domingo, 29 de abril de 2012

Passatempo: Clube de Combate

PASSATEMPO

CLUBE DE COMBATE



Hoje temos para oferecer um exemplar do livro Clube de Combate, do autor Chuck Palaniuk.

Um dos melhores livros da sua geração, aclamado pela crítica internacional, vencedor de vários prémios, recebeu uma adaptação cinematográfica de grande nível com a realização de David Fincher.

Para os mais curiosos fica aqui a minha opinião ao livro.

Para se habilitarem a ganhar basta serem fãs do blog no Facebook ou seguidores na Google Rede Social e preencherem o formulário em baixo.

O Passatempo termina a 10 de Maio.

Boa sorte a todos!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

STAR WARS: Revenge of the Sith



Autor: Matthew Stover

Título original: Star Wars Episode III - Revenge of the Sith


Ano: 19 BBY

Conseguir "transportar" um filme para um livro nunca será tarefa fácil, muito menos quando o Universo pode ser tão vasto como em Star Wars. Tal como falei aqui antes, a adaptação do Episódio I foi bem conseguida, sem deslumbrar, mas conseguindo ser superior ao próprio filme, por nos dar mais respostas, por ser ligeiramente mais vasto e emotivo. A adaptação do Episódio II bateu as minhas expectativas, sendo claramente superior ao filme em todos os aspectos. Então o que esperar deste Episódio III?

Matthew Stover é um escritor que não conheço para além do universo Star Wars, onde já escreveu outros livros, e como tal não sabia verdadeiramente o que esperar. A surpresa foi enorme e pela positiva! Quando acabei de ler este livro, a surpresa fora tão grande que ponderei ser a minha parte de fã da saga a falar mais alto, mas uma rápida pesquisa esclareceu as minhas dúvidas. Os críticos mostraram a mesma admiração pelo livro!

Esta é na minha opinião uma das melhores adaptações (de filme para livro) que alguma vez li. Trata-se de uma obra de tal forma superior ao filme, que a única coisa que me resta é admirar o trabalho do autor.
No início do livro temos perto de 100 páginas em que Anakin e Kenobi resgatam Palpatine, e a princípio pareceu-me que estaria perante um livro com um ritmo demasiado lento, mas rapidamente percebi que era aqui o momento em que o autor nos mostraria a profunda ligação entre os dois Jedis. A forma como o autor nos mostra as personagens, baixando ligeiramente o ritmo, é um dos grandes trunfos e a ligação entre mestre e aprendiz é dada de forma sublime. Kenobi é uma personagem muito mais complexa do que no filme, muito mais interessante e preponderante, ajudando a explicar muitas das suas acções.

Anakin também é melhor explorado, percebendo-se muito melhor a sua revolta, raiva e decisões. Ficamos a saber, por exemplo, qual o verdadeiro motivo da obsessão de Anakin em se tornar Mestre Jedi, tal como muitas outras decisões que no filme parecem forçadas. Teremos também uma visão mais alargada das acções de Padmé e do Senador Organa, mas acima de tudo, uma melhor compreensão das acções de Yoda e Windu para tentarem travar o regresso dos Sith.
Essa é na minha opinião, uma das partes que mais falha no filme. Quando o filme acaba ficamos com a sensação que os Jedi pouco fizeram, mas no livro tal não acontece, e quase que sabe bem notar essa diferença.
Existem ainda muitos outros momentos que aparecem no livro e não no filme, mas é na profundidade das personagens que este livro ganha mais vida. A luta interior de Anakin está sempre presente, em cada diálogo com Kenobi, Padmé ou Yoda, ou mesmo durante as batalhas ao ver um Jedi a ser morto. Demonstrativo disto é a batalha entre Dooku e Anakin. Simplesmente excelente!

Mas o grande trunfo deste livro é a escrita de Stover. Forte, interrogativa, esclarecedora. A forma como este livro está escrito leva-nos a entrar facilmente no enredo e a preocupar-mo-nos com as personagens. No fim ficamos com uma ideia muito mais abrangente deste universo e das suas personagens, tanto das principais como secundárias.

