quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CONVERSAS DE MANHÃ E DE TARDE


Autor: Naguib Mahfouz

Título original: Hadith al-sabah wa-l-masa'


Uma das últimas obras de Naguib Mahfouz, famoso escritor egípcio galardoado com o Nobel da Literatura. Conversas de Manhã e de Tarde é uma história de dimensões épicas que retrata a vida no Egipto ao longo de cinco gerações.
Situada no Cairo, a história acompanha o percurso de três famílias desde a chegada de Napoleão no fim do século XVIII até aos anos 80, através dos depoimentos de personagens dispostos por ordem alfabética.


Não sei se será inédito, mas eu nunca tinha lido uma narrativa nesta forma. O autor dá-nos um livro onde cada personagem é apresentada por ordem alfabética e em poucas páginas. É como se estivéssemos a ler um resumo de cada pessoa até à sua morte. 

No início não é fácil encaixar toda a informação que vamos recebendo, não só sobre as leves referências à história árabe, mas principalmente com as personagens, e por isso aconselho qualquer leitor a criar um esquema para ser mais fácil interiorizar o que vamos lendo, principalmente parentescos, pois, por vezes, não temos páginas suficientes para memorizar a base da personagem (motivações, crenças, etc...).

Um dos factos que mais gostei é a notória diversidade da civilização árabe, dentro de várias classes sociais. Ao contrário de muitos romances, que tentam dar a ideia que se trata de um povo religiosamente fanático (não que este fanatismo seja no mau sentido) que reza, não tem dúvidas e segue uma vida com certos condicionalismos religiosos sem qualquer sacrifício. Aqui temos personagens que acreditam, outras que duvidam, outras que se revoltam, outras que não acreditam. Não são poucas as vezes que o autor nos mostra os sentimentos de quem questiona ou segue as palavras divinas, e essa diversidade ajuda a construir a história que estamos a ler.

Com a narrativa a saltar entre gerações, é preciso alguma ginástica mental para construirmos a história na nossa cabeça, e para além disso, poderá ser importante conhecer um pouco dos momentos mais marcantes da História árabe. O não conhecimento da mesma não nos impede de perceber a história, mas senti que pesquisar um pouco pela internet é o suficiente para a leitura se tornar mais fácil e interessante.

No entanto, o interessante deste livro são, na minha opinião, dois pontos: em primeiro lugar, a narrativa. É fantástico como, ao lermos apenas resumos separados de mais de 60 pessoas, no fim sentimos que lemos uma marcante história, e que tudo se liga. Em segundo lugar, o paradoxo de este livro ser um resumo da vida de cada personagem, mas no global, este não ser um livro sobre a vida de cada uma individualmente, mas sobre a sociedade na qual viveram. Este é um livro sobre a mudança dos tempos, sobre costumes, sobre a forma como a relação entre familiares, vizinhos e amigos mudou durante o último século. É um livro sobre a religião e a forma como a aceitamos e questionamos... e por fim, é um livro sobre a mudança das necessidades de cada geração para se sentir concretizada e como isso influenciará a própria política no Egito, levando a destruição de correntes há muitos anos criadas... o caminho para a independência.

Considerado um dos romances mais marcantes da língua árabe, Conversas de Manhã e de Tarde não será um livro para qualquer leitor. Será preciso gostar do género e também manter um bom ritmo de leitura (o que nos faz continuar a ler é o querer compreender a história e não o vício que o livro nos dará), pois com um ritmo mais baixo muito se poderá perder. Para os que decidirem arriscar, provavelmente existirá um primeiro choque devido à singularidade da narrativa, mas no fim ficará uma sensação de plena compreensão do que o autor nos quis transmitir e a noção que estivemos perante uma grande obra. Um livro completo e que demonstra a grande qualidade do autor.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

GUIA PARA UM FINAL FELIZ


Autor: Matthew Quick

Título original: The Silver Linigs Playbook


Pat Peoples está de regresso ao mundo da normalidade da vida familiar em casa de seus pais após ter permanecido numa instituição psiquiátrica devido a um traumatismo grave. Da memória deste fervoroso adepto dos Eagles de Philadelphia desapareceu uma participação do clube no Super Bowl e a demolição do antigo estádio. Ninguém, lá em casa, lhe fala de Nikki, a sua mulher, e até o seu novo terapeuta parece incitá-lo ao adultério. Tudo assume um aspeto cada vez mais estranho. Como a pouco e pouco se vai revelando, anos da sua vida tinham-se pura e simplesmente apagado. Apesar disso, Pat não se deixa desviar daquela que acredita ser a missão de autoaperfeiçoamento.

No início, este livro pareceu-me apenas mais um dentro do seu género. Um livro sobre a vida de uma personagem, e essa vida não é nada do que ele imaginara, tendo agora de sofrer com o passado e enfrentar o futuro. No entanto, aos poucos o livro torna-se bastante melhor, devido a alguns pormenores que nem sempre encontramos neste género.

