quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Passatempo: Naruto - Vol.1, 2 e 3

 PASSATEMPO

Naruto - vol 1, 2 e 3
de Masashi Kishimoto


 

Depois de termos oferecido 3 livros da manga Dragon Ball, chega agora a vez de oferecer Naruto em versão inglesa!


Temos os três primeiros volumes para oferecer!



Para se habilitarem a ganhar, basta serem fãs do blog e preencher o formulário em baixo:



O Passatempo termina dia 7 de Outubro, às 23:59.
Apenas uma participação por pessoa

Boa sorte a todos!



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A VINGANÇA DO ASSASSINO

 Autor: Robin Hobb

Título original: Assassin's Quest


Após o inesperado final do livro anterior, muitas questões ficaram no ar sobre como seria agora o futuro da saga.
Este livro começa muito bem, com Fitz a apresentar uma personalidade mista (que tentarei não revelar) e que nos leva a conhecer melhor certos aspectos que até agora a autora ainda não aprofundara na história. Este livro é, sem qualquer dúvida, uma aprendizagem para a personagem principal mas também para o leitor, que terá a oportunidade de aumentar o seu conhecimento sobre o Talento, Manha e culturas exteriores a Torre de Cervo.

 Ao contrário do livro anterior, neste o ritmo apresenta-se baixo, sendo mais um livro de introspecção do que acção. Esta baixa de ritmo era esperada, primeiro porque seria difícil manter o elevado ritmo do anterior, mas também porque após aquele final, a autora teria de "dar uma volta" ao desenrolar da história, pois as bases que tínhamos até agora desaparecem, acabando com a rotina de Fitz e do próprio mundo. Tudo está diferente.

Este é um livro totalmente centrado em Fitz, tornando-se o momento ideal para o conhecermos melhor enquanto a personagem se conhece a ela própria, tornando o livro solitário e emotivo. A escrita da autora mantém-se fiel, raramente monótona (apenas um ou dois momentos me pareceram algo arrastados), e apesar de este se apresentar como o livro menos viciante, continua a agarrar o leitor muito graças à viagem de Fitz.
Esta viagem de Fitz não tem muita lógica, mas também quem a teria após passar o que este rapaz passou? Quantos de nós não nos guiaríamos pelo ilógico e sedente desejo de vingança? No entanto este livro vem confirmar a sensação do anterior: Fitz anda à deriva, com uma mente partida e quase sempre com tendência para a destruição, deixando uma enorme vontade de ler o último livro.

 Um dos aspectos que mais gostei foi a viagem, mostrando outras culturas, novas personagens e sentindo a necessidade de sobrevivência da personagem, acompanhado ou sozinho, sem conhecimento da vida dos que ama, preso à ignorância que o rodeia. É verdade que Hobb não nos presenteia com um mundo rico em culturas, mas o seu mundo é consistente, diversificado e assenta bem, sem sentirmos factos forçados.
Devo ainda mencionar, que apesar de quase não aparecer, Breu tem momentos marcantes, onde revela muito da sua personalidade que esteve escondida nos livros anteriores, e gostei bastante desta surpresa. Infelizmente outras personagens ficaram fora do livro, mas perfeitamente compreensível.

Falar sobre este livro sem revelar nada é difícil, mas é óbvio que estas páginas são o preparar da personagem para o fim da história. Fitz cresce, evolui e desvenda alguns segredos mas deixando ainda mais questões em aberto. Tal como na maioria das sagas, este livro é o mais lento, essencialmente porque prepara um (espero eu) momento final arrebatador. A questão é: entre Navios Vermelhos, Manha, Majestoso, Antigos, Fitz, Bobo e muitas outras questões, conseguirá Hobb responder a tudo no livro final?

Opinião ao último livro para breve!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

AS AVENTURAS DE TOM BOMBADIL

Autor: J. R. R. Tolkien

Título original: The Adventures of Tom Bombadil


Este livro traz-nos as aventuras de Tom Bombadil (em poesia) e mais três contos em prosa onde outras personagens são as principais.
Começando pela poesia, a verdade é que não sou um grande apreciador, e como tal necessito de uma maior atenção para deslindar todos os significados dos versos de Tolkien.

Em primeiro lugar tenho de admitir que gostei bastante de tradução para português destes versos e nunca me pareceu que o significado se perdesse. Claro que é apenas a minha ideia, podendo estar totalmente errada.

