quarta-feira, 27 de agosto de 2014

INVISÍVEL


Autor: James Patterson & David Ellis

Título original: Invisible




Após ter lido vários livros de Patterson, existe a sensação que o autor, usando a mesma fórmula, consegue sempre entreter e viciar. Com ideias base distintas, mas uma forma muito similar de as executar, neste caso Patterson volta a dar a perspectiva do herói e do vilão, mas é também um livro onde volta às descrições mais fortes e chocantes, elevando o enredo para um nível mais alto de tensão para o leitor. No entanto, devido a uma fórmula idêntica a cada livro, também existe o receio que comece a ser fácil perceber o que está nas páginas seguintes. Por vezes já me aconteceu, mas não aqui. E aquele que pode parecer pela capa apenas mais um livro de um autor que gosto de ler, foi mais do que isso. Este foi, provavelmente, a melhor leitura que tive deste autor. Um livro que os fãs irão adorar.

Então, o que me fez gostar mais deste livro? É difícil explicar o porquê sem revelar momentos do enredo, mas, sem dar spoilers, acredito que a grande diferença esteja no vilão. Patterson, aqui em conjunto, com Ellis, oferece um olhar detalhado e perturbador da mente deste serial killer, culminando em dois factos interessantes:

O primeiro é que torna-se óbvio, desde o início, que o leitor vai ficar agarrado à história devido à forma como este homem pensa, e ao desprezarmos as suas ações, continuamos a ler, tentando perceber onde irá falhar, quais os seus objetivos, quando irá parar, que vida tem para além de matar pessoas. Esta análise psicológica é sempre apetecível quando nos deparamos com uma mente tão diferente, e neste caso os autores oferecem-nos essa possibilidade desde o início e rapidamente percebemos que está aqui a base do livro. 

O segundo facto é que ao lermos o ponto de vista do vilão, temos a sensação que algo não está a ser contado de forma verídica. A cada instante acreditei que o vilão não nos oferecia um olhar honesto e isso aumenta ainda mais as questões que se vão levantando na investigação que faço enquanto leitor. 

A tudo isto junta-se o já habitual, e bem executado, conjunto de pequenos capítulos, sempre em ritmo elevado, onde acontece sempre algo que nos empurra para a página seguinte, resultando num livro que se lê de seguida numas tardes de verão. No entanto, apesar de termos um ritmo sempre elevado e uma narrativa totalmente focado apenas no que é essencial, gostei da forma como os autores exploraram algumas personagens, oferecendo um dos melhores conjuntos de personagens que já li num livro de Patterson. Não mencionando nomes, o que se destaca nestas personagens são as suas falhas e o facto de não se sentir que o investigador tem de ser mais inteligente do que o vilão para o conseguir apanhar. 

Sendo um dos livros mais violentos no aspeto gráfico, com Patterson a querer chocar o leitor para que este nunca sinta qualquer tipo de compaixão pelo vilão, Invisível é um livro que agarra o leitor desde o início. Consegue ser, ao mesmo tempo, um dos livros mais viciantes de Patterson, mas também um dos que tem mais qualidade. Sinceramente, acredito que este seja o livro que mais gostei do autor, devido a vários fatores, mas principalmente pelo vilão. Claro que tem momentos forçados, e outros que deviam ser explicados com mais calma, mas este é um livro para se ler rapidamente, oferecendo ao leitor uma necessidade de manter uma leitura rápida até ao culminar do enredo, aproximando a nossa leitura da adrenalina das personagens.

Falar deste livro sem revelar detalhes não é fácil, pois muito do que torna este livro interessante está em pormenores que vamos recebendo do enredo. Todavia, o que devo dizer aqui é que este é um livro que os fãs de Patterson devem ler, pois na grande maioria dos fatores essenciais a um thriller, está acima da média que o autor nos costuma oferecer e, se em muitos caso senti que os livros de Patterson resultam devido a uma fórmula narrativa, este resulta graças a mais fatores, e o vilão é o momento mais alto do livro. Gostam de thrillers? Gostam de Patterson? Então acredito que este livro é o vosso livro de verão.

Luís Pinto


domingo, 24 de agosto de 2014

Passatempo: Se eu ficar

PASSATEMPO

Se eu ficar

Em conjunto com a Editorial Presença, temos para oferecer um exxemplar do famoso livro de Gayle Forman e que chegará aos nosso cinemas nos próximos dias.

