quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O HOMEM INVISÍVEL


Autor: H. G. Wells

Título original: The invisible man





Sinopse: Griffin — um homem com o rosto coberto por ligaduras, olhos ocultos por detrás de uns óculos escuros e mãos cobertas — é o novo hóspede em The Coach and Horses. Apesar de todos assumirem que o seu estado se deve a um acidente, a verdade é bastante mais estranha.
Griffin descobriu um processo de se tornar invisível, e está agora em busca do antídoto. Quando é expulso da aldeia e se vê impelido para o assassínio, Griffin procura a ajuda do seu amigo Kemp. Mas o destino que o aguarda afecta-lhe os pensamentos, e, quando Kemp se recusa a ajudá-lo, Griffin resolve planear a sua vingança.




Este é um dos grandes clássicos de H. G. Wells, um autor que revolucionou a literatura de ficção científica. Apesar de não ser um dos seus livros mais famosos, a verdade é que Wells tem aqui mais um fantástico livro que explora conceitos que até então não tinham sido totalmente explorados neste género. Apesar de numa fase inicial este parecer um livro de ficção-científica, rapidamente percebemos que é mais do que isso.

Numa escrita bastante simples e direta, mas sempre com qualidade, o autor começa o seu enredo de forma suave, sem grandes acelerações nos acontecimentos, mas aos poucos fiquei viciado devido à originalidade da base da história e também porque o personagem principal de imediato chama a atenção devido a algumas características que o autor começa a explorar de imediato e que o tornam único.

O que mais me espantou neste livro foi a forma como o autor conseguiu explorar certos conceitos sem que a história pareça arrastada ou forçada. A originalidade de algumas situações tornam este livro bastante original e inteligente enquanto levanta várias questões morais. Aos poucos o livro torna-se bastante psicológico ao começarmos a ver as fragilidades mas também as oportunidades que a condição de Griffin lhe proporcionam. A questão é o que nós faríamos nesta situação. A questão é o que certas pessoas fariam se conseguissem iludir aquele que é o sentido no qual mais confiamos.

Um livro único, intemporal, e que deve ser lido, questionado e analisado. Não é um livro que agrade a todos os leitores, mas a sua qualidade é inegável.

Luís Pinto

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