Em segundo lugar tenho de realçar todo o significado da poesia de Tolkien. É verdade que os versos são simples, direcionados a um público juvenil, e consequentemente, fáceis de ler e perceber, mas quem tenha lido a maioria das obras de Tolkien conseguirá encontrar alguns significados escondidos que se revelam muito interessantes e que darão força a muitas teorias sobre este homem.

Mas a grande questão é: quem é Tom Bombadil? Como o próprio Tolkien chegou a afirmar, Bombadil era um boneco do seu filho e Tolkien criou-o a partir desse brinquedo, mas quem era ele na Terra-Média? Que personagem é esta que fala com todos os seres, compreende-os, e que é capaz de resistir ao Anel Um? As teorias são muitas, pois Tolkien nunca revelou quem era realmente Tom Bombadil. Uns dizem que nunca foi definido, outros falam de que era um Valar ou um Maia e alguns acreditam que fosse o próprio Eru Ilúvatar, o Deus Supremo da Terra-Média. Outros fãs vão ainda mais longe e dizem que é o próprio Tolkien retratado naquelas páginas, pois ele estava lá quando a primeira gota de chuva caiu.

Obviamente este livro não dá a resposta, mas também é verdade que ficamos a conhecer muito mais deste singular personagem. No entanto este livro apresenta ainda outros três contos, em prosa e gostei de todos. 

Nestes três contos, Tolkien apresenta a mesma escrita que em O Hobbit, onde sentimos que o próprio autor nos narra a história como se estivéssemos juntos  à volta de uma fogueira. As histórias são boas, e com personagens interessantes, quer seja no conto de Niggle ou de Smith. Rápidas de ler, sem grandes momentos de descrições, o ritmo de leitura é rápido e sem necessitar de grande esforço.

Falar muito mais sobre estes contos iria revelar mais do que quero e como tal, limito-me a dizer que este livro é muito bom, mas também é dos que menos agarra o leitor, principalmente para quem não gostar de poesia (que volto a dizer, tem grande qualidade). É, tal como Tolkien nos habituou, um livro cheio de significados e lições que devemos reter, ideal para se ler devagar, tentando saber afinal quem era este personagem.
Todos os fãs do universo de Tolkien devem ler este livro e certamente encontrarão novos significados quando juntaram o conhecimento adquirido em O Silmarillion. Não é o mais viciante, não é o melhor livro do autor, nem será aquele que iremos mais vezes repetir a leitura, mas a qualidade de Tolkien está lá, bela, original e imensa. Infelizmente, Tolkien não teve tempo de explicar tudo o que inventou...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

V FOR VENDETTA


Autor: Alan Moore, David Lloyd (ilustração)



Qual é a diferença entre estar dentro ou fora das grades, se continuamos presos?
Termos como liberdade, vingança, controlo, o que realmente significam? Poderá uma pessoa ser mais do que a carne do seu corpo? V, a personagem principal, conseguiu-o.

“I didn't put you in a prison, Evey. I just showed you the bars.”

V for Vendetta é um dos melhores comics que alguma vez li. Numa bela mistura de O Conde de Monte Cristo, 1984 e Fahrenheit 451, o autor Alan Moore cria uma personagem que deverá ser olhada não como um homem, mas como a junção de  várias ideias e convicções. 

Num país totalmente controlado pelo governo, retirando ao povo a informação, a liberdade, e em último caso, todos os prazeres, vemos surgir um homem que acredita poder fazer a diferença. Tal como Cobb disse em Inception, a ideia é o mais resistente dos vírus, levando-nos a moldar vidas, criando um objetivo, obrigando-nos a continuar. V tem essa ideia bem vincada, uma vingança que passará a mensagem ao povo, criando um efeito borboleta que fará as pessoas levantarem-se e destruir a apatia que as oprime. 
V, personagem fantástica, é também uma mistura de outras personagens noutras obras, e facilmente vemos um pouco de Dantes (O Conde de Monte Cristo), quando percebemos a sua ingenuidade em relação ao que a vingança lhe dará. Poderá alguma dia a vingança matar a dor após concretizada? 

“Behind this mask there is more than just flesh. Beneath this mask there is an idea... and ideas are bulletproof.”

Este é um livro que passa uma mensagem, muito política e social, mostrando que existe um limite para um povo. Nenhum povo, por mais oprimido que seja, terá sempre um momento em que se levanta, e neste caso esse momento é oferecido por V, o catalisador que mostra ao povo que podem, e devem, ser mais do que aquelas vidas sem chama!