"The Jedi use their power for good," Anakin said, a little too firmly.
"Good is a point of view, Anakin. And the Jedi concept of good is not the only valid one. Take your Dark Lords of the Sith, for example. From my reading, I have gathered that the Sith believed in justice and security every bit as much as the Jedi—"

Neste livro a transformação é tudo. A história de Anakin chega ao seu apogeu, ao seu momento mais angustiante, e tal como o autor escreve no início do livro, o fim começa aqui. Anakin é um rapaz de extremos, quando ama, quando odeia, é em extremos, não conseguindo viver na sombra do medo de perder o que ama, tornando-se angustiante. No fim perguntamos qual o limite de cada um. O que cada leitor teria feito naquele lugar? Qual o preço a pagar para não perdermos o que amamos? Quanto mais vale a vida de quem amamos em relação a outra pessoa? 
No filme tudo parece um pouco forçado, mas aqui Stover colocou cada palavra no sítio certo, tornando este livro em algo muito agradável de se ler. Um feito impressionante por parte deste escritor.

Resumindo este livro é obrigatório a qualquer fã, pois não só se eleva acima dos anteriores livros, mas principalmente acima (e muito) do filme. Procurem por outras opiniões na internet, irão reparar que não estou a exagerar, e ficarão curiosos sobre o que estão a perder.
Se não forem fãs da saga, ou se nunca a tiverem visto, este livro vale a aquisição de toda a saga, mas infelizmente é o único não traduzido para português, muito provavelmente devido a fracas vendas dos livros anteriores.Um dos melhores livros que li nos últimos tempos dentro deste género, e indiscutivelmente uma das melhores adaptações (filme para livro) alguma vez feitas. Nota máxima dentro do género!
Se ler em inglês não for um problema, este livro será uma boa escolha, e provavelmente barata.

sábado, 21 de abril de 2012

Passatempo: Star Wars - Darth Plagueis - Vencedor!

PASSATEMPO 

STAR WARS : DARTH PLAGUEIS

VENCEDOR!

Chegou ao fim mais um passatempo aqui no blog. Desta vez o vencedor receberá em casa um exemplar de Star Wars: Darth Plagueis, versão original.

O vencedor é: 

Vitor Sousa Ramos

Parabéns ao vencedor!

A todos os restantes participantes, obrigado pela vossa participação, ajudando a tornar este passatempo no mais participado neste blog!

Por curiosidade posso ainda dizer que a personagem mais votada como favorita foi sem surpresas, Darth Vader, deixando para trás Obi-Wan, Han Solo, Yoda, Padmé e Luke Skywalker

Mais passatempos em breve!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Herdeira das Sombras


Autor: Anne Bishop

Título original: Heir to the Shadows


Com este segundo livro regresso à trilogia das Jóias Negras de Anne Bishop. O primeiro livro, A Filha do Sangue apresentara-se com um início difícil devido ao mundo complexo que Bishop criou, e senti que apenas consegui aproveitar totalmente a segunda metade do livro, quando compreendi o universo do livro.
Com o universo compreendido este segundo livro torna-se muito mais constante, fácil de ler, e indiscutivelmente mais viciante. Em termos globais, a qualidade deste livro não me pareceu superior nem inferior ao anterior, no entanto são muitas as diferenças.

Uma das grandes diferenças entre os dois livros é a importância de Daemon e Lucivar. Se no primeiro Daemon foi uma figura central, agora a autora olha mais para Lucivar, aprofundando a sua personagem e passado, levando a uma melhor compreensão das suas atitudes. Graças a esta mudança foi interessante ver que são estes dois personagens que moldam a forma como a autora escreve. Com Daemon em evidência no livro anterior a escrita de Bishop foi forte, cruel, erótica e com um toque de suspense no ar. Com Lucivar a “dominar” este livro temos o humor negro, a protecção e amizade. Esta diferença agradou-me imenso, pois levou a autora a não “carregar” demasiado a história sempre nos mesmos temas e formas de a expor. Mais interessante ainda será perceber para que lado cairá a balança no último livro.

