quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Passatempo: Horizon Zero Dawn - Vencedor!


PASSATEMPO

Horizon Zero Dawn

Vencedor



Chegou ao fim mais um passatempo e desde já agradeço a todos os que ajudam a que tal fosse possível e também a todos os que participaram e o tornaram um sucesso!

 Desta vez oferecemos um dos melhores videojogos da atual geração de consolas, o fantástico Horizon Zero Dawn, exclusivo PS4!

Infelizmente apenas poderei oferecer um exemplar deste jogo, mas espero que venham mais no futuro!

Fiquem atentos! Tremos novos passatempos nos próximos dias!

E o vencedor é!


André G. Fonseca Louro

Parabéns ao vencedor!





terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A REVELAÇÃO DO BOBO


Autor: Robin Hobb

Título original: Fool's quest




Sinopse: Após os acontecimentos de O Assassino do Bobo, cresce a intriga que atinge a vida e o coração de Fitz. Depois de garantir que nunca mais a deixaria só ou negligenciada, Fitz abandonou a sua filha Abelha para correr para Torre do Cervo a fim de tentar salvar a vida do velho amigo Bobo. A consequência foi a mais terrível: um ataque à sua casa e o rapto da pequena, que desaparece sem deixar rasto.

Encontramo-lo neste volume dilacerado entre as obrigações para com o Bobo e o que a consciência lhe exige que faça para tentar recuperar a filha. Mesmo o regresso a Torre do Cervo traz grandes perigos, pois no local onde nasceu e viveu durante muitos anos ainda perdura a sua má fama de Bastardo Manhoso e assassino. O que poderá Fitz fazer para trazer a paz de novo ao seu mundo?



Durante todos estes anos de blog, já disse várias vezes que existem alguns autor que são especiais para mim. Qualquer leitor tem um conjunto de escritores, que por algum motivo, o leva por uma experiência diferente. Mais marcante, mais especial. Eu, enquanto leitor, não posso deixar de pensar em nomes com Tolkien, Rowling, Steinbeck, Sanderson, Wells, le Carré, e também Hobb. Cada um deles por motivos diferentes, mas todos especiais. Hobb é pelas suas personagens.

A verdade é que poderia acabar este texto aqui, deixando apenas que o nome da autor fique ao lado de grandes nomes da literatura. Haverá maior feito do que caminhar no meio de gigantes? Hobb leva-me, com as suas palavras, a sofrer com estas personagens. Ao fim de onze livros sobre Fitz, este personagem faz parte da minha vida. Quantas horas da minha vida já passei na sua companhia? Conheço-o como se fosse alguém real. E é isto que faz a diferença: a capacidade de levar um leitor a ler umas palavras e achar que aquilo é real, que devemos sofrer com aquelas personagens, que devemos sorrir quando tudo acaba bem. Aqui, uma vez mais, Hobb conduziu-me por um mar de emoções enquanto ia revelando a sua história.

O enredo, bem montado e inteligente, apenas sofre por este livro estar cortado ao meio. No entanto, acaba no momento certo, deixando-nos com várias certezas e novas perguntas. A forma como a autora explora as suas personagens, tornando-as cada vez mais complexas mas sempre coerentes com o que sabemos dos onze livros anteriores, é a razão para a existência da enorme legião de fãs desta saga. Alguém que pegue nestas páginas e a transforme numa série, sff.

Sendo um livro dividido ao meio, não irei alongar-me muito. A história está muito boa e este livro serve para apresentar alguns momentos importantes e preparar os próximos. É daqueles livros que leio, e a seguir apetece-me pegar na saga toda e voltar a ler tudo, tal é a minha "relação" com Fitz que se foi criando aos poucos. No entanto este livro não está totalmente focado em Fitz, mas também em Abelha ou Breu, personagens que continuam a demonstrar novas camadas, melhorando o enredo.
 