A história é boa e tem como trunfo toda a filosofia de V, que sem nunca impor a sua ideia a outras pessoas pela força, consegue por palavras o que outros não conseguem com violência. É verdade que existem algumas parecenças com 1984 e Fahrenheit 451, mas neste caso a mistura cria um mundo base muito interessante, mostrando-nos o que pode acontecer se nos deixarmos manipular.
O que é controlo? Como se consegue controlar as massas? Por medo muitos tentaram e falharam... E por falta de algo? Não. As pessoas apenas são controladas indefinidamente quando não o sentem e é aí que entra a manipulação de todo um povo, alterando o seu conceito sobre o que os rodeia, sobre o que será o futuro, sobre a realidade do exterior. Estaremos tão longe disso? Telemóveis, redes sociais, comunicação social... tudo isto são formas básicas de controlo, que aceitamos a belo prazer. Mas poderemos chegar um dia a este estado? Em quantos países encontramos ainda hoje esta realidade? Se tal acontecer, o erro será nosso, tal como a culpa. Afinal, poderá ser isento de culpa o povo que se deixa controlar?

“People shouldn't be afraid of their government. Governments should be afraid of their people.”

O trabalho gráfico é bom, ou pelo menos assim me parece, pois admito que não sou um grande conhecedor de comics. No entanto posso afirmar que gostei bastante do visual.

No geral esta é daquelas comics que consegue ter uma qualidade difícil de esquecer, pois não se limita a entreter, mas também a fazer-nos pensar e a passar uma ideia, cabendo a cada um de nós interpretá-la à sua maneira e aceitá-la, ou não, pois acredito que mesmo quem não concorde com algumas das ideias da personagem V, não deixará de sentir a qualidade. 
Eu vi a política e a filosofia, outros verão outras mensagens, e é essa a beleza desta obra. Mesmo para quem não seja um fãs de comics, este livro é recomendado!  

Para quem viu o filme, a adaptação é fiel, mas novamente, o livro consegue, graças a uma maior duração, atingir uma profundidade superior.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Selo Blogger


Ontem recebi este selo da Maria, autora do blog O Imaginário dos Livros, blog onde sigo as suas opiniões e também os seus desenhos. Obrigado Maria, por te teres lembrado de mim!

As tarefas para quem recebe o selo, são simples (não as conhecia) e vou já executá-las.

1- Postar o selo e anunciar quem me ofereceu o mesmo.
2- Dizer sete coisas sobre mim.
3- Presentear 15 blogs com o mesmo selo.

Visto que a primeira regra já está, passo para a segunda.

Sete coisas sobre mim:

1- Apesar de já ter lido todo o tipo de literatura, a literatura fantástica é a minha preferida (fantasia e ficção científica)
2- Sou um enorme fã de Star Wars (filmes e livros), Harry Potter (livros) e O Senhor dos Anéis (livros e filmes).
3- O primeiro livro que li foi Os Cinco na Ilha do tesouro
4- Sete Pecados Mortais e Clube de Combate são os meus filmes preferidos
5- Para além deste blog, também escrevo para a Magazine HD (na rubrica "Do livro à tela" e críticas a jogos PS3)
6- Comecei este blog após ler as opiniões da Célia no seu Estante de Livros
7- Raramente leio a opinião que escrevo no blog (peço ao meu pai para me procurar erros, porque às vezes não os vejo)

E agora 15 blogs a quem ofereço este selo:



15- http://serie-gameofthrones.blogspot.pt/



Uma vez mais, obrigado Maria!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Passatempo: Dragon Ball - Vencedor!


 PASSATEMPO


Dragon Ball Vol. 1, 2 e 3
de Akira Toryama


Chegou ao fim mais um passatempo no blog, e este deixou-me particularmente feliz, primeiro porque sou um enorme fã da série, mas também porque teve um número elevadíssimo de participações, mostrando que há muitos fãs por aí!

A pergunta era básica: qual a personagem favorita. 
As três personagens mais votadas foram Son Goku, Vegeta e  Tartaruga Genial (Mestre Kame)

Espero voltar a oferecer mais livros desta série, mas para já o vencedor é:

Sérgio Leal Trigo

Parabéns ao vencedor!