Foram poucos os pormenores que não apreciei neste livro. No geral a história é demasiado centrada em três personagens, ao ponto de nem ter decorado alguns dos nomes dos amigos de Janelle (personagens que neste livro servem apenas para sustentar a personalidade, cheia de amizade, da personagem principal). Lamentei no início não ter sentido de forma mais forte o preço que Jaenelle pagou pelos acontecimentos que terminaram o livro anterior (gostava que tivesse sido mais gráfico/angustiante), e continua ainda a faltar um vilão que me faça temer pelas personagens que gosto. Há ainda o facto de em todo o livro nunca ter sentido que as personagens principais estavam em risco. Engraçado pensar sobre este aspecto, que há uns anos não me teria incomodado, mas o problema é que entretanto li George R. R. Martin e há momentos em que quase desejo que uma das personagens principais morra (tenho chamado a isto “Síndrome George Martin”) para sentir esse realismo de que tudo pode acontecer!
Houve um ou dois momentos em que senti que a autora poderia ter escrito o mesmo em metade das palavras, ou em que os olhos do leitor estão demasiado presos apenas a três personagens (gostava de ter sentido uma leve expansão), e mais um momento que senti como algo forçado, que teria como objectivo mostrar algo da personagem, levando-a a uma situação extrema. No entanto tudo isto são pequenos pormenores que não retiram o prazer que foi esta leitura.

Por outro lado Bishop expande o seu universo, apresenta-nos os "parentes", explica-nos muito do passado e evolui as personagens. Tudo isto agarra-nos cada vez mais, com muitas revelações e um sistema de capítulos, que se no primeiro livro era confuso, agora é essencial para continuarmos a ler e a ler... porque a questão é: até onde irá Jaenelle? Saetan sentirá na pele a destruição do que ama? Terá o seu medo fundamento? Quem é afinal o vilão e quem ameaça tudo o que vive?
O final não foi tão empolgante como no anterior, talvez por não ser tão “perigoso” mas estou completamente agarrado a esta saga, principalmente pelas dúvidas que tenho sobre que evolução irá ter a personagem principal. Nota ainda muito positiva pelas respostas a muitas perguntas que tinham ficado no ar no livro anterior (ainda há muitas por responder).
Bishop está de parabéns pelo universo que criou, pelo agradável e quase sempre constante ritmo da narrativa, preenchida com personagens bem construídas e muitas respostas dadas. Uma narrativa com clara evidência para as emoções das personagens, receios e pensamentos. Lucivar torna-se numa personagem interessante (não teve o impacto emocional de Daemon) e que ajuda a desenvolver a história. Saetan está melhor neste livro, pela profundidade que ganha. Afinal é pai, e como tal será sempre forte e perseguido por medos de perder o que ama e Bishop consegue transmitir esse receio de Satan, ficando a faltar conseguir que o leitor sinta o mesmo, e acredito que no fim Bishop o vai conseguir.

Por tudo isto seria difícil não aconselhar este livro. Bishop oferece-nos um livro ligeiramente virado para o público feminino, mas nunca senti que fosse exclusivamente para as mulheres. Qualquer fã de fantasia continuará satisfeito com este segundo livro. Ainda me falta ler o terceiro e último livro (e o fim é sempre de grande importância), mas para já recomendo, sem hesitações. Pode não ser, ao fim de dois livros, uma obra-prima, mas com um bom final, esta trilogia tornar-se-á obrigatória dentro do género de darkfantasy.
Viciante! Leiam-na! É o que eu vou fazer!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FAHRENHEIT 451


Autor: Ray Bradbury

Título original: Fahrenheit 451


Imaginem um mundo onde ler é proibido… imaginem o fogo a queimar cada página do que lemos… imaginem tudo o que seria perdido no fogo… Fahrenheit 451, a temperatura a que o papel do livro se incendeia e arde…

Bradbury trouxe-nos a meio do século XX um livro que ficaria para a História da literatura. Num dos melhores livros do género, ao lado de 1984 ou Admirável Mundo Novo, o autor leva-nos para um mundo onde as crianças não aprendem a ler, porque ler lhes retira a felicidade. Haverá sempre um livro que deixe alguma pessoa infeliz ou revoltada. Nenhum livro fará todas as pessoas felizes, então vamos queimá-los… vamos também ignorar que há fome no mundo, e as pessoas não ficarão tristes. Vamos deixar de dar duas opções possíveis a uma pessoa sobre qualquer assunto, pois a dúvida da decisão o torna angustiado… os funerais são tristes? Acabemos com isso e regressemos a casa… apatia. 