Quando o livro acaba a vontde de passar para o próximo é enorme. Espero que a Saída de Emergência consiga lançar o próximo livro nos próximos meses, porque as várias perguntas na minha mente precisam de respostas. Para já, uma coisa é certa: Hobb continua em grande, num patamar que poucos alcançam durante tantos e tantos livros. Totalmente recomendado, desde o início!
 
Luís Pinto



segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

ENSAIO SOBRE O DEVER


Autor: Rute Simões Ribeiro




Sinopse: Os cidadãos do mundo inteiro são chamados a tomar uma decisão por uma entidade desconhecida. Têm de escolher um sentido apenas, «a saber», pode ler-se na misteriosa mensagem, «visão, audição, olfacto, tacto, paladar, com exclusão do apelidado sexto sentido, dado que, neste último caso, é o sentido que escolhe o portador, em caso algum podendo ocorrer o inverso». Receando o impacto da escolha livre na organização da sociedade, o governo decide obrigar os cidadãos eleitores a escolherem o sentido determinado em conselho de ministros, sob pena de penalização no rendimento, chamando as pessoas, em nome da nação, ao exercício de um dever colectivo de reorganização após a «extracção dos sentidos». Perante a ordem do governo, os partidos da oposição apresentam moções de censura e os auto-apelidados «guerrilheiros da liberdade» formam «brigadas dos sentidos», ainda que acabando estas por «forçar as pessoas a serem livres». Três personagens principais entrecruzam-se na história, um primeiro-ministro, um guerrilheiro da liberdade e uma mãe, partilhando, de algum modo, sentimentos de dever e de vigilância constante. Após a instituição de novos hábitos, ajustados à nova «ordem de sentidos», o primeiro-ministro depara-se com um inusitado e perturbador pedido do país vizinho, em nome de um antigo acordo a que está vinculado.



Finalista do prémio Leya, este livro, tal como podem ver pela sinopse, apresenta uma idea original e claramente nada fácil de implementar. Numa primeira fase a ideia base do livro pareceu-me boa, mas tive dúvidas se seria possível torná-la coerente.
 
Globalmente, este é um livro muito interessante. A autora apresenta uma escrita bem trabalhada e focada no essencial. Com alguns toques de Saramago, a autora surpreendeu-me pela forma como conta a história, desenvolvendo nos momentos certos e sendo capaz de perceber algumas dúvidas ou emoções que o leitor poderá ter em certos momentos.
 
No entanto, o foco está no enredo, complexo, diferente e difícil de gerir para que seja coerente. A autora consegue criar uma boa história, apoiada numa narrativa inteligente e quase sempre coerente. Existem alguns momentos forçados para que a narrativa caminhe num certo sentido, mas não mancham o enredo, principalmente porque algumas personagens estão muito bem criadas. O problema está na complexidade da ideia, que altera completamente a forma como vivemos, como vemos a vida e como interagimos com o mundo e com outros seres vivos. Perante tal mudança, torna-se óbvio que o livro, por melhor pensado e estruturado que esteja, dará sempre espaço ao leitor para questioanr ainda mais e encontrar falhas.
 
Mas, gostei da forma como a autora deu a volta a várias questões que poderiam ser uma armadilha. O resultado é um bom livro que levanta várias questões morais e sociais. É fácil, se questionarmos um pouco, perceber as ligações com a nossa realidade. Afinal do que temos abdicado nos últimos anos em troca de algo? Religião, política, redes sociais, internet... as ligações são claras. Para onde estamos a caminhar? Do que iremos abdicar a seguir? Quando iremos deixar para trás o que nos torna humanos simplesmente porque alguém assim decidiu? Como iremos aceitar tal imposição ou moda?
 
E é nestas perguntas indiretas que o livro se sustenta. Pelo menos foi a minha forma de o ler, enquanto retirava na minha mente o que agora é dado como adquirido, para questionar como seria se algo simples, mas obrigatório, me faltasse. Talvez a forma de sobrevivermos seja sempre uma manifestação de vontade.
 