Sendo este um livro assente nas suas personagens, devo dizer que são credíveis por apresentarem tantas falhas. Pat, personagem principal, e que nos conta a história, é uma mente demasiado focada e que não consegue relaxar, Tiffany é o oposto, e de forma inesperada, Pat é ajudado pela pessoa menos indicada para o fazer, sendo também a pessoa que mais ajuda precisa.
No global, temos um livro em que cada personagem tenta encontrar um lugar no mundo, agarrando-se a algo (fé, superstições, amizade, família), num mundo quotidiano que nada atrai o leitor, levando-nos a captar os sentimentos e aquilo que Pat mais deseja.

Ao estarmos limitados pela visão de Pat, o livro apresenta uma imagem de otimismo constante, mesmo quando nada está a melhorar... aliás, aos poucos começamos a perceber que Pat não percebe a realidade que o rodeia, e nós, leitores, ficamos limitados pela sua incapacidade de ver o mundo, e este é um dos fatores que torna este livro melhor. Estamos na mente de um homem desequilibrado e que apagou da sua memória muito do que viveu, e que fará tudo para ter a mulher de volta. Para isso, ele terá a sua mente focada na forma física e em manter-se honesto, dizendo tudo o que pensa, sem as limitações que a sociedade nos impõe desde crianças.
Este detalhe também nos fará ver como o mundo olha para um "doente mental" (pois Pat também é totalmente honesto com o leitor), como as pessoas se comportam, como se afastam, e como a pessoa sente essa descriminação... mas Pat consegue, uma vez mais, enfrentar tudo isso com otimismo.

Sendo este um livro sobre relações, não podia deixar de falar sobre o pai de Pat: um homem com um humor dependente dos resultados da equipa que é adepto, acabando por desperdiçar a vida em função de jogadores que nunca conheceu, limitando assim a sua vida e da sua família.

Com um livro onde o enredo consegue funcionar quando menos se espera, Matthew Quick consegue oferecer um romance diferente do que já li. A forma como Pat nos conta a história está muito bem conseguida e facilmente ficamos a "torcer" por um homem que nos conquista com o seu otimismo, dedicação, e muitos desequilíbrios emocionais pelo meio. Uma história onde sentimos a perda, e a solidão, quer sentimental, quer social.

Preparem-se para um livro bem pensado, bem estruturado, com as revelações nos momentos certos e algumas surpresas. Se for o vosso género, este livro será, certamente, muito interessante.

Numa fase da nossa sociedade em que tanto se fala de depressão, problemas, crise, talvez todos devêssemos ter um pouco de Pat dentro de nós, para vermos que problemas, que podem parecer intransponíveis, talvez não o sejam, e talvez a grande maioria tenha solução, e o otimismo será sempre uma ajuda.


Ler y Criticar fica em 2º na categoria de Livros, Literatura e Poesia



O Blog Ler y Criticar ficou em 2º na votação para Melhor Blog do Ano 2012 na categoria "livros, Literatura e Poesia".

Em primeiro lugar acho que todos devemos agradecer ao site Aventar por ter possibilitado esta votação, que este ano foi tão abrangente. Não é fácil fazer tal votação e ainda conseguir responder a todos os problemas que possam aparecer. A verdade é que existem, e sempre existirão, muitas formas de se contornar algumas das limitações das votações para se ganhar vantagem, e o site Aventar não terá culpa de tal situação.

No meu entender, o resultado não será o mais importante. É claro que todos queríamos ganhar, mas o grande prémio estará na divulgação do nosso blog. Falando por mim, estas duas semanas foram das mais visitadas de sempre, no ano e meio que este blog tem. Ganhei muitos fãs e recebi muitos mails sobre pessoas a elogiar este espaço, admitindo que não o conheciam antes. Trata-se também de uma votação onde o incentivo ao voto ajuda bastante, e por mim falo, visto que o primeiro e último dia de votação, foram aqueles em que mais votos recebi, e foram também os dias em que mais publicitei o passatempo, e haverá aqui, certamente, uma ligação direta.

Quero também deixar os parabéns aos restantes finalistas, com especial destaque aos Clube de Leitores que voltou a vencer este prémio, e ainda à Sofia do blog BranMorrighan que para além de ter sido finalista nesta categoria, ainda foi vencedora na categoria Cultura!


Para acabar, queria deixar vários agradecimentos:

- Em primeiro, aos familiares, amigos, amigos de amigos, autores de outros blogs e leitores no geral, que votaram em mim e até fizeram campanha por mim!

- Depois, quero agradecer à comunidade brasileira (grandes fãs de livros como A Guerra dos Tronos ou O Jogo Final), que uma vez mais se mostrou muito presente, com vários votos e muitos mails de incentivo. São muitas, mesmo muitas, as visitas diárias que tenho do Brasil, mas não esperava tão grande apoio.

- Agradecer também à comunidade nacional e internacional de Star Wars. Um muito obrigado a esses fanáticos fãs da grande saga, e que me deram uma ajuda com muitos votos e que publicitaram este evento em pela internet!

