terça-feira, 28 de agosto de 2012

PASSATEMPO: A Coroa - Vencedor!

PASSATEMPO


VENCEDOR!

Chegou ao fim mais um passatempo com a parceria da Editorial Presença e agora anunciamos o vencedor.


E o vencedor é:

Paulo Frederico Machado Dores

Parabéns ao vencedor!

Estou neste momento a ler o livro, por isso opinião para breve! Fiquem atentos!

O livro já se encontra disponível no site da editora!




«Uma obra que irá agradar aos fãs de Dan Brown e de Philippa Gregory
Library Journal

«Uma rigorosa pesquisa histórica está subjacente a este romance cheio de suspense, mas o que mais nos atrai nele é a suculenta mistura de conspiração, luxúria, assassínio e traição
O, The Oprah Magazine 

«A excelente caracterização das personagens, a minuciosa reconstituição histórica, a atmosfera impregnada de tensão e o enredo marcado por um ritmo acelerado tornam esta leitura absolutamente viciante
Booklist 
 
Obrigado a todos por participarem e mais passatempos para breve!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

UMA NOITE EM LISBOA

Autor: Erich Maria Remarque

Título original: Die Nacht von Lissabon



"O que possuiremos nós realmente nesta vida? Porque será que nos desassossegamos tanto por causa daquilo que, quando muito, nos é meramente emprestado por algum tempo; e qual a razão de tanta conversa sobre graus de posse, quando o carácter ilusório da palavra “possuir” significa meramente abraçar o nada?"

Remarque, autor do famoso "A Oeste nada de novo", leva-nos à Segunda Guerra Mundial, o mais marcante confronto da humanidade, sinónimo de dor, desespero, morte. Lisboa, capital de um pais neutro, é o objetivo de todos os que fogem e sonham com a paz que a América lhes pode oferecer.


A maioria da humanidade anseia por encontrar Deus, mas se realmente o encontrassem, o que fariam? O que perguntariam? O que pediriam?

Com uma narrativa cheia de diálogos e sem um único momento de ritmo baixo, Remarque mostra-nos um homem que regressa a casa, Alemanha, para encontrar a sua mulher. De origem judaica, este homem de vários nomes, dependendo do passaporte, oferece-nos uma história de sobrevivência, medo e incapacidade para perceber como poderá o mundo ter-se tornado no que o rodeia. Este homem, uma personagem excelente, transmite-nos o seu medo e confusão, confusão essa que o faz enfrentar, talvez de forma inconsciente, todos os perigos, apenas para ter a sua mulher a seu lado.
Na noite de Lisboa, já sem esperança, este homem descreve uma vida inteira de luta, alimentada por um sonho, mas destruído pelo mais inesperado inimigo. Uma vida é tudo o que temos, mas, e quando essa noção já não existe? Quando a nossa passagem neste mundo é tão cheia de dor e medo, que valor tem a nossa vida para nós mesmos?

Rodeado por este conflito global, o passaporte é o mais importante para a tua sobrevivência, é o que te pode salvar. Mas o que te define? Vivemos numa civilização regida por leis, e temos orgulho de mostrarmos como somos civilizados dentro dessa visão criada durante anos. Mas seremos civilizados por decisão ou imposição? Se houvesse impunidade para todas as nossas ações, que mundo seria o nosso? Quem é afinal este homem? O que aparece no passaporte, solitário, apreciador de arte; ou será aquele que enfrentou tudo para viver com a sua mulher?

A Segunda Guerra é um tema que me atrai bastante, e este livro está ao nível das minhas expectativas. Rico em sensações e questões marcantes, vemos um homem para o qual já nada tem valor. Vive apenas para matar o inimigo e contar a sua história, e talvez assim, atingir a imortalidade que o seu amor merece. Ou talvez encontre o significado e lógica para tudo o que o rodeia.

A imagem de Lisboa é de uma cidade luminosa, num mundo sombrio, onde reside alguma esperança. Remarque dá-nos um livro que me faz lembrar O Pianista, livro também fantástico e que aconselho.
Não é o melhor livro que li sobre esta época, mas a sua qualidade é inegável e será uma excelente leitura para quem gostar de ler as impressionantes experiências de vida desta época e sobre a qual todos nós devemos saber um pouco mais. Gostei bastante do final, que poderá não agradar a todos, não por ser feliz ou triste, mas porque acaba de forma pouco usual e que me surpreendeu bastante.