Globamente apreciei este livro. Demorei a ficar agarrado à história mas a qualidade é inegável. Houve realmente alguns momentos que me pareceram forçados, principalmente na escolha das personagens, mas a mensagem forte do enredo supera esses problemas. Rute Ribeiro é, claramente, uma escritora que irei seguir no futuro.
 
Luís Pinto
 
 
 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O MITO DA SINGULARIDADE

Autor: Jean-Gabiel Ganascia
Sinopse: O momento crítico em que a inteligência artificial prevalecerá sobre a humana designa-se por «Singularidade tecnológica». Faz parte das novas buzzwords da futurologia contemporânea e a sua importância é sublinhada em numerosas previsões de gurus da tecnologia como Ray Kurzweil (chefe de projetos da Google) ou Nick Bostrom (da respeitável Universidade de Oxford). Alguns cientistas e investidores, como Stephen Hawking e Bill Gates, partilham estas perspetivas e manifestam a sua preocupação.
Ameaça à humanidade e/ou promessa de uma «trans-humanidade», este novo milenarismo não para de se expandir. As máquinas irão tornar-se mais inteligentes e mais poderosas do que nós? Estará no nosso futuro uma cibersociedade de onde a humanidade será marginalizada? Ou conquistaremos uma forma de imortalidade transferindo o nosso espírito para supercomputadores?
Este é um dos temas que mais tenho lido nos últimos tempos: inteligência artificial. Na realidade, a pergunta que este livro faz é uma pergunta que será feita muitas vezes nos próximos anos. Após ler a sinopse, fiquei com bastante vontade de ver que abordagem o autor iria seguir, e foi uma leitura interessante.
Em primeiro lugar, o autor consegue estruturar bem o livro para que o leitor não se sinta perdido, explorando um pouco o que já se faz na área e também o que é realmente a inteligência artificial. Depois, sem que o leitor se perca, o autor explora muitas das previsões e suposições do caminho que a IA irá levar. Claro que muito do que está neste livro é baseado na nossa realidade, nas possibilidades da IA e também em estudos sociais que nos dizem como deverá a humanidade aceitar certas questões.
No global este é um livro que explora a opinião do autor e, como tal, cada leitor, mais ou menos informado, poderá aceitar algumas coisas e outras não. Eu, por exemplo, concordo com as ideias do autor nuns casos, mas não noutros. No entanto, é interessante ler este livro e tentarmos tirar as nossas próprias conclusões, principalmente se tivermos conhecimentos da área. Sendo um livro muito pouco técnico, qualquer leitor o poderá ler, aprender, perceber alguns caminhos que iremos percorrer e retirar as suas conclusões. Claro que este não é um livro que agradará a quem não se interessar à partida pelo tema. Todavia, é um tema em que algum conhecimento será importante para o futuro. Se procuram uma leitura acessível e pouco técnica que explore o futuro da inteligência artificial, como ela poderá evoluir e como poderá influenciar as nossas vidas, então este é um livro a ler.
Luís Pinto   

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A TORRE NEGRA

 
Autor: Stephen King
 
Título original: The Dark Tower
 
 
 
 
Sinopse: Roland Deschain e o seu ka-tet viajaram juntos e separadamente, espalhados por múltiplas camadas de mundos, inúmeros quandos e ondes. O destino de Roland, Susannah, Jake, do padre Callahan, Oy e Eddie prende-se com a própria Torre, que agora os puxa para mais perto de si, para fim de todos e novos inícios… e para um turbilhão de emoções, violência e descoberta.
 
 
 
Aqueles que seguem o meu blog sabem que sou fã de Stephen King. No entanto, por mais estranho que possa parecer, não é o terror (o seu género de eleição) que mais aprecio. São os outros géneros, e King já escreveu de tudo um pouco. A saga A Torre Negra é, provavelmente, a sua saga mais marcante, com os seus oito livros sobre a demanda do Pistoleiro.
 