O Ser Humano é ao mesmo tempo o animal que mais evolui e também o mais apático. Educar uma criança “à pancada” é mais fácil do que com compreensão e carinho; trabalhar e pagar as contas é mais difícil do que nada fazer… apatia.
O problema deste livro é o facto de ser tão bom e ao mesmo tempo ter instantes em que é quase profético. Olhemos para nós! Horas e horas na internet a ver o que não interessa, outras tantas horas a ver televisão preenchida algumas vezes por um jornalismo que não nos dá espaço para pensar, para ver os dois lados da questão, que por vezes manipula… horas e horas de séries e programas que muitas vezes nada nos dão, que nos disseram que entretêm e nós vemos. Anúncios que nos dizem o que comprar, gastar no que não precisamos… uma vida inteira nisto... o filho ao lado precisa de atenção e educação, mas não… o que nós queremos é mais séries, mais desporto, mais programas que comentam tudo, para nós ouvirmos e ganharmos opinião, porque pensar também custa…

Montag é apenas mais um bombeiro que incendeia livros, até conhecer uma rapariga que questiona o que a rodeia, que lhe fala de um passado em que as pessoas não tinham medo, em que bombeiros apagavam fogos, não os criavam. E então a pergunta nasce: porque será tão perigoso ler um livro? O que está afinal naquelas linhas? Porque torna o leitor perigoso? Será tão desumano admitir que não é feliz e tentar mudar a sua vida de forma a consegui-lo?   

Numa escrita emotiva e directa, este livro dá-nos a mudança de Montag, o homem que tentará mudar a sua vida, que tentará ser feliz quando o mundo apenas se senta e vê televisão, sem pensar, sem questionar, como se o cérebro estivesse desligado, desprovido de emoções para o que vê, para o que o rodeia. Os homens não amam as mulheres... as mulheres não querem filhos, porque choram, dão trabalho... 
As personagens são o grande trunfo deste livro, pois dão a profundidade necessária a este mundo, tornando-o quase palpável, mas acima de tudo, mostrando-nos os resultados da vida deste singular modo de vida. Montag é uma excelente personagem, mas sinceramente foram Clarisse, a rapariga que questiona e quer sentir algo, e ainda Beatty, para mim o melhor personagem do livro (mas não revelarei as razões para que leiam por vocês mesmos), as personagens que movem, explicam e dão força a estas páginas, como um soco no estômago do leitor.
Bradbury diz-nos para não nos acomodarmos, para não deixarmos as coisas acontecerem. Qualquer pessoa pode fazer algo com significado, com importância, porque às costas de um gigante, um simples anão é o que se vê mais ao longe.

Fahrenheit 451 é um livro imperdível, com um mundo bem construído, apesar de não muito aprofundado (pois estamos limitados à visão de Montag), personagens ricas e bem conseguidas e muitas questões que se levantam. Se ainda não o leram, façam-no! Leiam-no e questionem, tal como Montag e Clarisse, deixando a apatia para trás, cortando com o que a sociedade diz que deve ser feito. Nós felizmente ainda vivemos num mundo onde podemos chegar a uma biblioteca e levar um livro, sem dar nada em troca, e isso nunca pode acabar.   
Mark Twain uma vez disse: “Um homem que lê maus livros pode não ter vantagem sobre um homem que não lê”, e é verdade, mas está mais perto de o conseguir, porque já começou a ler.

Não sendo o meu preferido neste género, Fahrenheit é indiscutivelmente um livro incrível e marcante, sendo obrigatório pelo que nos oferece. Recomendado sem hesitações.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

STAR WARS - Ataque dos Clones




Autor: R. A. Salvatore

Título original: Star Wars. Episode II: Attack of the Clones


 Ano: 22 BBY


Após acabar de ler o Episódio I passei de imediato para este livro, agora pela mão de R. A. Salvatore. Apesar de conhecer a fama da saga do seu elfo negro, Drizzt Do'Urden, nunca li nada deste autor, mas agora posso garantir que neste livro o seu trabalho nota-se, respira acima do livro, tornando-o muito superior ao anterior livro de Terry Brooks.