Irei, certamente, voltar a este autor, e talvez ler o seu mais famoso trabalho: A Oeste nada de novo. Para todos os que procurem bons livros sobre esta época, sem apresentarem uma grande violência, este livro é uma excelente escolha. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DEMÊNCIA

Autor: Célia Correia Loureiro


Sinopse: No seio de uma aldeia beirã, Olímpia Vieira começa a sofrer os sintomas de uma demência que ameaça levar-lhe a memória aos poucos. A única pessoa que lhe ocorre chamar para assisti-la é a sua nora viúva, Letícia. Mas Letícia, que se faz acompanhar das duas filhas, tem um passado de sobrevivência que a levou a cometer um crime do qual apenas a justiça a absolveu.

O cérebro humano é a estrutura mais complexa do Universo conhecido, capaz de um número de processamentos por segundo que nenhum computador consegue alcançar. Graças à sua evolução, somos senhores do que nos rodeia, capazes de criar, questionar, recordar... e somos totalmente dependentes dos seus milhões de processos que actuam sem nos apercebermos. E quando essa estrutura, mestre do nosso corpo, começa a falhar, no que nos tornamos?
Era com esta perspectiva que abordei o livro, a primeira criação de uma autora que nasceu na cidade em que vivo. Esperava um livro que aprofundasse as limitações e os desafios que esta doença mental iria impor a Olímpia, mas, para minha surpresa, esse não era o tema principal da história. Mas já lá vamos...

Em primeiro lugar temos de perceber uma coisa: editar um livro em Portugal com 22 anos não é tarefa fácil. Umas vezes consegue-se porque são pessoas famosas, outras vezes porque há qualidade. Este é um exemplo de qualidade. O livro é bom, principalmente se tivermos em conta ser uma estreia e ter sido escrito com pouco mais de 20 anos de idade. 
As personagens estão bens construídas, acredito que seja fácil simpatizar com Letícia, e para muitos leitores será a personagens preferida. A sua luta ao regressar a uma aldeia onde não é desejada, ter de lutar contra toda uma mentalidade e preconceito, e ainda apoiar a sua sogra que mal a conhece, torna este livro viciante, maduro, e acabamos, tal como ela, a lutar para proporcionar às suas filhas uma vida que dificilmente terão.
Infelizmente a autora afasta-se um pouco de Olímpia, que para mim é a grande personagem deste livro, pois é ela a imagem da demência que dá uma profundidade extra à história. Adorei esta personagem e gostava de ver melhor a adaptação à sua "nova" vida!

Ao início o livro pode parecer demasiado grande, mas ao fim de algumas páginas, tal sensação desaparece graças a dois factores: o primeiro, é que a escrita da autora melhora com o decorrer da história, a segunda é que Célia Loureiro monta a história por forma a revelar segredos (muitos em flahsbacks) em momentos chave e que impulsionam a leitura, deixando sempre dúvidas no ar.
Outro ponto forte, é a forma como o ambiente da aldeia nos é dado. Célia explorou bem os preconceitos e as vergonhas de uma sociedade parada no tempo e alimentada pela ânsia de conhecer a vida dos outros. Desde violência doméstica, invejas, vinganças e abortos, esta história tem um bocadinho de tudo e o livro torna-se sólido. Pelo meio teremos o romance, que alimenta este livro e que torna esta obra mais virada para um público feminino.

Nota-se que o livro não teve uma revisão aprofundada, mas os poucos erros ortográficos ou frases demasiado longas, em nada tiram qualidade à história. O que fica na memória é que estas páginas são sobre decisões, muitas delas erradas e que condicionam toda uma vida, retirando-nos uma possível felicidade num tempo que nunca mais conseguiremos recuperar.
O final é uma mistura de sensações e o último parágrafo é fantástico, ajudando a tornar o fim mais marcante. No entanto alguns acontecimentos finais mostraram-se demasiado "forçados" pelas inúmeras coincidências, e tal desagradou-me um pouco.

Uma estreia promissora de uma jovem autora, que pode evoluir, e um exemplo perfeito de que se pode ter qualidade com vinte anos. Vou ficar atento ao próximo livro desta autora!
No fim pergunto-me... se eu fosse Olímpia, até onde teria aguentado?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Passatempo: A Coroa

PASSATEMPO

A Coroa
de
Nancy Bilyeu


Numa parceria com a Editorial Presença, temos para vos oferecer um exemplar do livro A Coroa, um romance histórico passado na época de Henrique VIII.

Para se habilitarem a ganhar, basta ler o texto apresentado em baixo e responder às perguntas.

Passatempo aberto até às 23:59 de 26 de Agosto
Aceite apenas uma participação por pessoa
Válido apenas para Portugal continental e ilhas

 
O livro já se encontra disponível no site da Editora.



Londres, 1537. Henrique VIII entrou em rotura com a Igreja de Roma e ordenou a dissolução dos mosteiros do reino. Joanna Stafford é noviça no priorado de Dartford quando descobre que a sua prima e melhor amiga foi condenada à fogueira por crime de alta traição. Incapaz de a deixar sozinha no momento da execução, Joanna decide quebrar o voto de clausura para ir despedir-se da prima. Mas a sua decisão terá consequências desastrosas. Espionagem, traição e uma lenda que poderá mudar o curso da História são os ingredientes que tornam este romance de estreia numa leitura revigorante e imperdível

«Uma obra que irá agradar aos fãs de Dan Brown e de Philippa Gregory
Library Journal

«Uma rigorosa pesquisa histórica está subjacente a este romance cheio de suspense, mas o que mais nos atrai nele é a suculenta mistura de conspiração, luxúria, assassínio e traição
O, The Oprah Magazine 

«A excelente caracterização das personagens, a minuciosa reconstituição histórica, a atmosfera impregnada de tensão e o enredo marcado por um ritmo acelerado tornam esta leitura absolutamente viciante
Booklist





BOA SORTE A TODOS!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CRÓNICAS MARCIANAS

Autor: Ray Bradbury

Título original: The Martian Chronicles


Este é, provavelmente, o livro que melhor demonstra o estilo de escrita deste autor. Com vários pensamentos que marcam a obra, ideias e invenções únicas, e uma história que salta no tempo para melhor percebermos as alterações que essas ideias causaram no futuro, torna-se fácil perceber o porquê deste livro ser considerado um clássico no seu género.
A escrita de Bradbury é excelente, bela, capaz de nos mostrar magníficos cenários mas também os pensamentos mais melancólicos, levando-nos a imaginar um futuro que não será tão belo. 

Sendo uma mistura de vários pequenos contos, com ligação entre eles, este livro relata a "evolução" da vida em Marte desde que o humano terrestre chega ao planeta e começa o processo de colonização. Tal como seria de esperar deste autor, Bradbury consegue falar sobre os temas mais importantes: religião, política, racismo (excelente neste tema), interesses financeiros e a forma como os terrestres olham para os marcianos e vice-versa. Aliás, um dos aspectos mais interessantes será o facto de o autor dar maior preponderância aos marcianos do que aos terrestres, fugindo assim à "visão mais usada" por outros autores.

Em alguns aspectos, não muitos, este livro mostra-se desactualizado (mas não podemos pedir a Bradbury que tivesse inventado a internet quando escreveu estes contos), sem que isso retire minimamente alguma qualidade ao livro. Por outro lado, muitos temas continuam actuais, principalmente quando falamos do pensamento humano e a onde ele nos leva. Uma vez mais a noção de esperança está presente (como em todas as obras deste autor), tal como a noção que temos muito a mudar. Bradbury nunca se limitou a escrever apenas para contar uma história, mas também para nos dar uma lição, ou várias. As suas páginas levam-nos a questionar como poucos autores conseguem, e se nos questionarmos, mais hipóteses teremos de mudar para algo melhor em vez de cairmos na apatia, preconceito e ganância.

Bradbury foi o autor que nos mostrou Marte como nenhum outro enquanto nos mostrava o que um dia será óbvio: independentemente do local, o homem não mudará, e existirá sempre uma percentagem incapaz de viver em harmonia, muito graças à sua ganância. Mas conseguiremos nós criar algo que não seja apenas a fonte de destruição de outra coisa? Se destruirmos o nosso planeta, merecemos uma segunda oportunidade noutro planeta, para aprender e mudar, ou continuaremos a cometer o erro que se tornará banal e cíclico?

Este não é o melhor livro de Bradbury, e não será dos mais viciantes. Mas vale a pena ser lido, e com atenção, porque há muito mais nestas páginas do que parece no início. Para qualquer leitor, e não apenas para os amantes de FC.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Passatempo: O Jogo Final - Vencedor!

PASSATEMPO

O Jogo Final

Vencedor!

Chegou ao fim mais um passatempo, neste caso de um dos melhores livros de FC de sempre, vencedor de vários prémios!

E o vencedor é:

Cláudia Marques Faria


Parabéns à vencedora!

A todos os participantes, muito obrigado por terem tornado este passatempo um sucesso. Com a adaptação cinematográfica quase a sair, aproveitem para ler a minha opinião e leiam o livro. Vale muito a pena!

Mais passatempos em breve! Obrigado a todos e boa sorte para a próxima!