Como em qualquer outro livro de King, nem todos os leitores irão gostar. King tem um estilo único, uma imaginação "especial" que deu origem a livros como The Shinning, It ou ao conto que originou o filme Os condenados de Shawshank, um dos melhores filmes de sempre. Aqui, King termina a sua épica saga de forma estrondosa e marcante. É um daqueles finais que não se esquecem tão cedo. Surpreendente e escrito de forma perfeita, enquanto lemos percebemos o quanto King nos preparou para este momento nos livros anteriores. É a forma como King junta vários momentos dos livros anteriores e lhes dá um novo sgnificado que nos deixa sem resposta.
 
No entanto, uma vez mais, o grande trunfo de King são as suas personagens. Claro que a sua imaginação para criar momentos de tensão e para criar este mundo tão diferente e ao mesmo tempo tão igual ao nosso é algo que se deve elogiar, mas é ao explorar as personagens que todos estes livros fazem sentido. King aprofunda o passado de todos, explora traumas, objetivos, desejos, medos e sentimentos, para criar um turbilhão de momentos marcantes enquanto tudo é revelado. Para trás, ficam outros sete livros sobre um mundo fantástico e uma demanda que nem sempre foi possível compreender, mas que acaba por fazer todo o sentido.
 
É difícil falar sobre este livro sem revelar nada do que acontece nestas páginas ou até nas dos livros anteriores. Apesar de não ter falado aqui de todos os livros da série, fui lendo com paixão, e depois de o livro anterior ter sido o mais fraco de todos, este último livro surpreende, tornando toda a saga ainda melhor. Uma saga apaixonante e que merece a brutal legião de fãs que tem por todo o mundo. Esqueçam o filme, leiam estes livros! Muito bom!
 
Luís Pinto 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

365 DIAS COM HISTÓRIAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL


Autor: Luís Almeida Martins




Sinopse: À segunda-feira conheça os grandes factos e pequenos episódios que marcaram a História de Portugal, à terça é a vez de ser apresentado aos seus protagonistas, na quarta trave guerras sangrentas e batalhas vitoriosas e na quinta veja-se envolvido em revoluções e conspirações que abalaram o poder. A sexta é dia de ficar a par das histórias de alcova, de traições e infidelidades de reis, rainhas e não só e no sábado surpreenda-se com os mitos, lendas e curiosos mistérios dos nossos nove séculos de História. Para terminar a semana, ao domingo é tempo de descansar a ler episódios relacionados com grandes escritores, artistas e monumentos de Portugal. O convite é irrecusável. Só precisa de poucos minutos por dia para, de forma concisa e divertida, fazer uma extraordinária viagem pela História de Portugal ao longo de 365 dias. Cada dia é uma nova descoberta. Uma nova história.



Mal vi o título deste livro, fiquei com vontade de lê-lo pela abordagem original. O que este livro nos oferece é uma história por dia, com os temas a serem iguais para cada dia específico da semana, tal como podem ver na sinopse.
 
Para colocar 365 histórias num livro seria preciso uma escrita direta e capaz de dar algum contexto ao leitor para nao sentir que "caiu de paraquedas" numa história qualquer dentro de um contexto diferente da história anterior. O autor consegue quase sempre criar essa zona de conforto em que o leitor não se sentirá perdido, tornando esta obra numa leitura muito agradável.
 
Gostei da grande maioria das histórias deste livro. Os temas são bastante diversificados e mesmo aquelas histórias que no início pareciam que não me iriam agarrar, acabaram por consegui-lo porque em todas elas senti que estava a aprender bastante sobre a História do meu país.
 
Claro que sendo 365 histórias, todas elas são muito pequenas e apenas exploradas levemente, levando a que a curiosidade para procurar mais informação seja normal, mas este livro serve como uma boa introdução aos mais variados temas, e quando acabamos a sua leitura, não iremos dominar nenhuma assunto em particular, mas teremos uma noção muito mais global sobre a História de Portugal, e é esse o objetivo do livro: mostrar-nos um pouco os momentos e personalidades mais marcantes deste pequeno país que já conseguiu tanto durante os últimos séculos.
 
