Autor: Robert Wilson
Confesso que policiais não é a minha leitura de eleição e também que deste autor ainda não tinha lido nada, contudo ao ser-me indicado por uma amiga, decidi lê-lo e agora posso dizer que valeu a pena o tempo.
O livro começa com um ritmo agradável e prende-nos de imediato com o seu suspense muito bem criado por forma a manter-nos agarrados ao livro. A escrita é apetecível e conduz-nos de seguida para uma lenta e viciante descoberta da personagem principal, Javier Fálcon. Gostei particularmente da forma como é contada a história com vários momentos onde o passado revelado da história nos empurra para o futuro da personagem e suas dúvidas e receios. Por vezes o livro leva-nos de tal forma ao interior da mente depressiva da personagem principal que quase nos esquecemos do policial enquanto história de homicídio e busca do seu autor. É para mim este o aspecto positivo do livro, com o autor a captar a nossa atenção acabamos por ver a história apenas com os olhos de Javier Fálcon, o que nos leva a uma incapacidade de conseguirmos perceber o homicídio, aliás, nem sequer tentamos, porque a nossa atenção está focada naquele detective.
De salientar também o fim que me agradou por um simples motivo mas para mim essencial: não o consegui adivinhar, e para mim nada é mais frustrante do que ler um policial e adivinhar como acaba.
Não sendo o melhor policial que já li, O Cego de Sevilha foi uma agradável surpresa de um autor que não conhecia. Recomendo-o principalmente a quem goste do género. Não ficará desapontado e talvez ganhe a vontade de continuar com a saga de Javier Fálcon ou talvez ler o seu livro “Último acto em Lisboa”, entre outros.
Deixo-vos a sinopse de O Cego de Sevilha: É semana santa em Sevilha. Um empresário de renome é encontrado atado, amordaçado e morto em frente da sua televisão. As feridas auto-infligidas deixam perceber a luta que travou para evitar o horror das imagens que foi forçado a ver. Quando confrontado com esta macabra cena, o habitualmente desapaixonado detective de homicídios Javier Falcón sente um medo inexplicável.
Acabei hoje este livro que comprei por ler a sua crítica. Agradeço a sua opinião. Este livro é realmente uma boa escolha que me teria escapado ao olhar se não fosse o seu texto.
ResponderEliminarPois é Luis aconselho-te mesmo a ler "O Último Acto em Lisboa" ou "A companhia de estranhos" de Robert Wilson, acredito que não vás ficar desapontado.
ResponderEliminarOlá Nuno! Acho que vou mesmo apostar n'O Último acto em Lisboa.
ResponderEliminarContigo já são 3 as pessoas que me dizem para o ler. Se estiver ao nível deste, vou gostar de certeza.
Olá! O Último Acto em Lisboa é um livro espectacular. Recomendo-o vivamente.
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