Autor: Frederico Duarte Carvalho
Sinopse: A investigação mais completa e exaustiva alguma vez publicada sobre a
presença e participação de Portugal e de portugueses no clube dos
«Senhores do Mundo».
Um livro fundamental e incontornável para quem quiser saber mais, ou
aprofundar, a história, a influência e a responsabilidade do Clube
Bilderberg no rumo que o mundo leva e tem levado.
Inclui em anexo datas e locais de todos os encontros Bilderberg, desde
1954 até à actualidade e um elenco de todos os participantes portugueses
desde 1956, com Rui Ennes Ulrich, até 2016, com Maria Luís Albuquerque e
Carlos Gomes da Silva.
Este é o terceiro ou quarto livro que leio sobre este tema que sempre me interessou bastante. No entanto é o primeiro livro sobre o qual irei falar aqui no blog, muito graças a dois fatores: em primeiro lugar é um livro muito focado no lado português e também porque é um livro bastante baseado em factos, não sendo uma leitura de especulação.
Posto isto, começo por aplaudir o incrível trabalho de investigação do autor. Mesmo já tendo livros do género, aprendi bastante com este livro, uma vez mais por se forcar muito no lado português. O autor explora quais foram os nossos representantes, como os nossos políticos viram este grupo desde o seu início e que possíveis impactos tiveram estas reuniões no nosso país. O autor explora também como é que os membros mais importantes deste grupo olharam para o nosso país e o porquê das escolhas de alguns participantes, mas tudo isto sem deixar de explicar a evolução do grupo a nível internacional, tanto nos objetivos do grupo mas, principalmente, ao manter sempre um olhar atento aos seus participantes, quais as posições que tinham no mundo fora do grupo e o porquê de serem convidados. Neste aspeto foi bastante interessante ver como o grupo conviveu com a ditadura de Salazar.
No entanto, ao ter como objetivo crair um livro totalmente focado em factos, o autor aumenta a qualidade do livro mas também é obrigado a baixar o ritmo, por terá de ser o leitor a criar as suas conclusões enquanto o explora toda a informação que conseguiu reunir. Com isto o livro torna-se pesado e lento, podendo afastar alguns leitores que procurem algo mais entusiasmante ou rápido. Aqui a leitora é quase como um documentário onde não entram teorias da conspiração, mas sim aquilo que não pode ser negado por estar documentado e aqui reunido num único livro.
Quem procure uma leitora entusiasmante e com conspirações pelo meio, este não é o livro. Aqui estão os factos e se querem aprender e compreender melhor este grupo, então este é o livro a ler.
Luís Pinto
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