Pra se habilitarem a ganhar este livro basta prenecherem o formulário e responder a uma pergunta.

Apenas é permitida uma participação por pessoa.

O passatempo termina dia 31 de Agosto.

Boa sorte a todos!



Sinopse: Naquela manhã de fevereiro, quando Mia, uma jovem de dezassete anos, acorda, as suas preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade: permanecer junto da família, do namorado e dos amigos ou deixar tudo e ir para Nova Iorque para se dedicar à sua verdadeira paixão, a música. É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas as escolhas. Nas vinte e quatro horas que se seguem e que talvez sejam as suas últimas, Mia relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil de todas. 

  • «Um livro extremamente emocionante que nos obriga a reflectir sobre a nossa vida e sobre as pessoas e as coisas pelas quais vale a pena vivermos.» | Publishers Weekly
  • «Um livro inquietante e comovente. Impossível de parar de ler.» | The Bookseller
  • «Um romance que levará até o leitor mais céptico a acreditar na importância da amizade, da família e do amor.» | Waterstone’s Books Quarterly
  • «Uma leitura arrebatadora e plena de significado.» | Booklist

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Passatempo: O Império Final - Vencedor

PASSATEMPO
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O Império Final

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Vencedor! 
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Hoje anunciamos o vencedor deste passatempo, que receberá na sua casa este fantástico livro e agradeço imenso a todos os que ajudaram na construção deste passatempo.
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Lamentamos apenas agora revelar o nome do vencedor.
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Agradecemos a todos os que participaram e aproveitem para participar nos restantes passatempos ativos
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A todos os que participaram, obrigado e boa sorte para os próximos passatempos!
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E o vencedor é: 
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André Daniel Silva
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Parabéns!
 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CLUBE DE PATIFES


Autor: Dan Simmons

Título original: The Crook factory


Sinopse: Cuba. 1942. Ernest Hemingway descobre um segredo tão perigoso que só há uma fuga possível: o suicídio. Um thriller soberbo baseado em factos verídicos e com uma versão arrepiante para a verdadeira razão da morte do escritor. No Verão de 1942, Joe Lucas, agente do FBI, chega a Cuba por ordens de J. Edgar Hoover para manter Hemingway debaixo de olho. O famoso escritor reunira um grupo, a que chamara Clube de Patifes, para se envolver num perigoso jogo amador de espionagem. Mas é então que Lucas e Hemingway, contra todas as expectativas, descobrem informações secretas vitais... e o jogo torna-se verdadeiramente mortal. Em Clube de Patifes, Dan Simmons desenvolve os factos conhecidos e transforma-os numa grande obra de suspense histórico nas paisagens sensuais da Cuba dos anos quarenta.



Dan Simmons é mundialmente conhecido pela sua saga Hyperion, mas em Portugal são outros os livros que o tornam famoso. Simmons consegue agarrar um facto histórico e com facilidade criar um enredo empolgante e com inteligência, levando-me a querer descobrir que final o autor nos preparou. 

Tal como em "O Terror", que já comentei há uns anos no blog, Simmons apresenta um notável trabalho de pesquisa que tem como resultado conseguir criar um enredo onde é difícil perceber onde acabam os factos e começa a ficção. Este é o maior elogio que se pode dar a este livro, mas também é preciso salientar a forma como o autor consegue montar o enredo. Simmons estrutura a narrativa por forma a não nos dar informação "à balda", mas sim com um sentido que ajuda à progressão da história. Todavia nem tudo é fantástico e até meio do livro o ritmo é bastante baixo, com o autor a criar uma base sólida para o seu enredo sacrificando o ritmo.

Na segunda metade do livro a narrativa acelera bastante, com momentos muito bem executados que agarram definitivamente o autor. A força do ritmo nesta fase final apenas é conseguida porque já temos o conhecimento necessário para percebermos tudo o que está a acontecer, e esse conhecimento é fornecido na primeira parte do livro. Caso para dizer que o sacrifício das primeiras páginas é muito recompensado no final.

