quinta-feira, 18 de junho de 2015

A ESPADA DE SHANNARA


Autor: Terry Brooks

Título original: The Sword of Shannara




Sinopse: Dizem as lendas que as Grandes Guerras do Passado destruíram todo o mundo. Mas, a viver em paz no bucólico Vale Sombrio, o meio-elfo Shea Ohmsford pouco sabe sobre esses conflitos.
 Até ao dia em que ressurge uma terrível ameaça: o Lorde Feiticeiro, que todos julgavam morto, planeia regressar e destruir o mundo para sempre. A única arma capaz de deter esse poder das trevas é a Espada de Shannara, que apenas pode ser usada por um herdeiro legítimo de Shannara. Shea é o último dessa linhagem, e é sobre os seus ombros que repousam as esperanças de todas as raças.
 Por isso, quando um aterrorizante Portador da Caveira enviado pelo Lorde Feiticeiro voa até ao Vale Sombrio para destruir Shea, este sabe que acabou de começar a maior aventura da sua vida.



A Espada de Shannara é o primeiro livro de uma das sagas mais famosas de Terry Brooks, saga essa que conquistou adolescentes em todo o mundo com as suas personagens e mundo de fantasia. Quando um amigo me aconselhou este livro, indicou-me o que muitos críticos dizem sobre esta saga: o primeiro livro é claramente inferior, mas melhora bastante no segundo e terceiro. Com isto em mente decidi ler toda a saga, sabendo que se trata de algo adolescente.

A Espada de Shannara é um bom livro de fantasia adolescente, mas tem um problema. O seu problema é um problema comum à grande maioria de livros de fantasia e chama-se: O Senhor dos Anéis. Neste caso é impossível não fazer comparações, pois o caminho narrativo deste primeiro livro tem várias semelhanças com o colosso de Tolkien, semelhanças essas que, segundo as críticas, se tornam muito menos constantes nos livros seguintes.

Retirando da nossa mente a obra prima de Tolkien, e analisando este livro objetivamente, Terry Brooks oferece um livro com um bom ritmo onde o seu trunfo é a junção entre a simplicidade da sua escrita e o mundo exposto nestas páginas. Sem descrições extensas para não destruir o ritmo, Brooks conseguirá prender o leitor adolescente com facilidade, principalmente porque o autor sabe quais os momentos em que deve acelerar ligeiramente para voltar a captar a total atenção do leitor.

Com simplicidade Brooks dá-nos personagens interessantes. As suas personalidades estão bem criadas e são distintas, sendo fácil ganharmos ligação a algumas e com elas avançarmos. Gostei dos diálogos, novamente feitos para um público mais adolescente, simples e objetivos, que não nos deixam entrar numa complexidade que poderia afugentar alguns leitores. Em relação ao enredo não há muito que possa dizer sem revelar momentos. Brooks é previsível durante os primeiros dois terços do livro mas aos poucos consegue afastar-se de alguns clichés do género e acaba com uma maturidade que não se nota nas primeiras páginas, o que me deixa esperançoso, tal como me tinham dito, de que os próximos livros são muito melhores.

Brooks explora os conceitos básicos da fantasia com facilidade: amizade, ganância, maldade, lealdade, sentido de dever. Tudo está aqui para o leitor descobrir, tornando a leitura completa para o seu público alvo. Com tudo isto, Brooks criou um bom livro para adolescentes, sendo indicado a quem queria começar a ler fantasia. A todos esses leitores este livro é aconselhado. Infelizmente, devido às suas semelhanças com A Irmandade do Anel, um leitor experiente neste género não conseguirá apreciar tanto este livro. No entanto, no meu caso, foi impossível parar de ler. Voltar a um verdadeiro mundo de fantasia tem sempre o efeito de me prender, quase com efeito nostálgico.

Quero ler os próximos livros para ver como Brooks vai conseguir afastar-se do mundo de Tolkien, porque retirando as semelhanças, é notório que Brooks tem aqui um bom início de saga, com boas ideias e boas bases, principalmente porque as personagens cativam. Estou curioso para ler os próximos e confirmar as críticas muito positivas que os seguintes livros receberam e espero que o autor consiga manter este equilíbrio entre complexidade/simplicidade que torna a leitura fácil e leve, mas cheia de entusiasmo. Não é um livro de topo na fantasia mas a verdade é que gostei bastante. Querem começar a ler fantasia? Esta é uma boa escolha!

Luís Pinto

6 comentários:

  1. Viva Luís,

    A minha leitura atual, estou a gostar ;)

    Abraço

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  2. Olá, Fiacha!

    Depois quero ver se gostaste!

    Abraço!

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  3. Convenceste-me. Vai ser comprado!

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  4. Li este livro à uns 2 anos em inglês e gostei bastante. Tal como tu dizes tem muitas coisas parecidas com o LOTR e é bastante adolescente mas é muito viciante. Acho que fazes muito bem em aconselhar para os jovens ou que comecem a ler fantasia. Acho a tua opinião mesmo muito boa como sempre. Também já li o segundo que me emprestaram mas acho que agora devo comprar a saga em tuga.

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  5. Vai para a lista!

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  6. Fiquei curioso e talvez compre! :)

    http://mundodelivros.com/

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