-Por que é que eu penso que tu vais ser a minha morte? – comentou Obi-Wan acima do clamor.
- Não digas isso, mestre. – replicou Anakin

Aquilo que devemos ter consciência é que este livro tem tudo o que o filme nos dá (Salvatore não muda quase nada do que acontece no filme, sendo para mim a grande diferença a luta final em que aparece mestre Yoda), mas também nos dá muito mais. Salvatore faz um trabalho excepcional, surpreendente até, juntando muitas páginas que não aparecem no filme, explicando tudo muito melhor, deixando para trás a ideia que alguns acontecimentos foram forçados. Se o filme tenta sempre manter um ritmo elevado (nota-se facilmente neste), por vezes destruindo alguma história, Salvatore não o faz no livro, não tendo problema em baixar o ritmo de acontecimentos para nos explicar, por exemplo, como o lado negro da força tolda a visão dos jedi e como Yoda pensa contornar a situação (algo que no filme não nos é mostrado e que adorei), entre muitas outras coisas: a forma diferente como Dooku usa a força e a sua técnica específica na luta de sabres de luz, etc... não vos vou estragar as surpresas.

Com estas páginas ficamos ainda a saber muito mais sobre Padmé, a sua família é-nos apresentada; ainda mais sobre a mãe de Anakin e sua vida em Tatooine, muitas páginas sobre Jango Fett, etc… A relação entre Anakin e Padmé é-nos dada com maior detalhe, mais consistente e completa, tal como o aprofundar de várias personagens.
No geral este livro é mesmo muito melhor do que o filme, podendo apenas dizer que Salvatore consegue criar algo melhor em todos os aspectos menos no esplendor visual (o que sinceramente seria impossível e poderia matar o livro com descrições demasiado extensas).

 - Vejo-te a tornares-te o maior de todos os jedi, Anakin – continuou Palpatine. – Ainda mais poderoso que mestre Yoda.

Falando do livro para quem nunca tenha visto a saga, a narrativa é muito bem conseguida, com o autor a descrever acções e diálogos sem nunca tornar o livro desinteressante. As personagens estão bem conseguidas, com especial incidência em Padmé e Anakin, onde o autor consegue que o leitor tenha sempre noção do que se passa na mente de cada um. Um trunfo neste livro.
A história desenvolve-se bem, melhor sustentada do que no filme, e não deixa pontas soltas, principalmente nas movimentações dos inimigos da República, ajudando a perceber um pouco mais sobre o enredo. Mas claro que o centro do livro é Anakin e aos poucos começamos a sentir o medo desta personagem, não só pelas suas atitudes mas também por diversos sonhos. E uma vez mais Salvatore está muito bem.

- Serei o jedi mais poderosos de todos os tempos! – continuou ele. – Prometo-te! Aprenderei a impedir que as pessoas morram!

Anakin é realmente uma grande personagem, em grande parte porque sei o que acontecerá nos próximos livros, mas para já gostei bastante da forma como se desenvolve. O misto de sentimentos! O medo e revolta que corrói a mente humana, a dor de quem perde algo que ama... Nada é tão destrutivo quanto a sensação de impotência.
O único ponto negativo deste livro é que achei o final algo apressado. Compreendo que tenha havido aqui um querer de acabar a história por forma a deixar o leitor de boca aberta, desejando mais livros, mas pessoalmente tinha gostado de mais umas linhas a explicar aqueles últimos acontecimentos. No entanto é algo demasiado insignificante tendo em conta todo o livro.
No geral este livro é muito superior ao filme e foi surpreendentemente viciante mesmo para alguém como eu, que já sabia o que aconteceria de seguida. Salvatore torna a leitura destas páginas em algo compulsivo e divertido. Acredito que a grande maioria dos leitores goste mais do livro do que do filme e tenho a certeza que quem nunca tenha visto os filmes mas comece a lê-los (os livros), ficará agarrado à saga até ao fim, muito graças a este segundo episódio.
Recomendado! Gostei muito!

sábado, 7 de abril de 2012

Divulgação: Sites Universo Star Wars



Na continuação da divulgação do universo Star Wars e após ter recebido vários mails perguntando sobre vários temas desta saga criada por George Lucas, decidi deixar aqui dois links de sites que poderão ter muito interesse para quem deseje descobrir mais sobre sete universo!



São os dois sites que costumo visitar para ter conhecimento de todas as notícias deste Universo,




Dou-vos a conhecer o já muito famoso Star Wars Clube Portugal!