- Agradecer ainda aos leitores, nacionais e internacionais da Magazine HD, que muito fizeram para me ajudar a chegar a este 2º posto.

- E por fim, a todos os outros leitores, que perderam algum do seu tempo para votar!

Espero não ter deixado ninguém de fora! Uma vez mais, muito obrigado a todos!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Passatempo: Jamie Oliver


PASSATEMPO

Jamie Oliver
Refeições em 15 minutos


Hoje trago-vos um passatempo algo diferente.

A possibilidade de ganhar o mais recente livro do mundialmente famoso Jamie Oliver! 


Para se habilitarem a ganhar este livro, basta serem fãs/seguidores do blog!



O passatempo termina dia 3 de fevereiro às 23:59

Apenas é permitido uma participação por pessoa!

Boa sorte a todos e não se esqueçam de votar! Eu agradeço!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Votem no blog Ler y Criticar para Blog do ano!

Estamos na Final!

O blog Ler y Criticar apurou-se para a final na votação do site Aventar para Melhor Blog do Ano na categoria "Livros, Literatura, Poesia"!


Cada pessoa/IP pode votar uma vez por dia!

Deixo-vos aqui o link da votação!


Uma vez mais, obrigado a todos os que perdem algum tempo a votar! Sei que vencer será mesmo muito difícil, mas conto com todos vocês para ter muitos votos e ficar bem classificado!

Podem votar de 24h em 24h!

Para votarem, usem este link e procurem a categoria "Livros, Literatura e Poesia":


Portanto já sabem, se acharem que é merecido, votem!

Obrigado a todos. Não se esqueçam que podem votar todos os dias.

Feliz 2013!




domingo, 20 de janeiro de 2013

O blog Ler y Criticar está na final para Melhor do Ano!

Estamos na Final!


Após muitos dias de votação, passaram à final os cinco blogs mais votados, e o Ler y Criticar ficou em 4º na categoria de "Livros, Literatura e Poesia", numa das categorias mais votadas de todas!

Aproveito para dar os parabéns a todos os que passaram esta fase, principalmente ao blog BranMorrighan (que ficou em primeiro nesta fase) e ao Clube de Leitores (que após ter ganho o ano passado, volta à Final).

A partir da meia-noite de hoje, será possível votar para se eleger o Melhor blog do Ano e conto com os vossos votos!

Aproveito para agradecer a todos os que votaram nesta primeira fase e que me ajudaram a chegar à Final. Vencer será muito difícil, pois estão presentes os grandes "colossos" deste género e que estão nesta "vida" há muito mais tempo do que eu, que só criei este espaço há ano e meio.

Infelizmente não cheguei à Final na categoria de Melhor Blogger, mas confesso que fiquei muito contente por ter ficado em 7º numa categoria que contou com 298 participantes. É verdade que gostaria de ter ficado mais à frente, mas também é verdade que estou ainda no início desta vida de blogger para conseguir ganhar uma votação destas.

Uma vez mais, muito obrigado a todos os que votaram e divulgaram esta excelente iniciativa do Aventar.

Assim que possível, indico os links para poderem votar a partir da meia-noite!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A CURA DE SCHOPENHAUER


Autor: Irvin D. Yalom

Título original: The Schopenhauer Cure


Há uns anos li um livro de Schopenhauer chamado "O Mundo como Vontade e Representação" e fiquei a conhecer um pouco as ideias deste filósofo. Porque o fiz? Primeiro porque acabara de ler "Clube de Combate" e algumas das ideias da personagem Tyler Durden sobre o materialismo humano vinham de Schopenhauer. O mesmo acontece com a filosofia Jedi (Star Wars) que apresentam alguns traços da visão deste autor, juntamente com a visão de algumas religiões em relação à interacção com outras pessoas.


Agora, finalmente, comecei a ler Irvin D. Yalom, e ao iniciar-me nas suas obras com este livro, imediatamente recordei muito das ideias que Schopenhauer tentou ensinar à humanidade, mas o facto de já ter lido sobre o filósofo não se mostrou importante, pois Yalom escreve um livro onde a história principal e a história da vida de Schopenhauer são dadas de forma intercalada. A história principal é obviamente mais interessante, mas saber como foi a vida de Schopenhauer ajuda a percebermos o porquê das suas decisões e forma como viu a vida, e a morte.

Este é o primeiro livro que leio em que filosofia e psicanálise se misturam de forma tão acentuada, sendo aliás, o mecanismo que faz todo o enredo avançar.
A história começa quando Julius, um terapeuta de sucesso, descobre que tem um cancro, e apenas um ano de vida. Este primeiro contacto direto com a morte, leva o terapeuta a procurar Philip, um dos poucos homens que não conseguiu ajudar.

Confesso que no início, a história pareceu-me assente em algo "banal": um terapeuta às portas da morte tenta redimir-se, ajudar alguém, dar um novo significado aos poucos meses que tem de vida. No entanto o livro tornou-se em algo muito melhor. A batalha entre Julius e Philip é a diferente visão da vida, e se um necessita de companhia e amor, e sem isso a vida não faz sentido, Philip segue as palavras de Schopenhauer, onde precisamos de nos libertar de tudo o que tememos perder, para não sofrer no futuro.

