Autor: James Patterson
Título original: Maximum Ride: The Angel Experiment
Este é o 5º livro que leio deste autor, 3ª saga que começo, e posso dizer que James Patterson continua fiel ao que apresentou noutros livros: capítulos curtos, ação frenética.
Esta saga, virada para um público mais adolescente do que as séries policiais de Patterson, conta-nos a história de seis jovens alterados geneticamente. Maior força, velocidade, resistência, asas e um poder único que cada jovem consegue desenvolver, tornam este livro em algo que nos faz imediatamente recordar X-men.
O primeiro aspecto a reter neste livro é a forma como é narrado. Nestas páginas ouvidos as palavras de Max, a mais adulta do grupo de jovens, e aos poucos este livro torna-se quase no seu diário, ou pelo menos, na sua forma de ver os acontecimentos. Sendo assim, a escrita do livro é simples e poderá parecer infantil em alguns momentos, mas este é um livro narrado por um adolescente, e quer se goste, quer não, este pequeno detalhe encaixa na perfeição.
Com Max a narrar toda a história, seria mau não conseguir alguma empatia com a personagem. A verdade é que Max não me convenceu à partida, tendo sido mais fácil gostar de Fang ou Iggy, e precisei de algum tempo para ser convencido pela personagem. As restantes, e falando apenas dos seis jovens, estão bem construídas dentro do estilo de livro. Nenhuma é muito aprofundada, mas facilmente as distinguimos, não só pelos seus poderes e papeis, mas pela própria personalidade que suavemente o autor nos expõe.
É verdade que no início as crianças não parecem muito credíveis, mas a questão é: como seria qualquer uma destas crianças se realmente existissem? Seriam credíveis aos nossos olhos? Provavelmente não, e como tal, aceito a maturidade/infantilidade que apresentam.
Em termos de história, o ritmo frenético proporcionado por capítulos curtos onde acontece sempre qualquer coisa que desenvolva o enredo, obriga o leitor a não parar de ler, e acabamos por questionar pouco do que acontece. Como sempre, Patterson perde pouco tempo com descrições que não sejam importantes no futuro, e o público mais jovem adorará tal simplicidade.
No fim, e para quem questionar um pouco o que aconteceu, o livro deixa uma mistura de sensações baseada numa simples dúvida: o livro foi um amontoar de coincidências forçadas ou Patterson explicará tudo mais à frente? Se tudo tiver uma explicação, então todo o livro fará mais sentido e o enredo conseguirá uma base mais credível. E pelo que vi nas últimas páginas, acho que este poderá ser o caso.
Esta série pode não ser a mais famosa de James Patterson, mas é a mais amada pelos seus fãs mais adolescentes. A um adulto poderá faltar um pouco de profundidade nas personagens ou uma "substância" mais forte no livro, mas, sinceramente, acho que estes livros servem para entreter e serem facilmente lidos. Muitos dizem que os livros deste autor não têm qualidade para vender tanto, mas a verdade é que neste estilo, poucos conseguem agarrar tanto um leitor. Patterson fez um livro viciante, muito bem montado, que tem uma base para continuar e que tem tudo para ser das sagas mais lidas pelos adolescentes no nosso país. Fico à espera dos próximos livros!
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Estou a ver que pode ser um livro bom para o meu filho. Obrigada pela opinião.
ResponderEliminarUma análise interessante como sempre.
ResponderEliminarVou estar de olho nestas sagas do autor que tens falado. Se continuares a gostar, talvez comece a comprar.
Parabéns e boa sorte com o prémio para melhor blog!
Também me parece uma análise interessante. Nem conhecia o livro. Tenho andado afastada das livrarias. Sou capaz de comprar e se calhar ofereço ao meu filho.
ResponderEliminarObrigada Luís!
Espero que continues com a saga!
ResponderEliminarBoa análise como de costume!