E ainda o recente site Clone TV - Star Wars Portuguese Videocast

http://clonetv-starwarsportuguesevideocast.blogspot.pt/


Certamente que aqui conseguirão encontrar muitos artigos com interesse, desde novidades, opiniões, divulgação de passatempos, eventos, estreias, leilões, outras parcerias, etc...

Visitem!

Passatempo: Star Wars: Darth Plagueis

PASSATEMPO STAR WARS


De forma muito improvável chegou a hipótese de oferecer aqui no blog um exemplar de um dos mais recentes livros do universo Star Wars. Publicado no início deste ano, este livro, um dos que mais gostei neste universo, traz-nos a história de Darth Plagueis, o mais poderoso Sith que já viveu e mestre do Imperador Darth Sidious!

Este exemplar está na versão original, língua inglesa, com perto de 400 páginas e apresenta-nos uma excelente história. Fica prometida uma opinião lá mais para a frente!

Desta vez para se habilitarem a ganhar este livro têm apenas de ser fãs do blog no Facebook ou seguidores na Google Rede Social.

É só clicar no "like" ou no "aderir a este site" aqui mesmo ao lado!

Se forem fãs deste universo, digam-me ainda qual a vossa personagem preferida (resposta não obrigatória)!

O Passatempo acaba dia 20 de Abril, sendo de seguida sorteado e anunciado o vencedor.

Boa Sorte a todos e participem, porque vale a pena! 

 
“Did you ever hear the Tragedy of Darth Plagueis the Wise? It’s a Sith legend. Darth Plagueis was a Dark Lord of the Sith, so powerful and so wise that he could use the Force to influence the midi-chlorians to create life. He had such a knowledge of the dark side that he could even keep the ones he cared about from dying.”
—Supreme Chancellor Palpatine, Star Wars: Episode III Revenge of the Sith

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Passatempo: Por favor não matem a cotovia - Vencedor!


Chegou ao fim mais um passatempo. Desta vez iremos oferecer um exemplar da obra "Por favor não tem a cotovia" da autora Harper Lee.



Aproveito para agradecer a todos os que participaram neste passatempo.

O vencedor é:

 Carlos Fonseca Melo!

Parabéns Carlos!


A todos os restantes participantes desejo boa sorte para a próxima!

Mais passatempos em breve!

terça-feira, 3 de abril de 2012

ESMERALDA COR-DE-ROSA




Autor: Carlos Reys



 Comecei a ler este livro sem saber o que esperar, mas mal o agarrei pela primeira vez achei muito interessante a capa do livro ser um desenho do próprio autor.
Com uma escrita simples e acessível, Carlos Reys conta-nos as vidas cruzadas de várias personagens, todas elas bem conseguidas e distintas. 

O que notei de imediato foi o sempre presente significado na escrita do autor. Foram vários os parágrafos que à primeira vista nada davam à história, mas um pouco de atenção e reparamos em algo, quer seja crítica social, uma forma de realçar um detalhe sobre uma personagem, ou de nos dar a conhecer um pouco do Portugal da época em questão. Aliás, Reys consegue um retrato muito interessante da sociedade portuguesa desde a Primeira Guerra Mundial até aos tempos actuais, mostrando a sua evolução, a forma como as pessoas encaravam a vida, o país (antes e após 25 de Abril), e ainda o mundo, com a tecnologia a deixar para trás a fé e a arte. Todo este retrato é talvez o aspecto mais interessante do livro.

Cada pessoa terá na vida (durante mais ou menos tempo) um mentor, alguém que ouve, que inevitavelmente copia num gesto ou num olhar perante a vida, alguém com o qual argumenta, confrontando ideias, aprendendo, moldando-nos. Podem ser os pais (como no meu caso), ou um avô, um amigo, ou uma pessoa que à primeira vista era um desconhecido. Reys cria a personagem Guilherme Esteves, transforma-a num mentor e narra a história sem o "perder de vista". Esteves é, indiscutivelmente, a personagem central da história, não por "ter mais páginas" do que outras, mas porque a sua importância é enorme, destacando-se facilmente. Uma personagem que gostei bastante, principalmente por rapidamente perceber que se tratava de alguém que não estava preso aos preconceitos da sociedade e por não apresentar o olhar cego, não-crítico, e submisso da sociedade que ouve, aceita, não questiona, não vê. Esteves é o oposto, porque questiona, vê, tornando este livro em algo mais do que talvez a sua visão: a sua lição.