Esta batalha tem como cenário um grupo de terapia liderado por Julius, onde encontraremos pessoas com os mais variados problemas humanos: problemas sexuais, de relacionamento, bebida, afirmação social, raiva, incapacidade para perdoar, angústia perante a velhice...
E quase todo o desenvolvimento do enredo se passa nestas sessões. Parece estranho, mas na realidade é fantástico como Yalom conseguiu criar um livro assim, que seja tão bom!

O grupo é dinâmico, com regras próprias e a intereção entre elementos resulta em diálogos realistas e que demonstram o avanço ou retrocesso das personagens. E no final podemos dizer que todas as personagens evoluíram lentamente e com uma grande carga emocional, levando-me a afirmar que o autor criou um enredo realista com personagens, que apesar de não conhecermos fora das sessões, conseguem mostrar-nos muito do que é a vida humana no mundo em que vivemos... cheia de obrigações, expectativas e condicionalismos sociais.

Philip, homem que tenta passar a linha que separa o banal do brilhante, é a grande personagem desta obra, pois é ele quem terá de ser quebrado por um grupo cheio de problemas. E há sempre alguém, ou algo, que nos consegue quebrar... ninguém é um livro aberto, e por vezes, escondemos demasiado fundo os nossos problemas, mas eles estão lá... atormentam-nos.

Este livro, é um amontoado (no bom sentido da palavra) de ideias sobre a vida, a morte e a necessidade de sermos felizes. E mais do que a história, é isto que torna o livro bom. As suas ideias...
Entretém, vicia e ensina a cada página, o que é raro. Fará qualquer pessoa pensar, e muitas vezes irá atingir-nos com a realidade da condição humana, mas também com a tentativa de deixarmos algo com significado. Quando conhecemos a nossa hora, tudo se altera. O que pensa um homem que sabe ter alguns meses de vida? O que mais lhe custará deixar? O que quer concluir na vida? O que pensa nas noites em que permanece acordado?

A Cura de Schopenhauer é algo que nos faz abrir os olhos, perceber que quem possui o amor é quem ama, e não quem é amado, e que quem nunca amou nem foi amado, terá um vazio demasiado grande para ser suportado.

Antes de morrermos devemos perguntar: "estarei disposto a repetir esta vida eternamente, vezes e vezes sem conta?" Devemos agora fazer tudo para que a resposta seja "sim"

Irvin D. Yalom convenceu-me à primeira. Arrepiou-me, e agora percebo porque tantas pessoas me aconselharam este livro e porque é um autor com tão grande sucesso. Uma excelente obra sobre as formas como podemos enfrentar a morte, mas também a dor que a vida nos poderá causar e como nos devemos curar das feridas do passado. Um livro que educa e que faz pensar...


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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O SILMARILLION

Autor: J. R. R. Tolkien

Título original: The Silmarillion


O Silmarillion, livro apenas lançado após a morte de Tolkien (organizado e acabado pelo seu filho), é um fantástico livro e um dos meus favoritos. No entanto também devo dizer que, em comparação com O Senhor dos Anéis ou O Hobbit, é o mais difícil de ler.

O Silmarillion é para os fãs de Tolkien e  aqueles que simplesmente acharam "boa" a obra deste autor, podem não apreciar a densidade da obra, mas todos os que quiserem, devem arriscar!


Dividido em 5 partes, esta obra começa com a Ainulindalë, que significa em elfico "A música de Ainur", e mostra-nos como todo o mundo de Tolkien (chamado Arda) foi criado por Eru, o Único, também conhecido por Ilúvatar. Esta primeira parte, a mais difícil (densa) de ler, mostra uma singular visão por parte de Tolkien, e talvez seja o expoente máximo da sua genialidade. É também aqui que vemos a criação de Melkor, o Ainur que recebeu maior poder e conhecimento.

De seguida temos Valaquenta, relato da Primeira Era, onde vemos como Melkor seduz alguns dos Maiar, como Sauron. Na terceira parte temos Quenta Silmarillion (maioritariamente Segunda Era), onde vemos como Melkor se esconde enquanto Valinor é criada e os Elfos aparecem, seguidos de Anões e Homens. E é nesta parte do livro que se passam a maioria das páginas. Tolkien define raças, mitologias e sociedades enquanto nos prepara para a grande luta! A mais fantástica batalha deste universo criado por JRR Tolkien.

A quarta parte, chamada Akallabêth, leva-nos ao apogeu de Númenor e consequente queda. É aqui que vemos a "criação" da Terra-Média. Na quinta, e última parte, "Dos Anéis do Poder e da Terceira Era", mostra-nos o que precisamos de saber sobre a Terra-Média e os seus povos, sendo a grande introdução para O Hobbit e O Senhor dos Anéis.

Este é um pequeno resumo sobre o que encontrarão neste livro, e tentei não revelar nada da história. 

