sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O HOMEM DE SÃO PETERSBURGO


Autor: Ken Follett

Título original: The Man From St. Petersburg




Sinopse: Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra prepara a defesa contra o Império Alemão. Ambos os oponentes precisam de se aliar à Rússia. O príncipe Orlof, sobrinho do czar Nicolau II, viaja para Londres, onde se encontra com Lorde Walden, casado com a sua tia Lydia. O anarquista russo Kschessinky segue-lhe no encalço.
Nesta intrincada trama de interesses pessoais e políticos, ninguém prevê que Lydia reconheça Kschessinky, colocando em perigo a vida da sua filha Charlotte. Estas personagens jogam com o destino da Europa na antecâmara de um dos mais devastadores conflitos de sempre


Regresso novamente a Ken Follett para mais um thriller. Apesar do seu grande triunfo literário ser "Os pilares da Terra ", um romance histórico, a verdade é que Follett tem como principal género o thriller, muitas vezes misturado, e bem, com conceitos de espionagem para proporcionar um ritmo mais alto ou mais baixo, consoante o estilo de espionagem que insere.

Neste livro, Follett continua a ser forte no que sempre marcou os seus livros,: as suas personagens. Com um bom conjunto de personagens realistas, o leitor aproxima-se dos motivos e dos porquê das personagens principais. É fácil percebermos uma personagem, e quando esta nos surpreende também é fácil ver que existe coerência com o seu passado, com a sua mentalidade e objetivos. Tal é essencial num livro com espionagem, e Follett sabe-o.

O autor cria um interessante ritmo como se fosse uma montanha russa. Na grande maioria da leitura estamos perante um ritmo lento, mas por vezes acelera graças a uma revelação ou acontecimento inesperado. Com estes momentos, que apesar de tudo não são muitos (e ainda bem), o leitor sente que algo pode acontecer a qualquer momento, e tal sensação enquadra-se muito bem na época em que o livro se desenrola. Ninguém estava a salvo...

Na parte histórica não há nada a apontar. Follett, como sempre, faz um bom trabalho de investigação e enquadra o seu enredo com mestria na época em que se desenvolve. Detalhes interessantes, uma mentalidade bem explorada e uma atmosfera quase palpável levam-nos a sentir aquele momento negro em que as pessoas começavam a recear o pior.

Pelo meio, uma história cativante com um final surpreendente e que eleva a qualidade do livro. Não é o melhor livro que li de Follett nem um livro obrigatório no seu género, mas é mais um bom livro do autor e que certamente agradará aos seus fãs e também aos fãs desta época. É, essencialmente, um livro completo, que não se limita a proporcionar uma boa história, mas também um bom enquadramento histórico.

Luís Pinto

3 comentários:

  1. Bom dia Luis.

    Fiquei bastante curiosa em relação a este livro mas ainda acho que o autor não consegue voltar ao nível dos Pilares. Mas fiquei convencida a ler este porque gosto da época em questão.

    Bjs

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  2. Grande autor e excelente opinião. A ser comprado no futuro depois de acabar o que estou a ler.

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  3. Também acho que os pilares estão num nível notável mas sempre gostei mais da espionagem do Ken. Este é mais um a ter. Convencido!

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