A todos os participantes, muito obrigado e fiquem atentos a novos passatempos!
Boas leituras!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A CORTE DOS TRAIDORES


Autor: Robin Hobb

Título original: Royal Assassin


A Corte dos Traidores é a segunda metade do livro original (Royal Assassin), e tal como na maioria dos casos em que tal acontece, este livro começa com um ritmo elevado. O que temos de aplaudir é que raramente este ritmo baixa.

Esta sensação de ritmo é fundamental pelo facto de estarmos a ler um livro narrado por uma personagem. Trata-se portanto de uma narrativa que não salta entre locais, restrita aos olhos de um rapaz, e um ritmo baixo daria a sensação de uma história que não evolui. Não é o caso.

Este é, de muito longe, o melhor livro da saga até agora. Viciante como os anteriores, mais até, mas principalmente é um livro que explica muito e surpreende ainda mais. Tudo isto acontece principalmente porque a luta contra os Forjados deixa de ser o centro das atenções e acabamos com um livro mais virado para a intriga e consequentemente ficamos mais conhecedores das personagens (seus planos e motivações). Aprofundamos o nosso conhecimento sobre Magestoso (um excelente jogador na corte), Breu, Castro (segredos revelados), Fitz e Sagaz (personagem muito bem conseguida com momentos marcantes), entre outros, e aos poucos a história torna-se mais sólida, com muitas dúvidas a desaparecerem-me da mente do leitor. Neste aspecto tenho de fazer especial destaque para um esclarecimento da autora sobre Sagaz, pois era o pormenor que eu não conseguia perceber desde o livro anterior e desejava que a autora não deixasse de explicar, porque se o fizesse, destruiria o quanto gosto destes livros. Foi uma agradável surpresa e que esclarece bastante! 

Fitz é uma excelente personagem (se não o fosse o livro estaria arruinado), pecando apenas por em alguns momentos mostrar uma ingenuidade acima da "permitida" para quem sempre viveu na corte. No entanto esta característica ajuda, obviamente, a manter vários segredos e intrigas, com acontecimentos e avisos a passarem à sua frente e nada a ser feito. É ainda esta ingenuidade que nos prepara para um final surpreendente. E é esse o momento marcante do livro: o seu final!
A história é toda ela viciante, e a ligação que estabeleci com algumas personagens (Veracidade, Sagaz ou Breu) fez-me ler o livro rapidamente, ritmo esse também ajudado por não conseguir perceber que final teria pela frente. E a verdade é que me surpreendeu, primeiro pela coragem da autora, depois pelas várias portas que pode abrir para os próximos livros, que terão, obrigatoriamente, de ser muito diferentes dos anteriores.

No entanto a autora terá nos próximos livros de explicar por exemplo o comportamento quase destrutivo de uma personagem, ou pelo menos parece-me que será esse o seu caminho. Espero que o consiga e acredito que será uma mais-valia para a saga!
De realçar ainda a evolução da relação entre Fitz e o seu lobo. Esta relação, que se torna cada vez mais importante, dá-nos os momentos mais alegres e também de grande amizade, fugindo um pouco ao ambiente sombrio do livro. Gostei bastante desta evolução, e da forma como Fitz começa aos poucos a estabelecer certos conceitos e como começa a olhar para a forma como os humanos tratam os animais. Parece uma adição de qualidade e que ainda pode dar mais à saga.

Este livro não é uma obra-prima e não revoluciona a fantasia, mas são poucos que o conseguem. O que este livro consegue é ser viciante, bom e deu-me um enorme prazer lê-lo. Tem poucos, ou nenhum aspecto negativo de relevo e como tal, é completamente recomendado. Vou ler o resto da saga, só espero que se mantenha a este nível e apenas gostava de ver um universo mais vasto, pois estamos confinados ao olhar de um rapaz que raramente sai da corte. Mas acima disso espero que os próximos livros aprofundem qual é o objectivo do mal, porque existe e como se enfrenta... a questão é: como poderemos enfrentar e vencer algo que não compreendemos, que não sabemos como se motiva, como se sustenta?
  