Tolkien, um devoto Cristão, criou aqui a "Bíblia" do seu próprio mundo (e existem várias semelhanças). Desde a Criação executada por Eru, até aos anos antes de O Hobbit, estas páginas contam-nos tudo o que devemos saber sobre este fantástico universo.

Não conseguindo escolher qual a melhor das cinco partes, é óbvio que a luta pelos Silmarils é a mais importante, com grandes batalhas e acontecimentos que mudarão para sempre o desenrolar da História. É também aqui que conhecemos ou aprofundamos algumas das mais brilhantes personagens criadas por Tolkien, entre elas: Feanor, Melkor/Morgoth, Beren, Lúthien, Húrin, Túrin, entre muitos outros. 
Melkor e Feanor são fantásticos, e a história de Beren e Lúthien marca qualquer leitor.

Tolkien explora os temas centrais da própria vida humana, desde o seu nascimento até morrer. Amor, fé, coragem, inveja e ganância, são os temas que fazem esta história avançar, ajudando-nos a perceber que este autor não se limitou a criar fantasia... ele também nos mostra uma mente traumatizada pela Segunda Guerra Mundial, e que aqui, de forma muito indirecta, questiona porque lutamos, amamos, ou simplesmente sofremos...

Apesar de muitos afirmarem que não gostaram do livro, outros adoraram... eu simplesmente adorei. É verdade que por vezes é difícil de ler, mas para mim nunca foi um esforço (fazendo novamente a mesma comparação, não é mais difícil do que ler A Bíblia). A qualidade da escrita e imaginação de Tolkien não conhece limites, e apenas quando acabarem este livro conseguirão compreender a imensidão e complexidade do que inventou. 

Costumo dizer que O Hobbit deve ser o primeiro livro a ser lido e com ele aprendemos a gostar de Tolkien, depois devemos ler O Senhor dos Anéis aprendemos a venerar Tolkien, e por fim lemos O Silmarillion e aprendemos a compreender o que Tolkien criou. Não se deve falhar nenhum destes livros, seja por que ordem for, seja a que ritmo for, apenas com este livro dominarão o mundo onde Frodo viveu.

Para mim, essencial, e um dos mais marcantes livros de fantasia que já li, O Silmarillion é um livro cheio de significados e lições (alguns podem escapar-nos facilmente), e que recomendo a qualquer leitor que tenha paciência para ler uma obra onde cada detalhe pode fazer a diferença.

Fantástico!

Aproveitem ainda para votar no blog Ler y Criticar para Melhor Blog do Ano! Mais informações neste link.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O HOMEM DO CASTELO ALTO


Autor: Philip K. Dick

Título original: The Man in the High Castle


Em primeiro lugar, aproveito para enaltecer o ensaio de Nuno Rogeiro que nos é dado no início do livro, sobre o autor e as suas obras. Penso que é uma mais valia para esta edição e ajuda à compreensão da história que lemos a seguir.

Escrever sobre Philip K. Dick será sempre um desafio para mim. Poucos autores foram tão "estudados" quanto PKD, não só graças aos seus mundos complexos, mas também aos vários significados que as suas histórias podem transmitir.

Considerado o melhor romance de história alternativa escrito até hoje, esta obra é mais do que isso. É mais do que um enredo que difere do nosso actual presente após um desvio num passado comum. PKD escreveu um romance intemporal onde se mistura uma singular visão sobre o que é um ser humano, a forma como o divino actua no nosso mundo, envolto num cenário quase paradoxal.

Roosevelt morre na década de 30 e os EUA não recuperam da Grande Depressão, não conseguindo evoluir enquanto potência militar e ajudar na luta contra a Alemanha Nazi e Japão. Aqui o Eixo venceu a guerra e os Aliados perderam. Tendo este cenário como base, PKD cria cinco personagens complexas e distintas, que ironicamente olham de forma diferente para o mesmo caminho. PKD apresenta a sua escrita cheia de significados, e o leitor recebe constantes "murros no estômago" perante os quase imperceptíveis significados nestas páginas, onde nos mostra a impotência da vida perante a morte, ou ainda como um insignificante acto pode alterar milhões de vidas.
Todos nós já questionámos como agora seria se um determinado momento tivesse sido diferente. Nós questionamos isso quando lemos este livro, enquanto as personagens também o questionam, e aos poucos, torna-se explícito como cada uma delas, ao esconder o que são perante os outros, estão à procura delas mesmas. E será que cada um de nós, não faz também um pouco esta "ginástica"?

Apesar de o enredo ter como base a vitória do "Mal" perante o "Bem", o livro não apresenta a escuridão que eu esperava. Aliás, o livro é cheio de gloriosas possibilidades, todas elas disfarçadas num pensamento, ou num grito de revolta! O mundo construído pelo autor é fantástico, principalmente pela forma como a mentalidade das pessoas está fantástica e coesa, onde a dúvida está sempre presente, muito graças a uma manipulação eficaz.