Em termos de personagens também temos um fantástico trabalho de pesquisa, com o autor a manipular personalidades históricas para as encaixar no enredo, mas sem nunca perder como base os factos históricos. São vários os nomes famosos que irão reconhecer neste enredo e apenas não revelo alguns para não estragar algumas surpresas. No entanto, Hemingway destaca-se facilmente para encher o livro com algumas ideias e questões morais que marcam o livro mesmo que indiretamente.

Por fim devo salientar o trabalho do autor em nos explicar como funcionam alguns tópicos nos serviços de informações para que seja possível, ao leitor menos conhecedor, perceber a enorme teia de informações e interesses que vagueiam por este livro, sendo a base que explica algumas das decisões mais difíceis de compreender neste livro.

Simmons oferece um livro que apenas peca por ser muito lento na primeira metade. O trabalho de pesquisa é fantástico e o enredo encaixa muito bem nos factos históricos, criando um thriller que vicia na segunda metade e não nos larga até ao final. Não é o melhor livro do autor, mas se gostam do género e do tema, então preparem-se para uma grande e intensa viagem nas teias de espionagem com a companhia de Hemingway, e este será um personagem que não esquecerão tão cedo!

Luís Pinto

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O GUARDIÃO DAS CAUSAS PERDIDAS


Autor: Jussi Adler-Olsen

Título original: Kvinden i buret



Sinopse:
Carl Mørck não é o detetive mais popular da Divisão dos Homicídios de Copenhaga. Por isso, quando é criado o Departamento Q, com a missão de rever casos arquivados, Carl Mørck é designado para o dirigir. O seu primeiro caso é o de Merete Lynggaard, uma deputada que desaparecera cinco anos antes sem que a polícia conseguisse mais do que conjeturar uma aparente tentativa de suicídio. Toda a gente acha que ela está morta. Toda a gente diz que investigar o sucedido é uma perda de tempo. Mas, à medida que Carl Mørck começa a seguir as pistas que o seu colega havia descartado aquando da investigação inicial, descobre um caso com contornos inesperados e profundamente sinistros…


Os policiais nórdicos estão na moda depois do enorme êxito da trilogia de Stieg Larsson. Com 5 livros já publicados e mais de 10 milhões vendidos, Adler-Olsen é uma escolha óbvia para quem gosta do género. Mas será assim tão bom ou apenas o resultado da moda? 

Em primeiro lugar devemos não fazer comparações durante a leitura. Seria muito fácil acabar o livro e argumentar que este livro não tem uma personagem tão marcante quanto Salander (personagem marcante da trilogia de Larsson), mas não é isso que me compete na análise do livro. Posto isto, este é um livro com vários pontos positivos e o primeiro é a sua montagem da narrativa. Com duas narrativas (uma no presente, outra no passado) que vão caminhando lado a lado, somos brindados com informação que os investigadores não têm acesso, e aqui cria-se um dos maiores ricos de um policial, mas que quando bem executado faz a diferença. 

A questão é simples, nós sabemos o que aconteceu e por isso, em teoria, dificilmente seremos enganados e o efeito surpresa no fim será muito menor... mas este não é esse caso, e é aqui que está o bom do livro. O autor consegue enganar-nos e surpreender-nos, não por falta de informação, mas simplesmente porque a ligação que o autor consegue fazer dos factos que nos faculta será, muito provavelmente, bem diferente da que os leitores irão criar, culminando num encaixe muito bom de factos que nos levarão a perceber que fomos cegos em alguns momentos, pois as evidências estavam à nossa frente.

E é com este final que percebemos que este é um bom livro e que agradará aos fãs do género. Mas voltemos um pouco atrás... uma das mais valias deste livro é o personagem principal, não por ser particularmente carismático ou excepcionalmente inteligente em tudo o que faz, mas porque tem falhas, e muitas. Carl é um personagem que parece real do início ao fim, porque é humano o suficiente para errar e também para nos levar a pensar sobre o estado psicológico de um homem que tem várias lutas interiores. 

Em relação ao enredo, não há muito que se deva revelar. Como já referi, o livro ganha bastante por nos mostrar muito mais do que Carl sabe sobre a investigação, e assim podemos visualizar um lado muito mais cruel e que choca em certos momentos, levando-nos a desejar que aquele sofrimento acabe depressa... No entanto, após a surpresa final vemos que este livro não marca apenas pelo seu desfecho, mas por toda a jornada. Aliás, o desfecho deixa algumas pontas soltas, não na investigação mas em outros assuntos, criando a sensação que esta saga tem muito para dar (repito que já foram lançados 5 livros, e espero que o mesmo aconteça no nosso país).