Gostei deste livro. A leitura nunca foi um esforço, talvez por cada história ser pequena e o autor conseguir tornar cada uma em algo interessante mesmo quando à partida parece que não. A escrita é direta e objetiva e apesar de ser um livro que, obviamente, deixa muito por explicar, quem o ler ficará a saber muito mais sobre Portugal, principalmente se forem iniciados neste tema.

Luís Pinto
 
 
 
 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O NOSSO CÉREBRO

 
Autor: Michel Cymes
 
 
 
 
 
Sinopse: O autor não propõe uma revolução nos hábitos dos leitores.
Antes procura que tenham uma alimentação cuidada, rompam com alguns dos hábitos prejudiciais e conquistem tempo para trabalhar a memória.
O lema de Cymes é que quando o cérebro funciona bem o resto do corpo tende a ir no mesmo sentido.
 
 
 
 
Decidi ler esste livro porque sou um apaixonado por tudo o que seja conhecimento sobre o nosso cérebro. Neste livro, um pouco diferente dos que costumo ler, o autor explora o nosso atual conhecimento sobre como ajudar o nosso cérebro a ser saudável.
 
Sendo um livro bem estruturado, o autor explora o quão necessário é o descanso, a forma de enfrentarmos problemas ou a alimentação. Aliás, um dos pontos mais aprofundados neste livro é como a alimentação pode ajudar o nosso cérebro a funcionar melhor, a ficar mais atento, mais concentrado, com melhor memória, etc...
 
Tal como qualquer parte do nosso corpo, a nossa massa cinzenta precisa de nutrientes específicos para o seu funcionamento diária, sendo também um dos maiores consumidores de energia do nosso corpo. Tudo isto leva a que seja fundamental saber como o alimentar, para que não exista um desgaste diária.
 
Para além disso, o autor explora o facto de, sendo o nosso cérebro o maestro de todo o corpo, nunca o corpo funcionará bem se o cérebro estiver cansado. E o oposto será igual. Um cérebro saudável fará todo o corpo trabalhar melhor.
 
Este é um livro interessante. O autor faz um bom trabalho a explicar conceitos base que alguns leitores poderão não dominar, e a mensagem é passada muito facilmente. É fácil ficar a perceber muito melhor o funcionamento do nosso cérebro, mas também o que é necessário para se manter saudável. Todos nós já nos sentimos desgastados antes, sem paciência, sem capacidade de recordar coisas, etc... este é um livro para nos ajudar nesses momentos. Se o tema vos interessa, então será uma boa leitura.
 
Luís Pinto
 
 
 
 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Passatempo: Louca


PASSATEMPO

Louca


Em parceria com a Bertrand Editora temos para oferecer um exemplar do livro Louca de Chloé Esposito. Desde já, obrigado à editora por esta oportunidade de oferecer um dos livros que mais tem dado que falar internacionalmente!



Para se habilitarem a ganhar basta serem fãs ou seguidores do Ler y Criticar e preencher o formulário.


Boa sorte a todos!

O passatempo termina dia 10 de fevereiro

Apenas é permitida uma participação por pessoa




Sinopse: Louca é um thriller passado em Londres e na Sicília, no espaço de uma violenta semana de verão, e que explora os temas do ciúme e do engano, do crime e da inveja. Uma gémea não só se apodera da vida perfeita da irmã, como se dispõe a continuar a vivê-la. Alvie Knightly está muito em baixo: sem objetivos na vida e a beber demais. A sua vida é ainda pior se comparada com a de Beth, a sua irmã gémea e perfeita. Beth casou-se com um italiano lindo e rico, tem um bebé maravilhoso e sempre foi a preferida da mãe. Há muito tempo que a única coisa que as gémeas têm em comum é a aparência. Quando Beth envia um bilhete de avião à irmã para que a visite em Itália, Alvie mostra alguma relutância. Mas quando é despedida do emprego que detesta e os companheiros de casa a põem na rua, começa a mudar de ideias e a pensar na luxuosa villa de Taormina. Beth pede à irmã que troque de identidade com ela durante umas horas, para poder escapar à atenção do marido. Alvie agarra com unhas e dentes a oportunidade de viver a vida da irmã, ainda que temporariamente. Porém, quando a noite acaba com Beth morta no fundo da piscina, Alvie dá-se conta de que aquela é a sua oportunidade de mudar de vida. E, afinal, o que escondia Beth do marido? E porque é que a convidou para ir a Itália? Alvie vai descobrindo segredos e mentiras à medida que mergulha mais fundo na vida da irmã morta. E terá de fazer de tudo para conseguir suportar as suas próprias mentiras.