Basta acreditar em algo para que se torne real?

Num livro que parece uma matrioska onde uma realidade esconde outra, que por sua vez esconde outra, a percepção da realidade pelas personagens é a chave para a forma como nós lemos esta história. E enquanto somos manipulados pelos vários segredos ou ignorância que cada personagem revela, vemos a manipulação das massas a ser feita a partir da intervenção de grandes narradores políticos, que levam o povo a olhar para certas opções dos governos como algo necessário, por mais bárbaro que seja.

...Verdade Interior...

Pelo meio devo ainda comentar a forma como PKD reduz a sociedade/cultura americana a algo que apenas existiu e não passa de uma memória assente em objectos, sendo agora valorizada pela facto de não existir. Fantástico como o Homem tem a tendência para valorizar mais o que existiu, levando-me a recordar uma frase em que J. R. R. Tolkien nos diz que o Homem construiu túmulos mais luxuosos do que as casas dos vivos.

Afinal o que é real? Poderá a nossa mente enganar-nos? Poderá o Universo iludir-nos? 

Podia estar o resto do dia a falar sobre esta obra. A história é boa, num mundo fantástico. As personagens estão muito bem construídas e as últimas páginas são arrepiantes, deixando-me vários minutos a pensar no que acabara de ler. PKD foi um génio! Foi um escritor que nos fez ver o Tempo, a vida, a morte e os medos de uma outra forma, mas principalmente, nos fez ver, em quase todas as suas obras, que o Homem vive pelas suas necessidades, todas diferentes, e todas iguais.

Um dos melhores livros que já li.

Aproveitem ainda para votar no blog Ler y Criticar para melhor blog do ano. Vê como neste link.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A VIDA DE PI

Autor: Yann Martel

Título original: Life of Pi


Fazer uma análise a este livro não é fácil para mim. O mais provável é este texto não estar ao nível de muitos dos sentimentos quem me acompanharam nesta leitura.

Para mim este livro é sobre o que acreditamos. Se acreditamos no que lemos, no que vemos, no que sentimos, e principalmente no que recordamos. Posto isto, acredito que cada leitor tenha a sua própria experiência, e que em muitos casos, se torne numa viagem totalmente diferente da minha.

O início do livro não é fantástico, mas começa de imediato a construir a personalidade de Pi, mostrando-nos como o poder de acreditar pode mover montanhas, mas que também nos pode levar a ver algo diferente da realidade. Com esta construção de personalidade, Pi transforma-se na força deste livro, não só pela forma como nos dá a história, mas também porque é ele quem nos fará questionar muito do que "vemos" ao ler esta obra.

A componente religiosa é, na minha opinião, o que torna este livro memorável. Pi olha para a religião, e consequentemente para Deus, de forma improvável, ingénua, mas também com um sentido de responsabilidade e fé raramente visto... e se todos fossemos assim, muito do que nos rodeia poderia ser melhor. Ao misturar várias religiões, Pi abraçará o melhor, e por vezes o pior, de cada uma... e tal como o leitor, questionará muito do que está para lá dos nossos sentidos... e por isso digo que Pi é uma fantástica personagem. Coerente, inteligente e facilmente nos aproxima-mos da sua luta pela sobrevivência.

A escrita de Martel, inteligente e sonhadora, encaixa bem na história, e se no início a narrativa apresenta um ritmo baixo e sem grande beleza, a segunda metade é um luxo visual misturado num guia sobre a Natureza, e neste aspecto tenho de aplaudir a forma como o autor nos ensina bastante sobre os animais, principalmente biologia marinha, e nos leva a conhecer truques de sobrevivência enquanto nos oferece a sua história, sem nunca saturar. Nota-se uma boa pesquisa por parte do autor, e principalmente, vê-se um autor que não nos dá nada como definitivo... deixando-nos decidir o que a história nos está a "dizer", definindo uma ténue separação entre ciência e fé.

Este é um livro sobre solidão e sobrevivência, forte e sentimental, levando-me a recordar Eu sou a Lenda (e melhor elogio não poderia fazer). Uma solidão e luta contra a morte, levada ao extremo, obrigando-nos a acreditar em algo que nos apoie, em algo mais do que aquilo que os nossos olhos podem ver.
O que é real? Apenas o palpável? Ou poderá uma crença ou um sentimentos serem tão reais, que nos leve a superar o medo, a atingir o impossível, a viajar para lá do nosso corpo e tocar na mente de outro ser vivo?

A Vida de Pi é um livro marcante onde física e metafisica se misturam de forma sublime. Uns irão detestar mas a maioria irá adorar. Os seus vários/possíveis significados levam-nos a questionar cada página e a abraçar o poder da fé e a vontade de viver. Pi leva-nos a sentir o poder da amizade e coragem, e por tudo isto Yann Martel criou um dos grandes livros dos últimos anos. Eu voltarei a lê-lo e tenho a certeza que encontrarei novos significados.


Para mais informações sobre o livro, visitem o site da editora!

E aproveitem para votar no blog Ler y Criticar para melhor blog do ano! Vejam como neste link!