Faltam-me dois livros, mas para já, excelente saga e totalmente recomendado!Críticas mais aprofundadas nos próximos livros! Para já, deixo uma pergunta no ar: todas as pessoas que conheço e que tenham lido este livro, dizem maravilhas... não conheço ninguém que não tenha gostado adorado. Então como é possível esta saga não estar a quebrar recordes de vendas? Vamos tentar mudar esta tendência.




terça-feira, 11 de setembro de 2012

TRÉGUAS EM BAKURA

Autor: Kathy Tyers

Título original: The Truce at Bakura


Ano: 4 ABY


O Imperador está morto e os seus seguidores ainda não acreditam que Vader o traiu. É com base nesta ideia que este livro começa, e rapidamente percebemos que ainda há muitos acordos de paz a serem alcançados pelos Rebeldes até a paz voltar à Galáxia.

O principal trunfo deste livro, na minha opinião, é a credibilidade que a autora conseguiu dar às personagens que conhecemos dos filmes. Em alguns livros de Star Wars, os autores não conseguiram captar na totalidade a personalidade daquelas personagens que conhecemos dos filmes, e por vezes notam-se discrepâncias; mas Kathy Tyers consegue oferecer personagens que são fieis ao que vimos no cinema. E isto agrada a qualquer fã mais atento.
Com as personagens em destaque, Luke e Leia ganham protagonismo. Primeiro exploramos a forma como Leia enfrenta o conhecimento de que Vader é seu pai e este ponto é muito interessante e conduz a vários momentos de qualidade. No caso de Luke, vemos o seu primeiro romance e a compatibilidade desse sentimento com a Força. Neste caso é interessante ver as diferenças entre Luke e Anakin, sendo que Anakin sempre se destacou pela forma fervorosa como amava ou odiava.

No geral a história é boa, sem nunca deslumbrar, mas com a capacidade de levar o fã a ler sem parar. O ritmo é sempre elevado, cheio de acção, e senti-me colado a estas páginas, também muito graças a sentir que as personagens que estava a ler eram exactamente iguais às que aprendi a gostar nos filmes.
Alguns elementos são introduzidos ao universo de Star Wars e infelizmente a autora não explica detalhadamente a maioria, o que torna este livro muito mais satisfatório para quem já conhecer este Universo e histórias anteriores. No fim do livro ainda fica muito por explicar e teremos de continuar com as histórias de Luke e Leia para percebermos o que poderá ter sido originado nestas páginas. No entanto é preciso afirmar, que a originalidade de muitos dos elementos introduzidos na saga, é uma verdadeira lufada de ar fresco, e sentimos este universo a expandir bastante se tivermos em conta que se trata apenas de um só livro.
Ainda dentro da história, devo dizer que este Universo tão tecnologicamente avançado, leva a algumas falhas, falhas essas que se corrigidas, iriam matar muita da acção do livro. Percebe-se o caminho que a autora percorreu, mas principalmente percebe-se que escrever um livro onde tanto pode ser feito por tecnologia, limita e muito, o trabalho do autor.

Este é essencialmente um livro virado para os fãs, apesar de não ser exclusivo, mas a verdade é que quem "domine" o universo dos filmes, conseguirá captar muito melhor o essencial do livro e o porquê de muitas decisões das personagens. Este facto vem, tal como já disse, do facto da autora não explicar tudo o que acontece.
É um livro que facilmente gostamos, pois queremos saber o que acontece imediatamente após o Episódio 6: O Regresso do Jedi. Não está entre os melhores livros da saga, mas acredito que qualquer fã gostará muito de o ler, e a todos eles recomendo estas páginas.

Novidades Setembro

 Hoje trago-vos 3 novidades que me chamaram a atenção este mês e que serão, certamente, leituras agradáveis.



Um thriller cheio de suspense que introduz os leitores nos meandros da maçonaria e estabelece um paralelo histórico com as mais modernas investigações.

Roma. Um arquivista do Grande Oriente é assassinado na altura de uma festa na embaixada francesa, cumprindo um ritual que evoca a morte de Hiram, o lendário fundador da Maçonaria.
Em Jerusalém, um arqueólogo que tem na sua posse uma enigmática pedra gravada tem uma morte semelhante.
O comissário Antoine Marcas, mestre mação, e a sua parceira, Jade Zewinski, são confrontados com assassinos de uma irmandade nazi, a Sociedade Thule, oponente ancestral da Maçonaria.
Sessenta anos após a queda do Terceiro Reich, os arquivos dos mações, que haviam sido roubados pelos alemães em 1940, continuam a fazer o sangue correr…
Mas que segredo intemporal estará escondido entre aquelas folhas amarelecidas?

