Autor: Mason Cross
Título original: The Killing Season
Sinopse: Caleb Wardell, o «Sniper de Chicago», escapa ao corredor da morte duas semanas antes da sua execução, quando a carrinha de transporte de prisioneiros onde segue é impedida de chegar ao seu destino pela máfia russa. O FBI recorre aos serviços de Carter Blake como a única forma de conseguir capturar Wardell.
Blake é um homem com um passado misterioso e um talento especial para encontrar aqueles que não querem ser encontrados. Juntamente com Elaine Banner, uma ambiciosa agente do FBI, os dois irão perseguir Wardell enquanto este, por pura crueldade, começa a matar pessoas, aparentemente ao acaso, nas horas de maior tráfego das cidades.
Mas nem tudo é o que parece. Atrás do assassino esconde-se uma conspiração que ameaça o país. Para Blake conseguir capturar o criminoso e travar a ameaça, ele irá ter de infringir todas as regras…
Blake é um homem com um passado misterioso e um talento especial para encontrar aqueles que não querem ser encontrados. Juntamente com Elaine Banner, uma ambiciosa agente do FBI, os dois irão perseguir Wardell enquanto este, por pura crueldade, começa a matar pessoas, aparentemente ao acaso, nas horas de maior tráfego das cidades.
Mas nem tudo é o que parece. Atrás do assassino esconde-se uma conspiração que ameaça o país. Para Blake conseguir capturar o criminoso e travar a ameaça, ele irá ter de infringir todas as regras…
Sendo o primeiro livro de uma série de policiais o autor tenta de imediato mostrar o seu ritmo e explorar algumas personagens mais importantes. Numa análise rápida, o livro tem dois pontos fortes. O primeiro é a sua intensidade, pois a narrativa raramente abranda ou dessimula algum tipo de violência. O autor consegue descrever o essencial sem se focar somente nisso, o que ajuda a que o enredo não se torne previsível. O ritmo agradece e a cada capítulo a vontade de continuar a ler está presente, pois o autor sabe explorar algumas dúvidas que vamos tendo e deixa respostas no ar.
O outro ponto forte deste livro está no facto de vermos os dois pontos de vista, tanto do caçador, como da "presa". Aos poucos o enredo torna-se num jogo de gato e rato em que cada personagem tenta mostrar que é mais inteligente ou que sabe antever melhor os movimentos e pensamentos do adversário. E é assim que o leitor vai vendo as movimentações, como se assistisse a um rápido e violento jogo de xadrez.
É também interessante reparar que não criei uma ligação com nenhuma das duas personagens principais, mas não consegui deixar de ler. Este é, provavelmente, o único aspeto que poderá levar alguns leitores a não ficarem agarrados ao livro. No meu caso o interesse estava na forma como cada um ia fugindo ou aproximando-se. Aliás, acredito que o enredo não teria o mesmo impacto se apenas tivesse um ponto de vista.
Gostei da escrita, sem grandes clichés nem momentos mortos. O autor falha em explorar algumas personagens neste primeiro livro (talvez o faça nos próximos), mas também é verdade que consegue criar a base para os próximos livros ao ponto de me deixar com vontade de ler mais. Tempo ainda para indicar que gostei da forma como o autor arrisca em dois momentos, surpreendendo e saindo bem de caminhos que poderiam tornar o livro demasiado óbvio.
Não sendo um livro fantástico, a verdade é que gostei bastante, principalmente porque se trata do primeiro livro do autor e nota-se que o autor tem noção de como agarrar o leitor e criar uma narrativa inteligente. Certamente irei ler os próximos. Se apreciam o género então este livro irá agarrar-vos pela originalidade que vai mostrando em alguns momentos.
O outro ponto forte deste livro está no facto de vermos os dois pontos de vista, tanto do caçador, como da "presa". Aos poucos o enredo torna-se num jogo de gato e rato em que cada personagem tenta mostrar que é mais inteligente ou que sabe antever melhor os movimentos e pensamentos do adversário. E é assim que o leitor vai vendo as movimentações, como se assistisse a um rápido e violento jogo de xadrez.
É também interessante reparar que não criei uma ligação com nenhuma das duas personagens principais, mas não consegui deixar de ler. Este é, provavelmente, o único aspeto que poderá levar alguns leitores a não ficarem agarrados ao livro. No meu caso o interesse estava na forma como cada um ia fugindo ou aproximando-se. Aliás, acredito que o enredo não teria o mesmo impacto se apenas tivesse um ponto de vista.
Gostei da escrita, sem grandes clichés nem momentos mortos. O autor falha em explorar algumas personagens neste primeiro livro (talvez o faça nos próximos), mas também é verdade que consegue criar a base para os próximos livros ao ponto de me deixar com vontade de ler mais. Tempo ainda para indicar que gostei da forma como o autor arrisca em dois momentos, surpreendendo e saindo bem de caminhos que poderiam tornar o livro demasiado óbvio.
Não sendo um livro fantástico, a verdade é que gostei bastante, principalmente porque se trata do primeiro livro do autor e nota-se que o autor tem noção de como agarrar o leitor e criar uma narrativa inteligente. Certamente irei ler os próximos. Se apreciam o género então este livro irá agarrar-vos pela originalidade que vai mostrando em alguns momentos.
Luís Pinto