Autor: M. J. Arlidge
Título original: Little boy blue
Sinopse: Quando a detetive Helen Grace encontra a vítima no chão, presa a uma cadeira, percebe que não se trata apenas de um jogo sexual que terminou mal — as provas demonstram que o agressor dispusera dos meios para libertar o seu refém, mas decidira não o fazer. Ao remover a fita adesiva do rosto da vítima, Grace reconhece-a: trata-se de alguém com quem mantinha um relacionamento de que ninguém pode saber. Helen inicia uma autêntica caça ao assassino, ao mesmo tempo que luta por manter a sua vida privada em segredo. Contudo, as várias pistas seguidas revelam-se infrutíferas, e surge um novo homicídio. Travando uma batalha contra o tempo, Helen enfrenta uma escolha impossível: confessar os seus segredos mais obscuros e perder o controlo do caso, ou ocultar a verdade e arriscar-se a cair numa armadilha?
Mais um livro da famosa saga deste autor e mais uma leitura viciante.
Rapidamente percebemos que o livro mantém, e ainda bem, o estilo dos livros anteriores. A narrativa é objectiva, rápida e os capítulos curtos levam-nos a continuar a ler sempre à espera de mais um detalhe no capitulo seguinte. A nossa personagem principal continua a ter o foco da narrativa mas os momentos mais marcantes estão directamente relacionados com as fortes descrições do autor, que, uma vez mais, não tem problemas em tentar chocar o leitor com imagens fortes para aumentar a adrenalina do livro e criar a imagem do assassino, sendo que essa imagem é necessária para criar coerência noutros momentos.
Com o ritmo alto, o autor acaba por ser vítima do seu próprio estilo. Ao fim de tantos livros da saga, alguns momentos começam a tornar-se previsíveis, principalmente porque devido ao elevado ritmo, o autor foca-se nos detalhes importantes, e quando aparece algo que não parece importante, o leitor pode ganhar consciência que é importante, e com isso antever uma possível revelação que deveria ser surpresa. No entanto, o livro é uma boa leitura, apesar de ter menos impacto em alguns momentos. O assassino está bem criado, apesar de algo óbvio quais os seus motivos, e o final é inteligente, apesar de claramente não agradar a todos. Neste aspeto é preciso dizer que o autor arrisca num final com impacto, mas que ao deixar muitas perguntas sem resposta, pode dar a sensação de que foi algo apressado, quando na realidade o objectivo é o de agarrar o leitor para o próximo livro. E nesse aspeto conseguiu bastante bem.
A tudo isto junta-se o já esperado aprofundar de algumas personagens, com destaque, novamente, para nossa personagem principal. No entanto, o aprofundar do seu passado e personalidade, que levam inevitavelmente a uma forte carga psicológica, também não agradará a todos os leitores, pois o autor arrisca, e no meu entender bem, delineando um caminho controverso mas que se enquadra de forma coerente com o que aconteceu com os livros anteriores. Não é o melhor livro da saga, mas continua a ser uma leitura muito interessante e intensa. Se gostam do género e querem uma leitura forte, então é um livro a ter. Venha o próximo!
Rapidamente percebemos que o livro mantém, e ainda bem, o estilo dos livros anteriores. A narrativa é objectiva, rápida e os capítulos curtos levam-nos a continuar a ler sempre à espera de mais um detalhe no capitulo seguinte. A nossa personagem principal continua a ter o foco da narrativa mas os momentos mais marcantes estão directamente relacionados com as fortes descrições do autor, que, uma vez mais, não tem problemas em tentar chocar o leitor com imagens fortes para aumentar a adrenalina do livro e criar a imagem do assassino, sendo que essa imagem é necessária para criar coerência noutros momentos.
Com o ritmo alto, o autor acaba por ser vítima do seu próprio estilo. Ao fim de tantos livros da saga, alguns momentos começam a tornar-se previsíveis, principalmente porque devido ao elevado ritmo, o autor foca-se nos detalhes importantes, e quando aparece algo que não parece importante, o leitor pode ganhar consciência que é importante, e com isso antever uma possível revelação que deveria ser surpresa. No entanto, o livro é uma boa leitura, apesar de ter menos impacto em alguns momentos. O assassino está bem criado, apesar de algo óbvio quais os seus motivos, e o final é inteligente, apesar de claramente não agradar a todos. Neste aspeto é preciso dizer que o autor arrisca num final com impacto, mas que ao deixar muitas perguntas sem resposta, pode dar a sensação de que foi algo apressado, quando na realidade o objectivo é o de agarrar o leitor para o próximo livro. E nesse aspeto conseguiu bastante bem.
A tudo isto junta-se o já esperado aprofundar de algumas personagens, com destaque, novamente, para nossa personagem principal. No entanto, o aprofundar do seu passado e personalidade, que levam inevitavelmente a uma forte carga psicológica, também não agradará a todos os leitores, pois o autor arrisca, e no meu entender bem, delineando um caminho controverso mas que se enquadra de forma coerente com o que aconteceu com os livros anteriores. Não é o melhor livro da saga, mas continua a ser uma leitura muito interessante e intensa. Se gostam do género e querem uma leitura forte, então é um livro a ter. Venha o próximo!
Luís Pinto
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