«[…] uma eficácia incontestável e um perfume de autenticidade […]» Hubert Prolongeau — Première

Livro já publicado em França, Inglaterra, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanhã, Hungria, Itália, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Rússia, Polónia, Turquia, Brasil e Japão.







Sinopse: Um caçador de tesouros descobre um códice precioso, preservado durante séculos nas ruínas de uma cidade maia e leva-o consigo para os Estados Unidos. Entretanto a curadora de um museu, perita em inscrições maias, e um médico que está a cuidar de um desconhecido que sofre de uma doença misteriosa, chegam à conclusão de que podem estar a lidar com uma pandemia precursora da catástrofe anunciada numa antiga profecia e que, segundo o rigoroso Calendário Maia, poderá ocorrer no dia 21 de dezembro de 2012, uma data demasiado próxima dos acontecimentos narrados neste thriller... 21.12 é o novo livro do coautor do bestseller internacional A Regra de Quatro. O relógio não para...

Citações
  • «Nesta narrativa vertiginosa, Thomason revela uma impressionante profundidade de conhecimentos, tanto no domínio científico quanto sobre a antiquíssima civilização Maia. Um livro soberbo.» | Kirkus Reviews
  • «Uma aventura em ritmo acelerado que cria uma intensa expetativa... Os apreciadores de Michael Crichton vão encontrar neste thriller muitos dos seus temas preferidos.» | Publishers Weekly






 E por último, deixo-vos o link onde poderão encontrar as novidades sobre este livro que seguramente será um sucesso de vendas, pois estamos a falar de uma das personalidades mais marcantes do último século, e uma das que menos conhecemos. à venda no fim deste mês!



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PASSATEMPO: Dragon Ball - Vol. 1, 2 e 3


 PASSATEMPO


Dragon Ball
de Akira Toryama


Os três primeiros volumes!

Hoje o Blog Ler y Criticar tem para oferecer os três primeiros volumes, da edição portuguesa, da manga mais famosa de sempre!
 

Para se habilitarem a ganhar, basta serem fãs do blog no facebook e preencher o formulário em baixo.



O Passatempo termina dia 16 de Setembro, às 23:59.
Apenas uma participação por pessoa
Participações apenas para Portugal Continental e ilhas


Tentaremos ainda, nos próximos meses, continuar a oferecer os restantes livros da série! 


Boa sorte a todos!





quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O HOBBIT

Autor: J. R. R. Tolkien

Título original: The Hobbit


Apesar de ser a história que antecede ao grande O Senhor dos Anéis, apenas li este livro após ter terminado a trilogia mais famosa da literatura. A primeira sensação que fica, é que O Hobbit não tem a magia de LOTR ( The Lord of the Rings) nem a magnitude de O Silmarillion, sendo o mais fraco dos três, e mesmo assim, é um livro fantástico!

Passado 77 anos antes de LOTR, Tolkien dá-nos uma visão muito menos abrangente da Terra Média e facilmente se nota que o autor estava no início da criação de um incrível mundo. Muito do conhecimento que ganhamos ao ler LOTR, aqui não existe, mas este é um livro que não exige esse mesmo conhecimento. Quem tiver lido LOTR, sabe quem é o Rei Elfo que neste livro aparece, sem nunca ser revelado o seu nome, mas se há algo que todos devemos saber é que para termos um conhecimento abrangente sobre este universo, teremos de ler Hobbit, LOTR e Silmarillion.

Destes três livros que falo, Hobbit é o mais fácil de ler, e também o mais entusiasmante, e muito graças a três factores: primeiro, é um livro de ritmo alto, sem grandes descrições, apenas com os detalhes necessários ao desenrolar da própria história; em segundo, a personagem de Bilbo Baggins é extremamente cativante e facilmente entramos na personagem; e em terceiro, a forma como Tolkien escreveu o livro. Tolkien escreve como se estivesse a contar a história, e não é difícil imaginar uma pessoa a narrar este livro enquanto o lemos, tal é a proximidade que o próprio autor consegue com o leitor. Este pequeno detalhe é raríssimo de se sentir num livro.

Sendo um livro mais infantil, O Hobbit oferece-nos algo que muito poucos livros conseguem: uma mistura perfeita da simplicidade de uma narrativa mais infantil, com a complexidade moral disfarçada nas palavras de Tolkien, e em cada capítulo sentimos uma lição, algo mais a aprender. E é esta mistura que torna Hobbit um livro tão singular. Quem ler o livro apenas pelo que salta à vista, irá gostar, mas serão aqueles que lerem atentamente, procurando significados, que sentirão a plena satisfação de ler esta obra.