A SÚBITA APARIÇÃO DE HOPE ARDEN

 
Autor: Claire North
 
Título original: The Sudden Appearance of Hope
 
 
 
 
 
Sinopse: O meu nome é Hope Arden, sou a rapariga de quem ninguém se lembra. Primeiro esquecem o meu rosto, depois a minha voz e, por fim, as consequências dos meus atos. Desapareço da memória sem deixar rasto.
Começou quando tinha 16 anos, um momento de cada vez. O meu pai esqueceu-se de me levar à escola, um professor esqueceu-se que eu era sua aluna, a minha mãe colocou mesa para três, em vez de quatro. Um amigo olhou para mim e só viu uma estranha.
Por mais que eu tente, por mais pessoas que magoe ou crimes que cometa, nunca se lembram de mim. E isso torna-me única… e particularmente perigosa.
 
 
 
 
Este é o segundo livro que leio desta autora. O primeiro fascinou-me e este segundo deixou-me curioso, uma vez mais, pela sua originalidade. Como podem ver pela sinopse, o livro tem uma ideia base bastante invulgar e que me deixou curioso para ver como a autora iria explorar tal ideia. Ter uma boa ideia não basta se não a executarmos bem, e foi com esse interesse e esperança que comecei a ler este livro.
 
Este enredo agarrou-me com facilidade. Com tantas possibilidades à frente desta personagem, para onde me levaria a autora? Claire North arrisca em alguns momentos, para que o livro seja mais surpreendente e mais humano. No entanto, alguns momentos são um pouco forçados, apesar de bem pensados. Graças ao facto de a personagem principal nos narrar a história, a ligação é quase imediata e questionamos o que fariamos se fosse connosco. É fácil sentir a confusão e o desespero desta personagem, porque nenhum ser humano deseja ser esquecido, quer pelos conhecidos, quer pelos que ama. E é sobre isto que o livro se desenvolve. O que faria cada um dos leitores se fosse esquecido por todos?
 
É emocionante ver as várias transformações da personagem perante este novo mundo onde parece que Hope não tem lugar. O próprio nome da personagem tem um significado marcante durante todo o livro, mesmo durante aqueles momentos em que Hope faz algo com o qual não concordamos, mas que percebemos. E voltamos a questionar se faziamos o mesmo... perante um mundo e uma sociedade que nos esquece, como podemos ser amados? Como podemos ser felizes? Até que ponto podemos manipular os que nos rodeiam?
 
Estas são apenas algumas das perguntas que este livro explora, porque se não se recordarem de nada que fazemos, o que podemos criar? O que podemos dar ao mundo? O que deixamos? O que persiste?
 
Este não é um livro perfeito, nem um livro que agradará a qualquer leitor. Também não é tão bom quanto o "As primeiras quinze vidas de Henry August", um dos melhores livros que li nos últimos tempos, mas este Hope consegue ser bom, único, e emotivo. Indiretamente o livro faz-nos pensar, faz-nos perceber como certas coisas são adquiridas à nascença e leva-nos a conseguir viver neste mundo, e sem elas, tudo é mais difícil. Este é o segundo livro de Claire North, e é a segunda vez que me surpreende. Voltarei a lê-lo um dia, talvez daqui a vários anos, e certamente voltará a ser uma bela leitura, provavelmente diferente, mas igualmente emotiva.
 
