quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O PALÁCIO DA MEIA NOITE


Autor: Carlos Ruiz Zafón

Título original: El palacio de la medianoche




Sinopse: No coração de Calcutá esconde-se um obscuro mistério...
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.



Escrevo a opinião a este livro (2º livro da trilogia Neblina) tendo já lido os três. Este é, na minha opinião, o livro mais fraco da série, e apesar de todos livros partilharem poucas ligações, este é o livro que liga os detalhes que tornam a saga melhor, levando-me a afirmar o seguinte: enquanto livro singular, este parece ser um livro normal, sem marcar o leitor, mas quando lemos os três livros da saga, e pensamos sobre tudo o que lemos, vemos as ligações, tornando esta leitura em algo muito mais agradável e com mais significado.

Tal como disse na opinião ao primeiro livro da saga (que podem ler aqui), estes livros são para um público mais juvenil mesmo tendo em conta que os temas são bastante adultos. Este livro, menos juvenil do que o anterior, volta, suavemente, a tocar em assuntos maduros e que levarão alguns leitores a questionarem temas mais controversos.

Todavia, esse não será o objetivo principal do autor, que mesmo tendo criado um livro para qualquer idade, demonstra nas suas páginas que este é um enredo juvenil, com personagens juvenis e diálogos mais simples para que nenhum detalhe nos falte. O ritmo, ligeiramente mais acelerado do que no livro anterior, empurra-nos para a trama principal e não nos dá muito tempo em alguns momentos, não nos deixando questionar para depois sermos surpreendidos.

Ao ser um livro que se foca, principalmente, em dois personagens, a ligação aos mesmos foi rápida. Para tal também ajuda a sensação de urgência que começamos a sentir aos poucos, aumentando a sensação de thriller, ligando-nos às personagens, aumentando o ritmo. No entanto, tal como já disse, por si só este é o mais fraco dos três livros, mas é importante para explicar detalhes do primeiro e terceiro livros da trilogia. Para tal, aconselho-vos a lerem os livros com pouco espaço temporal entre eles, por forma a terem na vossa memória os mais importantes detalhes.

Sendo uma trilogia, apesar de os livros se conseguirem ler isoladamente, deixarei uma opinião mais sólida para o último livro. Até lá, o que vos posso dizer é que sendo um livro mais juvenil, Zafón consegue deixar a sua marca de qualidade, e se gostarem do género e se não fugirem de um enredo menos adulto, então vale a pena lerem estes livros.

Luís Pinto

3 comentários:

  1. Cada vez mais convencido a ler esta saga.

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  2. Um grande escritor. Já li dois livros mas desta trilogia ainda nenhum mas estou com vontade depois de ler os teus textos. Vou esperar pela opinião ao último.

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  3. Também vou esperar pela opinião do último mas estou convencida a ler. Conheço o autor mas nunca li nada dele.
    Continuação de bom trabalho.

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