quarta-feira, 29 de junho de 2016

A ABADIA DOS CEM PECADOS


Autor: Marcello Simoni

Título original: Il mercante di libri maledetti



Sinopse: O domínio da Igreja na Europa medieval. A luta pelo conhecimento e a defesa dos dogmas de fé. Uma história de religião, batalhas e alianças. Agosto de 1346. França e Inglaterra estão em guerra. No final da batalha de Grécy, o rei da Boémia, já moribundo, entrega a um cavaleiro francês, Maynard de Rocheblanche, um pergaminho com um misterioso enigma. Este obscuro texto faz referência a uma relíquia preciosa, o Lapis exilii. São muitos os que procuram apoderar-se dele, nomeadamente o ambicioso cardeal de Avinhão e o príncipe Karel do Luxemburgo, ansioso por se fazer imperador. Este é o primeiro livro da trilogia da Abadia.


O primeiro livro que leio deste autor, e o primeiro desta saga, foi uma agradável surpresa em alguns aspetos. Apesar de ser um livro de altos e baixos, o ritmo elevado e o suspense agarram o leitor com facilidade. A ação é constante e as revelações levam a que a leitura tenha sempre como objetivo saber um pouco mais sobre a conspiração. A isso alia-se um interessante trabalho do autor na investigação histórica e na forma como vai inserindo na narrativa o conhecimento necessário para que a leitura não pareça vazia ou deslocada da era inserida.

Destaque também para alguns personagens interessantes. Não são muitos, pois o livro acaba por se focar num grupo restrito, mas tive algumas surpresas que gostei, e que acabaram por contrastar com outras personagens mais óbvias e que não conseguiram ter o peso que esperava.

Com alguns diálogos bem conseguidos, o autor está quase sempre bem focado nos objetivos principais, mas nota-se que em alguns momentos a narrativa perde algum fulgor por dispersar as atenções durante algumas páginas que poderiam ser mais objetivas. Existem alguns momentos forçados mas na grande maioria do livro o leitor segue facilmente por uma leitura contagiante. 

Gostei bastante do tema, das descrições dos locais e da forma como o autor misturou realidade e ficção. O problema é faltar algo que o torne único e surpreendente. Este primeiro livro, e que se percebe ser uma introdução a uma trilogia, sofre por não ter um final que responda a todas as perguntas. Não é um livro fantástico, mas deixou-me com muita curiosidade para ler o resto da história. Se querem um thriller história, esta é uma opção a ter em conta.

Luís Pinto

terça-feira, 28 de junho de 2016

Passatempo: Bilhetes FIA Lisboa 2016 - Vencedores!


PASSATEMPO
O blog Ler y Criticar e a FIA Lisboa 2016 tiveram o prazer de vos trazer este passatempo em que oferecemos 10 entradas duplas para a maior feira de artesanato e multiculturalidade que ocorre na Península Ibérica e a segunda maior da Europa.
A FIA apresenta em 2016 o melhor das artes, saberes e sabores nacionais e estrangeiros com uma programação diversificada, da qual destacamos Exposições Temáticas, Prémios e  Concursos, Ateliers, Workshops, Atuações Musicais, ao mesmo tempo que as tasquinhas trazem a Lisboa os sabores tradicionais do país.
Os vencedores deverão levantar os bilhetes no Gabinete de apoio ao Cliente (situado a entrada principal da FIL). 
E os vencedores são:
Maria Helena Costa
Luis Santos
Fernanda Gonçalves
Susana Maria Oliveira Fajardo
Joana Maria Castro
Fernanda Silva
Sérgio Contreiras
Fausto Gamito
Sónia Espírito Santo Silva
Vera Lopes

Parabéns aos vencedores!

domingo, 19 de junho de 2016

Passatempo: Bilhetes FIA Lisboa 2016


PASSATEMPO

O blog Ler y Criticar e a FIA Lisboa 2016 têm o prazer de vos trazer este passatempo em que iremos oferecer 10 entradas duplas para a maior feira de artesanato e multiculturalidade que ocorre na Península Ibérica e a segunda maior da Europa.


A FIA apresenta em 2016 o melhor das artes, saberes e sabores nacionais e estrangeiros com uma programação diversificada, da qual destacamos Exposições Temáticas, Prémios e  Concursos, Ateliers, Workshops, Atuações Musicais, ao mesmo tempo que as tasquinhas trazem a Lisboa os sabores tradicionais do país.


A feira decorre entre os dias 25 de junho e 3 de julho, e os bilhetes podem ser usados num qualquer dia à escolha.

O passatempo termina dia 25 de junho!

Para participarem basta preencherem o formulário!

Boa sorte a todos!


quinta-feira, 9 de junho de 2016

A CONSPIRAÇÃO DE PAPEL


Autor: David Liss

Título original: A conspiracy of paper



Sinopse: Benjamin Weaver, judeu português, detective, espadachim e um famoso ex-boxeur, move-se com maestria e confiança na Londres do século XVIII. Trabalhando para clientes aristocratas na cobrança de dívidas difíceis, vive afastado da família devido à má relação com o seu pai, um abastado investidor da bolsa. Mas quando este é brutalmente assassinado, não pode ficar de braços cruzados.
Descendo ao submundo do crime londrino, Weaver ziguezagueia entre bordéis, cervejarias, prisões e casas de jogo, para descobrir uma conspiração que o ameaça não só a si, mas também à própria Inglaterra. Um romance histórico fascinante, A Conspiração de Papel arrebata os leitores, página atrás de página, com um enredo envolvente e personagens apaixonantes de um período único da história.



