta simples sinopse, fiquem curiosos por saber mais. Mais um bom livro de Stefan Zweig.
Luís Pinto
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