Pessoalmente é sempre uma enorme satisfação voltar à Terra Média, imaginar Gandalf, Gollum e toda a magia que Tolkien criou numa obra sem paralelo. A história é boa, sem defeitos, as personagens cativantes e os diálogos entre Bilbo e Gollum ou Smaug, estão excelentes e ficam na memória.
Falar sobre este livro sem revelar nada da história (claro que todos sabem que é aqui que Bilbo encontra o Anel Um) não é fácil, porque há muito pouco a criticar e bastante a elogiar. Se gostarem de ler, leiam! Se gostarem de fantasia, leiam! Se tiverem um filho que goste de ouvir histórias, leiam-lhe! Se forem crianças, adolescentes, adultos... leiam este livro.

E para finalizar, a minha ideia que esta é uma lição sobre um homem apático, preso a costumes e ao que os vizinhos pensam sobre ele, sem a necessidade de alcançar algo mais... no fim, Bilbo percebe que por vezes, temos de fazer algo mais para nos sentirmos vivos. Simplesmente obrigatório!

Agora é só esperar pela adaptação de Peter Jackson.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A COROA

Autor: Nancy Bilyeau

Título original: The Crown


Passado na corte dos Tudors, e após a morte de Ana Bolena, este livro é uma boa mistura de intriga, espionagem, traições e mortes. 
De imediato percebemos que se trata de um livro de ritmo elevado, onde a relação entre a Igreja e o Coroa Inglesa está bem explorada, mostrando muitos dos condicionalismos e resultados negativos deste corte feito por Henrique VIII. Este primeiro ponto despertou-me o interesse, pois a autora não se limita apenas a mostrar as alterações na vida da realeza, mas também no povo e nas instituições religiosas daquele país, mostrando a decadência dos mesmos. Esta visão global do problema agradou-me.

Num livro onde é difícil parar de ler, Joanna, personagem principal, oferece um toque marcante, e captou-me a atenção pelo seu ponto de vista sempre interessante e inteligente. Joanna vê um Deus atraiçoado, mas misericordioso para o reinado de Henrique VIII, não o submetendo ao declínio que muitos fanáticos exigem. Mas esta visão durará todo o livro? Com as suas dúvidas e sem certezas sobre que caminho percorrer, mas sempre com inteligência bem presente nas suas acções, Joanna é a personagem que nos faz perguntar qual é o limite quando lutamos pelo acreditamos. E quando o que acreditamos estar certo, é o oposto do que jurámos seguir?

Nancy Bilyeau mantém o ritmo constante durante quase todo o livro, e são poucos os momentos em que o baixa para absorvermos algumas descrições e explicações sobre a época. Esta mistura entre acção e descrição está bem conseguida, e nunca perdemos a vontade de ler, mas gostava de ter visto mais detalhes interessantes sobre a época.
Mas esta é uma obra que se foca na intriga no interior da corte e como todos tentam, directa ou indirectamente, manipular o Rei, uma personagem venerada por alguns, mas que não é mais do que humano, apenas com o poder da decisão... e é aí que as dúvidas são mais acentuadas.
O livro é por vezes violento, tal como o era a época, e existem bons relatos da vida dos ingleses daquela época, com uma forte distinção entre a vida da nobreza e do povo. Outro ponto que me agradou foi a personagem principal ser uma mulher, que apresenta tão grande força interior, por maiores que sejam as suas dúvidas. Este pequeno factor tornou o livro mais agradável em certos momentos que não irei revelar.

Com a autora já a escrever a continuação (atenção que este livro pode ser lido apenas como um único livro e não como uma saga), fica como imagem deste livro o seu ritmo, as suas revelações e principalmente Joanna, que gostei bastante. O livro não apresenta as reviravoltas dos romances de Dan Brown nem o detalhe histórico de Philippa Gregory, mas está lá perto e é realmente uma boa mistura destes dois estilos. Esta será certamente, uma fórmula que terá resultados positivos!

Um livro muito agradável e empolgante. Quem gostar de uma leitura rápida não ficará desiludido com este livro e se apreciarem a época dos Tudors, então irão devorar este livro, que mesmo não sendo o melhor na sua área, merece uma nota elevada. Viciante!