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MAXIMUM RIDE - O Resgate de Angel


Autor: James Patterson

Título original: Maximum Ride: The Angel Experiment


Este é o 5º livro que leio deste autor, 3ª saga que começo, e posso dizer que James Patterson continua fiel ao que apresentou noutros livros: capítulos curtos, ação frenética.

Esta saga, virada para um público mais adolescente do que as séries policiais de Patterson, conta-nos a história de seis  jovens alterados geneticamente. Maior força, velocidade, resistência, asas e um poder único que cada jovem consegue desenvolver, tornam este livro em algo que nos faz imediatamente recordar X-men.

O primeiro aspecto a reter neste livro é a forma como é narrado. Nestas páginas ouvidos as palavras de Max, a mais adulta do grupo de jovens, e aos poucos este livro torna-se quase no seu diário, ou pelo menos, na sua forma de ver os acontecimentos. Sendo assim, a escrita do livro é simples e poderá parecer infantil em alguns momentos, mas este é um livro narrado por um adolescente, e quer se goste, quer não, este pequeno detalhe encaixa na perfeição.

Com Max a narrar toda a história, seria mau não conseguir alguma empatia com a personagem. A verdade é que Max não me convenceu à partida, tendo sido mais fácil gostar de Fang ou Iggy, e precisei de algum tempo para ser convencido pela personagem. As restantes, e falando apenas dos seis jovens, estão bem construídas dentro do estilo de livro. Nenhuma é muito aprofundada, mas facilmente as distinguimos, não só pelos seus poderes e papeis, mas pela própria personalidade que suavemente o autor nos expõe.

É verdade que no início as crianças não parecem muito credíveis, mas a questão é: como seria qualquer uma destas crianças se realmente existissem? Seriam credíveis aos nossos olhos? Provavelmente não, e como tal, aceito a maturidade/infantilidade que apresentam.

Em termos de história, o ritmo frenético proporcionado por capítulos curtos onde acontece sempre qualquer coisa que desenvolva o enredo, obriga o leitor a não parar de ler, e acabamos por questionar pouco do que acontece. Como sempre, Patterson perde pouco tempo com descrições que não sejam importantes no futuro, e o público mais jovem adorará tal simplicidade.

No fim, e para quem questionar um pouco o que aconteceu, o livro deixa uma mistura de sensações baseada numa simples dúvida: o livro foi um amontoar de coincidências forçadas ou Patterson explicará tudo mais à frente? Se tudo tiver uma explicação, então todo o livro fará mais sentido e o enredo conseguirá uma base mais credível. E pelo que vi nas últimas páginas, acho que este poderá ser o caso.

Esta série pode não ser a mais famosa de James Patterson, mas é a mais amada pelos seus fãs mais adolescentes. A um adulto poderá faltar um pouco de profundidade nas personagens ou uma "substância" mais forte no livro, mas, sinceramente, acho que estes livros servem para entreter e serem facilmente lidos. Muitos dizem que os livros deste autor não têm qualidade para vender tanto, mas a verdade é que neste estilo, poucos conseguem agarrar tanto um leitor. Patterson fez um livro viciante, muito bem montado, que tem uma base para continuar e que tem tudo para ser das sagas mais lidas pelos adolescentes no nosso país. Fico à espera dos próximos livros!


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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O CIRCO DOS SONHOS


Autor: Erin Morgenstern

Título original: The Night Circus


Em primeiro lugar devo dizer que gostei bastante deste livro, e esta crítica, que poderá ter vários pontos negativos, é resultado da sensação que esta obra, que apresenta uma qualidade inegável, poderia ter sido ainda melhor (para o meu gosto).

Passo a explicar: como já disse, gostei bastante desta leitura, e Morgenstern é uma autora a seguir. No entanto este livro apresenta  alguns pontos em que poderia ter sido melhor. Aliás, se não tivesse gostado tanto do livro, não teria todo o trabalho de questionar muito do que acontece para conseguir uma melhor compreensão do enredo.

Em primeiro lugar não me foi fácil ficar viciado com o livro. A verdade é que as primeiras páginas não foram viciantes, principalmente pelos constantes saltos temporais a que somos sujeitos a cada novo capítulo, e ainda pela enorme confusão nos diálogos, pois a autora nada explica para nos obrigar a captar o possível significado de cada palavra. Andamos para a frente e para trás no tempo, e enquanto a história não "encaixa" na nossa cabeça, não é fácil. Estes saltos temporais estão muito bons, tornando o enredo em algo que está bem montado, mas senti um ligeiro exagero no início.

Outro ponto que pode desagradar ao início é a ideia que estamos perante um livro que é a mistura de "O Prestígio", "Algo maligno vem aí" e um pouco de "Romeu e Julieta". Felizmente esta sensação vai desaparecendo, tornando-se num livro com identidade própria, e por isso, se sentirem o mesmo que eu, continuem a ler, e valerá a pena.

