Autor: Terry Goodkind
Título original: Stone of tears
Sinopse: Richard e Kahlan conseguiram finalmente vencer o poderoso Darken Rahl. Contra todas as probabilidades, encontram também uma forma de viver algo que julgavam impossível: o seu amor.
No entanto, o que parecia ser o início de um longo idílio é bruscamente interrompido: o véu para o mundo inferior foi rasgado. Darken Rahl, agora no reino dos mortos, é colocado ao serviço de um poder ainda mais sinistro, pior do que qualquer outro: o Guardião do mundo inferior pretende governar também os vivos, aprisionando-os num limbo eterno. O único capaz de o deter é Richard, o homem que nasceu para a verdade e que foi marcado pela morte.
Guerra, sofrimento, tortura e mentiras envolvem nas suas teias o seeker e a Madre Confessora. Um destino de morte violenta - ou uma existência condenada ao calvário perpétuo - parece certo, a menos que a sua coragem e fé, e um pouco de sorte, os conduzam à chave que pode circunscrever o poder do Guardião: a Pedra das Lágrimas.
Este é o terceiro livro da saga que leio (primeira metade do 2º livro original) e nota-se que o autor continua a melhorar. Nos primeiros dois livros senti que o autor prendia-se a alguns clichés da fantasia e que faltaria ainda alguma maturidade na história. Goodkind ainda não explorara as suas personagens de uma forma mais profunda mesmo tendo em conta que o enredo se tornava adulto aos poucos.
Todavia, acreditava que o autor iria tornar a sua saga mais adulta aos poucos. Tal começa-se a notar nesta primeira metade. Goodkind continua com a sua escrita simples, com um bom equilíbrio entre ação, diálogos e descrições, enquanto nos tenta agarrar a uma saga que terá mesmo muitos livros.
Um dos aspetos que melhora neste livro é a relação entre as personagens, que agora está mais realista ou, pelo menos, explorada de forma mais suave, sem forçar nada. Tal acabou também por me ajudar a ligar-me mais aos personagens principais, e também a algumas secundárias que agora começam a ter algum peso. Pelo meio o enredo torna-se também mais pessoal, e percebe-se que o autor quer agora começar a aprofundar o seu personagem principal, dando-lhe coerência, maturidade e realismo. Com isso aparecem os medos, as dúvidas, os objetivos de cada um e a história ganha com isso, pois deixei de sentir que seguia apenas um enredo dentro do normal dentro da fantasia.
Sendo um livro grande, e uma saga enorme, Goodkind tem de conseguir agarrar os leitores nesta fase. Os dois primeiros livros deixaram-me esperançoso e este começa a confirmar que esta é uma saga a ser lida. Acredito que o próximo seja a confirmação de que esta fase inicial da saga vale mesmo a pena. É notório que o autor evoluiu e que não escreveu os seus livros à pressa.
De salientar ainda a evolução neste mundo de Goodkind. Obviamente que se tornou aqui mais vasto, mas também mais coerente. O autor vai levantando o véu aos poucos e a sua imaginação agradou-me pela forma como criou algumas culturas e as encaixou.
Destaque ainda para os vilões da história. Apesar de estarmos ainda numa fase muito inicial da saga, parece-me que Goodkind tem um talento especial para criar vilões e que tal se irá confirmar nos próximos livros, talvez até quando o enredo se tornar mais sombrio. Neste momento já estou a ler o próximo e a gostar. Quando o acabar dou-vos uma opinião mais aprofundada.
Luís Pinto
Estou atento às tuas opiniões a esta saga. como é grande vou esperar por mais um livro ou dois mas se continuares a gostar acho que vou arriscar. Continua com a saga. Bom trabalho!
ResponderEliminarLi os primeiros dois livros, gostei mas tal como tu também notei algumas coisas menos positivas. Estava a pensar desistir da saga mas a tua opinião deixou-me com vontade de ler mais um pouco. Sou capaz de aproveitar o natal para aumentar a estante e este vai para a lista.
ResponderEliminarBoas leituras!
Ror
Já li e gostei do livro. Ainda não li o seguinte mas as duas personagens principais já me agarraram e devo continuar com a saga. Estou curioso para ver o que pensas dos próximos até porque é uma saga muito grande e ainda bem que a PE decidiu arriscar.
ResponderEliminarAbraço,
Castro