Não querendo alongar-me mais, não vá revelar algo que não deva, devo afirmar que gostei bastante de Carl e da narrativa do autor, que por vezes apresenta um humor interessante e que surpreende num livro bastante sombrio (garças à investigação mas também ao próprio Carl). Dificilmente um leitor que aprecie o género não irá gostar deste livro, pois tem tudo o que se pede no género. Se gostam de policias, esta saga parece ser interessante a julgar pelo seu início, e vou ficar à espera dos próximos livros.

Luís Pinto

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O FRANCO ATIRADOR PACIENTE


Autor: Arturo Pérez-Reverte

Título original: El francotirador paciente



Sinopse: Sniper é uma lenda viva no mundo da arte de rua. Subversivo e omnipresente na tela urbana, ninguém conhece a sua identidade, poucos terão visto o seu rosto, não há relatos do seu paradeiro. Quem é o verdadeiro Sniper por detrás deste enigma que o mistifica? É um heroico cruzamento de Salman Rushdie e Banksy, um justiceiro solitário? Ou um terrorista urbano, um egomaníaco cujas ações já se revelaram fatais?
Alejandra Varela, especialista em arte, decide seguir os passos deste homem sem lei. Uma mira telescópica de francoatirador assina todos os trabalhos de Sniper, e é essa mira que leva Alejandra a infiltrar-se no submundo de Madrid e Lisboa, Verona e Nápoles. Cidades que são os campos de batalha prediletos deste caçador solitário. Mas, a coberto das sombras, uma outra pessoa aguarda para descobrir o paradeiro de Sniper, embora as suas motivações sejam bem diferentes…
Segue-se um formidável duelo de inteligências, um jogo de perseguição entre caçador e presa cujo final é, no mínimo, surpreendente.
Thriller centrado no obscuro e inexplorado submundo da arte urbana, nas suas leis e códigos éticos próprios, na frágil distinção entre arte e vandalismo, O Francoatirador Paciente é um convite à reflexão sobre a identidade urbana, a arte e o artista moderno.



O nome do livro nada tinha a ver com a capa. Um homem com uma lata spray de tinta. Arturo captou de imediato a minha atenção em direção à sinopse e percebi rapidamente que este poderia ser um tema que oferecesse uma leitura interessante. 

O centro deste livro é a arte urbana e muitas das questões que se levantam com este movimento artístico. Afinal o que pretendem estes artistas? Atingir a mentalidade das pessoas, deixar um pensamento? Conseguir a imortalidade numa parede? Serão vândalos ou artistas? Neste enredo, que viaja entre Espanha, Portugal e Itália, o autor explora algumas mentalidades e alguns objetivos de quem pratica esta arte, mas também explora o lado da sociedade e como esta vê esta crescente artística. Este será, provavelmente, o aspeto mais interessante do livro que nos irá prender numa caça ao homem, e este será um homem que queremos conhecer enquanto avançamos na história, pois em cada personagem existe sempre algo mais do que vemos à primeira vista. 

Arturo sempre foi um autor que consegue expor temas de forma objetiva e global, e aqui não falha. O livro sofre um pouco com a exploração do tema, transformando-se num enredo em que o ritmo não é constante, e por vezes é bastante lento. A caça ao homem e a "desmistificação" do mesmo irá empurrar-nos até ao fim do livro, sempre com acontecimentos interessantes e diálogos inteligentes. 

As duas personagens principais estão muito bem conseguidas, principalmente porque apresentam duas mentalidades que são, ao mesmo tempo, muito afastadas nuns temas, e muito próximas noutros. A isto junta-se uma escrita fantástica, já habitual neste autor, e que nos leva com facilidade a perceber o que é preciso ser transmitido para conseguirmos absorver tudo o que o enredo nos pode dar. O final, surpreendente em vários aspetos, fez-me olhar para todo o livro com outros olhos e compreender melhor todo o trabalho do autor para nos levar numa direção muito específica, e que agora ao ser analisada, torna todo o livro melhor no fim, mesmo que a meio pareça que o enredo está algo perdido.