Luís Pinto
 
 
 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

PECADOS SANTOS


Autor: Nuno Nepomuceno




Sinopse: Nas comunidades judaicas de Londres e Lisboa, ocorre uma série de homicídios, todos eles recriando episódios bíblicos. Atos bárbaros de antissemitismo ou de pura vingança? Um rabino é encontrado morto numa das mais famosas sinagogas de Londres. O corpo, disposto como num quadro renascentista, representa o sacrifício do filho de Abraão, patriarca do povo judeu. O caso parece ficar encerrado quando um jovem professor universitário a lecionar numa das faculdades da cidade é acusado do homicídio. Descendente de portugueses, existem provas irrefutáveis contra si e nada poderá salvá-lo da vida na prisão.
Mas é então que ocorrem outros crimes, recriando episódios bíblicos em circunstâncias cada vez mais macabras. E as dúvidas instalam-se. Estarão ou não estes acontecimentos relacionados? Poderá o docente vir a ser injustamente condenado? Porque insistirá a sua família em pedir ajuda a um antigo professor, ele próprio ainda em conflito com os seus próprios pecados? As autoridades contratam uma jovem profiler criminal para as ajudar a descobrir a verdade. Mas conseguirá esta mente brilhante ultrapassar o facto de também ela ter sido uma vítima no passado?



Como alguns de vocês poderão saber, tive o prazer de apresentar este livro juntamente como Nuno Nepomuceno, a Sofia Teixeira e a Vera Brandão, duas das melhores bloggers de literatura do nosso país. Foi uma apresentação divertida e agradável na Fnac do Colombo e espero que tenha ajudado a dar a conehcer um bom livro português. Foi a segunda vez que apresentei um livro de Nuno Nepomuceno e aproveito para lhe agradecer a honra e a confiança que me deu para apresentar algo que certamente será tão importante para ele.

Agora, uso aqui o meu humilde espaço para falar um pouco sobre este livro, que considero o melhor trabalho do autor até hoje. Em primeiro lugar, este é um livro que se pode ler isoladamente, mas aconselho a leitura do livro anterior, A célula adormecida, para uma melhor compreensão das personagens. Aproveitando o desenvolvimento do livro anterior, o autor não necessita de apresentar as personagens principais na sua totalidade, mas quem nunca tenha lido o livro anterior não se sentirá perdido.
 
O que mais apreciei nesta obra foi o facto de ser diferente do que esperava, sendo muito mais um thriller psicológico e menos um livro de espionagem, apesar de presente. O autor foca-se no passado de algumas personagens para dar a densidade necessária ao enredo e à trama, sendo que estão aí, no passado, muitas das revelações mais importantes e que são o motor da narrativa.
 
O autor foca-se, mesmo que indiretamente, no passado das personagens, e em como o que nos aconteceu nos molda, mais ou menos, para sempre. Não podemos, nem devemos, fugir ao nosso passado. E essa é uma das mensagens do livro. Pelo meio, intriga, mortes, surpresas e muita pesquisa histórica. Aliás, é preciso elogiar o trabalho de pesquisa do autor e principalmente a forma como nos dá a informação necessária para percebermos o que envolve o erendo, quer seja em termos políticos, quer sociais ou religiosos, sendo que a religião é o grande tema a ser explorado neste enredo. É um livro com o qual aprendi bastante.
 
Para mim este é o melhor livro do autor porque tem a melhor estrutura e ritmo. O livro está bem pensado e estruturado, surpreendendo no fim e deixando pontas soltas para um próximo. Claro que tem falhas, tem momentos que antevi e outros momentos mais forçados, mas no geral é um livro muito bem conseguido. O que me agrada em Nuno Nepomuceno é a forma como tenta sempre fazer algo diferente, não se fixando numa fórmula igual ao livro anterior. É esta constante inovação que me agrada e que me faz querer ler os próximos. Se gostam de thrillers com um toque de Lisboa pelo meio, então este é um livro a ler. Sem dúvida.
 
Luís Pinto