A princípio pensei que o tema central do livro fosse o duelo entre mágicos e o amor que nasce... mas não. O tema não está no duelo, mas antes no resultado do mesmo. A questão é: o sucesso é exclusivamente alcançado pelo talento, ou poderá a dedicação e trabalho tornar alguém, sem qualquer aptidão, melhor do que aquele que nasceu com o dom de fazer algo? Esta ideia base (ou pelo menos é a ideia base que eu tirei do livro), é diferente e torna-se no ponto forte do livro, pois está bem conseguida.

A partir daqui podemos dizer que a ideia base do livro é muito boa e só é pena ter ficado tanto por explicar. A verdade é que todas as personagens desta obra se tornam secundárias, pois este livro é sobre o circo e ficamos com a sensação que nunca chegamos a conhecer alguns dos intervenientes mais importantes... pois a autora esta sempre a virar-nos para o circo, e este sim é belo. É como se a autora nos tentasse distrair do duelo, para não o vermos na sua totalidade.

O final é muito bom, apesar de haver um ou outro ponto previsível, a verdade é que gostei bastante. O enredo é bom e a forma como tudo é revelado prendeu-me na segunda metade do livro, mas tenho pena de o duelo ser descrito da forma que foi. Gostava de ter sentido mais acção, mais adrenalina, e acima de tudo, algum perigo a rondar as personagens. Para mim o duelo é um pouco monótono e arrastado no tempo, mas felizmente a beleza dos resultados desta batalha ajudam a esquecer as falhas que, para mim, existem no livro.

No geral, gostei bastante deste livro, mas ficará sempre a sensação que poderia ter sido fantástico. Senti que faltou um duelo a sério, faltou adrenalina perante estes dois monstruosos poderes, faltou uma melhor descrição de personagens, e faltou um olhar mais aprofundado sobre o treino de Marco (por forma a demonstrar melhor como o trabalho pode vencer o talento).

No entanto, e apesar de esta opinião parecer muito crítica, só o faço porque gostei realmente do livro e sinto que poderia ter sido um dos meus livros favoritos se tivesse apresentado outro ritmo, mas torna-se óbvio que esse nunca foi o plano da autora.
Mas enquanto crítica imparcial, é inegável a sua qualidade, e como tal, irei relê-lo um dia. O circo é fantástico, a imaginação da autora encaixa perfeitamente e todo o livro parece um sonho. Quem gostar de uma fantasia soft envolvida em belos cenários e um romance proibido, este livro será provavelmente uma das melhores escolhas dos últimos anos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Passatempo: Path of Destruction - Vencedor!

PASSATEMPO

Star Wars
Path of Destruction

Vencedor!


Uma vez mais conseguimos trazer um livro Star Wars para oferecer num passatempo. 

Desta vez o primeiro livro da saga Darth Bane, uma das mais aclamadas pela crítica e fãs do universo SW.

A todos agradeço a participação e respostas.



E o vencedor é:

Rui Marques Garcia

A todos os que não venceram, boa sorte para a próxima, e obrigado!

Mais passatempos em breve.

Um feliz 2013 e boas leituras!

Passatempo: A Vida de Pi - Vencedor!

PASSATEMPO


A Vida de Pi

Vencedor!


Hoje revelamos o vencedor que levará para casa um dos livros mais falados dos últimos tempos e que recebeu recentemente uma adaptação cinematográfica.

Em parceria com a Editorial Presença, fizemos mais um passatempo e agradecemos a todos os que participaram!

E o vencedor é:

José Maria de Sousa

A todos os que não ganharam, fica a promessa de mais passatempos em breve!

Para os curiosos, deixo ainda o link com informações sobre o livro.

Dentro de dias publico a minha opinião ao livro. Fiquem atentos!

Feliz 2013!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Passatempo: Os Homens que odeiam as Mulheres - Vencedor!

 PASSATEMPO

Os Homens que odeiam as Mulheres

Pack Livro e Blu-ray

Vencedor!

Oferecer um Pack de Livro e Filme não acontece todos os dias neste blog, e a verdade é que este passatempo se tornou num enorme sucesso!

É uma da trilogias mais faladas dos últimos anos e o vencedor que vai receber este Pack é:

Vânia Rodrigues

Parabéns à vencedora!

A todos os que participaram, o meu obrigado!

Mais passatempos em breve!

Feliz 2013 a todos!

Passatempo: Dragon Ball - Vol. 4, 5 e 6 "Vencedor"

 PASSATEMPO

Dragon Ball
Vol. 4, 5 e 6

Vencedor!


E depois de vários passatempos na época do Natal 2012, chegou agora o momento de começar a revelar os vencedores.

Em primeiro lugar revelados o vencedor dos livros Dragon Ball, volumes 4, 5 e 6.
A todos os que participaram, muito obrigado e boa sorte para a próxima!



E o vencedor é: 

Lara Filipa Macedo
 
Parabéns à vencedora!


Ainda hoje teremos os resultados de outros passatempos. 
Fiquem atentos!

E mais passatempos em breve!

Bom Ano Novo!