Somos nós que temos de lutar para moldar a vida a nós próprios. Devemos ser humildes mas orgulhosos por vivermos.

A forma como a narrativa salta entre acontecimentos pode confundir o leitor ao início até se conseguir situar de forma automática, mas rapidamente começamos a criar a nossa imagem sobre as personagens. As personagens são credíveis (Figas, Esmeralda, Violeta, Elias), com caminhos distintos que não nos deixam vislumbrar o futuro. O que vemos é as aprendizagens e as situações que moldam uma vida, e que insignificantes são por vezes essas situações, que se transformam em acontecimentos tão marcantes! Basta não comer uma maçã num determinado momento, e tudo muda...
Afinal, o Homem define-se pela sua capacidade de sobreviver, mas alguns preferem desistir, outros lutam, outros oferecem de forma altruísta, um último momento de felicidade a quem já nada tem. São estas acções que tornam as personagens boas, com os seus medos, coragem ou submissão, e acima de tudo, com os seus segredos nunca revelados, porque a História da Humanidade está repleta de verdades que nunca iremos saber...

Este livro de vidas cruzadas, mostra-nos a beleza do mundo, da vida, mas também como somos capazes de pintar de negro o que nos rodeia. Um livro que terá certamente um público alvo sénior, por talvez conseguir identificar mais o ambiente daquela época, e talvez numa ou noutra linha encontre algo parecido nas suas memórias (quer seja uma pessoa ou um local), e isso será certamente uma satisfação.
Com este primeiro livro, Carlos Reys conseguiu transmitir emoções e fez-me pensar. E é para isso que um livro serve! Não é fascinante nem agradará, certamente, a todos os leitores, principalmente aos mais novos, mas se gostarem do género e/ou da época, e de leituras calmas, este livro poderá ser uma boa escolha.
  

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Star Wars: Precipice



Autor: John Jackson Miller



Ano: 5000 BBY


Este é cronologicamente o primeiro livro do universo Star Wars, passado  5000 anos antes da batalha de Yavin (Episódio 4 em que Luke Skywalker destrói a Death Star).

Com este primeiro livro (um pequeno e-book) ficamos a conhecer um grupo de Siths que aterra em Kesh e não tem forma de abandonar o planeta.
Quem começar por este livro após ter visto os filmes irá sentir a falta de grande parte da tecnologia, principalmente do esplendor dos planetas mais famosos da saga, mas sinceramente não senti falta de ler sobre cidades infinitas com enormes arranha-céus e carros voadores.
Neste início da Era Sith, começamos por ver o lado negro da força (enquanto que nos comic books iremos ver o lado dos Jedis) e iremos aos poucos aprender muito sobre a cultura, regras e objectivos dos Sith, o que para mim foi um dos pontos mais interessantes.

A escrita do autor é por vezes complicada mas felizmente tornar-se-á mais simples nos próximos livros. Ao início senti-me um pouco perdido, principalmente pela quantidade de nomes que aparecem na história sem grande introdução, mas tal sensação passa ao fim de algumas páginas, e no fim fiquei com a sensação que quem não conhecer bem o universo Star Wars poderá mesmo assim apreciar totalmente este livro (talvez até mais do que os fãs que possam ter expectativas muito elevadas).
As personagens parecem credíveis desde o início, bem encaixadas no universo que conhecemos, ajudando a sentir que estamos a ler Star Wars. A história é boa, mas como qualquer início, preciso de páginas para se desenvolver, e isso apenas acontecerá com os próximos livros.

Esta pequena saga "Lost Tribe of the Sith", composta por 7 livros, tem neste Precipice o livro mais fraco. A luta entre Siths e Jedis já marca presença mas serão necessários os restantes livros para o leitor se agarrar a este Universo, começando a encaixar lentamente as peças. 
Sendo Star Wars é difícil para mim não gostar do livro. Porém, este início não deslumbra, muito provavelmente por ser um livro tão pequeno. Uma saga que irá evoluir, garanto-vos, porque já a li.

Dentro de alguns dias falarei da continuação.