Resumindo, Reverte oferece aqui um livro que é um thriller de ritmo inconstante. Esta oscilação de ritmo pode parecer estranha mas é o resultado de um aprofundar de um tema a um nível superior e que a maioria dos thriller não quer alcançar. E é esse aprofundar do tema que nos leva a pensar e a perceber que este livro é melhor do que parece em alguns momentos. Não é o melhor livro do autor, mas é mais um livro muito inteligente sobre um tema que merece ser discutido. Se acham o tema interessante, certamente irão gostar deste livro.     

Luís Pinto

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Passatempo: O guardião das causas perdidas - vencedor!


PASSATEMPO

O guardião das causas perdidas

Vencedor!


Chegou ao fim mais um passatempo em parceria com a Editorial Presença. A todos os que participaram, muito obrigado e se não ganharam, desejamos melhor sorte para a próxima!


Sinopse:

Carl Mørck não é o detetive mais popular da Divisão dos Homicídios de Copenhaga. Por isso, quando é criado o Departamento Q, com a missão de rever casos arquivados, Carl Mørck é designado para o dirigir. O seu primeiro caso é o de Merete Lynggaard, uma deputada que desaparecera cinco anos antes sem que a polícia conseguisse mais do que conjeturar uma aparente tentativa de suicídio. Toda a gente acha que ela está morta. Toda a gente diz que investigar o sucedido é uma perda de tempo. Mas, à medida que Carl Mørck começa a seguir as pistas que o seu colega havia descartado aquando da investigação inicial, descobre um caso com contornos inesperados e profundamente sinistros…


«As páginas voam à medida que a intriga se vai desenrolando. Os fãs de Stieg Larsson ficarão entusiasmados.»
Publishers Weekly

«O estilo de Jussi Adler-Olsen é comparável ao de Stieg Larsson, mas a sua crueldade é menos óbvia e o seu sentido de humor é cativante.»
Booklist


Para saberem mais sobre o livro, visitem o seu site na editora, aqui.


E o vencedor é:
Joaquim Freire da Silva

Parabéns ao vencedor, a quem pedimos que nos contacte, assim que possível, para o mail lerycriticar@gmail.com para regularização dos dados submetidos.

Os passatempos vão continuar, boa sorte a todos!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Passatempo: Pack Séries - vencedor!

PASSATEMPO
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DIA 31
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Pack Séries
A Guerra dos Tronos - 1ª Temporada - Blu-ray
House of Cards - 1ª Temporada - Blu-ray

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Vencedor! 
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Hoje anunciamos o vencedor deste passatempo, que receberá na sua casa este pack com duas excelentes séries e agradeço imenso a todos os que ajudaram na construção deste passatempo.
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Tentaremos que todos os vencedores sejam anunciados com a maior brevidade, mas nem sempre será possível, pois a própria forma como as participações são contabilizadas não é rápida, devido ao pedido feito antes de começarmos esta iniciativa, e que aumenta a possibilidade de alguns participantes.
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Este é um passatempo feito em parceria com a Revista Metropolis
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Agradecemos a todos os que participaram e aproveitem para participar nos restantes passatempos ativos
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A todos os que participaram, obrigado e boa sorte para os próximos passatempos!
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E o vencedor é: 
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Jorge Gonçalves da Cruz Fonseca
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Parabéns!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

NEVERWHERE - Terra do nada


Autor: Neil Gaiman

Título original: Neverwhere



 Sinopse: Neste livro, Gaiman conduz-nos a um mundo alternativo onde Londres é representada como duas cidades que coexistem mas se excluem: Londres-de-Cima e Londres-de-Baixo. A articulação entre ambas reduz-se a uma única estrutura ordenada: a rede do metropolitano. Richard Mayhew, o protagonista, é um rapaz simples e bondoso, que veio da província para trabalhar na capital, apesar de isso não significar mais do que uma vida desinteressante, regulada por regras tão rígidas quanto vazias de significado. Mas tudo muda no dia em que Richard se cruza com Door, uma adolescente invulgar que anda fugida, e que ele tenta ajudar.


Cada vez sou mais fã de Gaiman. Mas, comecemos por dizer o mais importante: este é, de longe, o livro mais difícil de ler da autoria de Gaiman. É complexo, não tenta dar explicações no início e quando estamos a meio do livro parece que todo o potencial do livro não vai dar em nada de fantástico. O resultado final é um livro que será amado por uns, odiado por outros.

