Autor: Taylor Adams
Título original: No exit
Sinopse: Uma forte tempestade de neve.
Darby Thorne é uma estudante universitária que se encontra a viajar de carro no meio das Montanhas Rochosas, desesperada para ir ter com a mãe ao hospital. Quando é atingida por um forte nevão, Darby é obrigada a permanecer numa área de repouso junto à estrada.
Darby Thorne é uma estudante universitária que se encontra a viajar de carro no meio das Montanhas Rochosas, desesperada para ir ter com a mãe ao hospital. Quando é atingida por um forte nevão, Darby é obrigada a permanecer numa área de repouso junto à estrada.
Quatro estranhos e uma criança raptada. Darby percebe que terá de pernoitar ali, juntamente com quatro estranhos. Até que descobre uma menina numa jaula dentro de um dos carros estacionados em frente à área de repouso. Quem é aquela criança? Porque se encontra presa? E qual dos quatro estranhos será o raptor?
Sem saber em quem confiar, o que fazer?
Não há rede de telemóvel, as linhas telefónicas não funcionam e não há por onde fugir, pois as estradas encontram-se cortadas devido à tempestade de neve.
Em quem poderá Darby confiar e como irá ela salvar a criança?
Não há rede de telemóvel, as linhas telefónicas não funcionam e não há por onde fugir, pois as estradas encontram-se cortadas devido à tempestade de neve.
Em quem poderá Darby confiar e como irá ela salvar a criança?
Achei a sinopse deste livro diferente do normal e decidi começar a ler. O género thriller está na moda e são muitos os novos autores que têm conseguido captar a atenção dos leitores, mas nem todos primam pela originalidade. Foi, provavelmente, por esse motivo que decidi ler estas páginas.
Globalmente, foi uma aposta muito positiva, mas vamos por partes. O autor tenta desde o início levar o leitor a consumir estas páginas sem parar, não nos dando tempo para questionar algumas coisas que podem parecer algo forçadas. A ideia é empurrar o leitor para um estado de total desconfiança, algo que o autor consegue com facilidade, e é aí que está o trunfo do livro. Com o ritmo elevado, o leitor não capta algumas inconsistências que o autor é obrigado a cometer para aumentar o suspense. Todavia, na segunda metade do livro os acontecimentos começam a encaixar, tornando o enredo mais coerente e inteligente.
Outro aspeto interessante está na narrativa. A forma como o autor vai escrevendo as páginas torna tudo uma montanha russa de suspense e desconfiança, não só porque desconfiamos de todas as personagens, mas também da forma como o autor explora a própria história. Sendo um thriller que se desenrola durante muitas páginas num só local, gostei da forma como o autor explorou as personagens para que a ação não se tornasse demasiado repetitiva devido ao facto de estarmos perante poucas personagens. Para tal, o aprofundar das personagens é essencial, não só para percebermos as motivações e receios das mesmas, mas também para que certos valores morais encaixem com algumas decisões que de outra forma poderiam parecer forçados.
Com um final sempre a acelerar, gostei da forma coerente mas também arriscada com que o autor acaba este enredo. Ao olhar para trás, muito faz sentido se nos lembrarmos de alguns pormenores que fazem a diferença. Por outro lado, o suspense conseguiu agarrar-me ao ponto de ter lido o livro a grande velocidade. O resultado final foi uma leitura bastante viciante e intensa, algo que me surpreendeu. Se este é o vosso género, têm aqui uma leitura original e que vale a pena.
Luís Pinto
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