Este é o segundo livro que leio desta série em que Benjamin Weaver é o personagem principal e voltei a gostar bastante da leitura. Sendo este o primeiro livro da série, a construção da personagem é notória e bem feita, com o autor a revelar vários momentos do passado para termos uma melhor noção dos medos, traumas e objetivos de Weaver. Com várias personagens interessantes, o narrador consegue agarrar o leitor com facilidade, principalmente pela suavidade da escrita e pelos momentos cómicos. Aliás, este é um dos romances históricos mais divertidos que já li, e esse facto também ajuda a construir a personagem do narrador, sem nunca deixar de ser um romance tenso e sério.

A seguir temos a investigação histórica, na qual se nota muito trabalho do autor. Aprendi mesmo muito a ler estas página e sem que a leitura fosse monótona em qualquer momento. A vida em Londres no século XVIII é bastante fácil de assimilar, o que ajuda até a perceber algumas decisões mais políticas que o livro irá ter.

O enredo é bastante bem conseguido apesar de alguns momentos parecerem um pouco forçados. Nota-se que o autor está a tentar construir uma personagem sem revelar momentos nas páginas seguintes. Claro que devido à elevada construção da personagem, por vezes percebe-se que o autor nos está a preparar para alguma decisão mais importante que será suportada com vivências passadas da personagem. No entanto, é algo que a maioria dos leitores não irá perceber se estiver a ler a uma boa velocidade sem olhar com um olhar tão crítico.

Globalmente este é um livro bastante divertido e que me ensinou bastante. A ligação que se cria com o personagem é quase imediata e nunca me apeteceu pousar o livro. É uma leitura rápida e entusiasmante que apesar de não revolucionar o género, consegue ser, ao mesmo tempo, um romance histórico tenso e uma narrativa descontraída. Ainda me falta ler um livro desta série, e tentarei fazê-lo nos próximos tempos. Se apreciam este género, esta é uma fácil recomendação.

Luís Pinto

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O QUINTO EVANGELHO


Autor: Ian Caldwell

Título original: The Fifth Gospel



Sinopse: Uma semana antes da inauguração de uma exposição de arte nos museus do Vaticano, Ugo Nogara, o curador responsável, é encontrado morto em Castel Gandolfo. A polícia papal não consegue descobrir o autor do crime. E o padre Alex Andreou, amigo do curador assassinado, decide investigar por conta própria.
Para encontrar o homicida, tem de desvendar o segredo do curador - a verdade dos evangelhos acerca da relíquia sagrada mais controversa e misteriosa do Cristianismo. Porém, quando começa a compreender os contornos da morte de Ugo Nogara, e as suas consequências para o futuro das Igrejas Católica e Ortodoxa, o padre Alex apercebe-se de que também corre perigo. 



Já lá vai quase uma década desde que li A Regra de Quatro (Caldwell é co-autor), e confesso que já não me lembro de todos os detalhes. No entanto tenho algumas noções que se podem comparar com este livro.

Em primeiro lugar este livro é mais lento, mais informativo. Caldwell transforma o seu ritmo numa montanha russa, em que certos momentos aceleram bastante, mas noutros abranda demasiado para dar algumas informações que quase parecem repetitivas. Nota-se que o autor tenta oferecer o máximo de informação possível sobre alguns aspetos ligados à religião e ao Vaticano, mas por vezes parece exagerar. No entanto, é também desta aprendizagem que vamos tendo que aparece o trunfo do livro: o contraste entre o lado mais conhecido da Igreja Cristã e o lado mais Ortodoxo. Este contraste é uma adição muito interessante, pois temos formas diferentes de se olhar para a mesma religião e, principalmente, formas diferentes de se viver perante uma crença. 

No entanto, este livro é um thriller e é a mistura de suspense e segredos desvendados que faz o enredo avançar. Enquanto narrativa, o autor consegue manter um bom suspense apesar de alguns momentos serem mais óbvios. Não é fácil avançar para um livro neste tema, pois muito já foi lido. Não é fácil surpreender. Tendo isto em conta, a segunda parte do livro é um pouco mais óbvia mas também consegue agarrar mais o leitor, pois cria-se uma ligação com a personagem principal e também começa-se a adensar uma questão muito interessante sobre algo que aconteceu no início.

Olhando para o livro como um todo, este é um interessante thriller que agradará aos fãs do tema religioso. Gostei das personagens e apenas peca por um ritmo inconstante e por alguns momentos que não têm grande impacto. Por outro lado, o contraste das personagens está muito bem conseguido e o trabalho de investigação nota-se, levando o leitor a aprender bastante. Se apreciem o género e o tema, então é um bom livro para este verão, e mesmo não sendo fantástico ou inovador,  vai agarrar-vos até ao fim.

Luís Pinto

terça-feira, 7 de junho de 2016

A CONSPIRAÇÃO DOS TUDOR


Autor: C. W. