Autor: Karen Cleveland
Sinopse: Stephanie Maddox desempenha a sua função de sonho: vigiar os poderosos e denunciar a corrupção dentro do FBI. Para lá chegar, precisou de vinte anos de trabalho árduo, empenho e sacrifícios pessoais, o mais importante dos quais, a ausência de um relacionamento próximo com Zachary, o filho adolescente. Um dia, ao arrumar o quarto do filho, Steph fica abalada ao descobrir uma pistola escondida no guarda-fatos. Uma pistola carregada. Alguém bate à porta, é um colega do departamento de combate ao terrorismo interno que pronuncia algumas palavras devastadoras: «Isto tem a ver com o Zachary.».
Tal como no livro anterior, a autor torna a intriga bastante pessoal para a personagem principal, sendo esse o grande truque neste livro para agarrar o leitor do início ao fim. A verdade é que o livro agarra com facilidade, pois a sensação de perigo que envolve a personagem principal é palpável e ajuda a uma aproximação que leva o leitor a questionar o que faria naquela situação.
Tal como no primeiro livro, a autora junta a esta aproximação com a personagem principal um outro fator importante, o ritmo elevado da narrativa. O livro simplesmente está em constante aceleração, com cada capítulo a acabar por forma a que seja preciso ler o próximo para termos novas respostas que levarão a novas perguntas.
A ideia base é bastante interessante e a forma como a autora aproxima o leitor da personagem principal é o grande trunfo. No entanto, o livro apresenta algumas falhas que são originadas, principalmente, no ritmo da narrativa. o facto de muitas vezes os capítulos acabarem ao fim de uma revelação faz com que alguns momentos sejam forçados, o que mancha o livro. Para além disso, alguns diálogos também levam caminhos que se tornam óbvios, pois o leitor tem de continuar preso e certos pensamentos ou decisões ainda não podem existir.
Contudo, este é um livro, que apesar das suas falhas, consegue ser bastante viciante e muito próximo do leitor. A história está bem pensada, o final bem conseguido, mas fiquei sempre com a sensação que poderia ser um melhor livro se não estivesse tão focado em ser viciante.
Tal como no seu livro anterior, a autora oferece uma leitura mesmo muito viciante, sempre em aceleração e que agradará a quem procurar thrillers psicológicos rápidos. Tem algumas falhas e faltam momentos mais calmos para explorar alguns temas ou algumas sensações da personagem, mas se o que procuram é algo intenso e rápido para se ler sem parar, este livro é uma boa escolha.
Luís Pinto
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