Já me tinham dito que não era um livro fácil, mas basta vermos a impressionante nota que este livro tem no Goodreads (o livro mais bem pontuado do autor) para percebermos que existe uma boa possibilidade de gostarmos do livro. E foi esse o meu caso, mas já la vamos.

A primeira metade do livro não é fácil. Aliás, acredito que posso dizer que é difícil ler e assimilar tudo o que nos é contado. Gaiman não quer explicar-nos tudo. Quer deixar-nos confusos com o que não nos diz e quer enganar-nos com o que nos diz. É uma luta constante entre o que Gaiman quer que saibamos e o que queremos saber, mas no fim tudo é explicado. Gaiman sempre teve a tendência de criar misturas entre o real e o impossível de acreditar e aqui não é excepção. É também aqui que alguns leitores se poderão afastar, pois existe uma enorme diferença entre as personagens, pois se por um lado temos um fantástico personagens principal, todas as outras parecem não ter a vida, nem a profundidade nem a coerência de Richard. Mas esse é o objetivo de Gaiman, é deixar-nos com a sensação que somos diferentes, que estamos a mais neste mundo e que tudo o que existe é diferente de nós... é deixar-nos na Terra do nada.

A fantasia de Gaiman é diferente. Nunca demasiado fantasia, mas sim uma visão fantástica de uma realidade que se mistura nos nossos sonhos. É aí que está a genialidade de Gaiman, ao agarrar na realidade e ao moldá-la a seu belo prazer como se fosse banal e sem nos explicar tudo no início para que não nos limitemos a aceitar a imaginação do escritor, mas também a imaginar.

Tal como a própria narrativa, também o enredo não é fácil. Existem várias pontas soltas nas regras que Gaiman cria, e acabei por questionar bastante do que acontece, tentando perceber como o personagem principal poderia usufruir melhor do potencial que tem à sua frente. Talvez esse seja um dos objetivos do autor: levar-nos a tentar arranjar melhores formas de usufruir do que criou para nós. No fim, novamente, o autor explica, mas até lá, é fácil perder tempo a tentar encontrar falhas e o porquê de certas decisões.

Com uma escrita enigmática, Gaiman leva aqui os seus leitores a um verdadeiro teste. Aquele que no início é um livro complicado, torna-se depois num livro que tem muito mais do que parece. O enredo é bom e a personagem principal cativa, mas tudo isto demora, porque Gaiman parece que nos quer cansar e deixar na dúvida, para depois nos surpreender. No final, muitas explicações são dadas de forma direta, mas são as indiretas (que nós teremos de alcançar pela lógica das revelações finais) que tornam este livro mesmo muito interessante. É, provavelmente, uma das visões mais singulares de Gaiman, e que culmina numa poderosa crítica social, mas que não nos é dada de forma direta, e por isso acredito que cada leitor tenha a sua interpretação. 

Resumindo, este é o livro mais difícil de Gaiman, mas vale a pena. Original, complexo, surpreendente. Gaiman é um escritor diferente de tudo o que já li, e este é o seu livro mais singular... e por isso volto a afirmar que uns irão adorar e outros, acredito, que fiquem a meio na leitura. O livro do autor com a melhor pontuação no Goodreads é também aquele que nos obriga a pensar mais. Gostei bastante e um dia voltarei a lê-lo, acreditando que será interpretado de forma diferente, e essa sensação vale sempre a pena.

Luís Pinto




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Passatempo: O abraço da noite - vencedor!

PASSATEMPO
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DIA 30 
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O abraço de noite

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Vencedor! 
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Hoje anunciamos o vencedor deste passatempo, que receberá na sua casa este excelente livro e agradeço imenso a todos os que ajudaram na construção deste passatempo.
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Tentaremos que todos os vencedores sejam anunciados com a maior brevidade, mas nem sempre será possível, pois a própria forma como as participações são contabilizadas não é rápida, devido ao pedido feito antes de começarmos esta iniciativa, e que aumenta a possibilidade de alguns participantes.
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Agradecemos a todos os que participaram e aproveitem para participar nos restantes passatempos ativos
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A todos os que participaram, obrigado e boa sorte para os próximos passatempos!
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E o vencedor é: 
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Jorge Pereira Martins
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Parabéns!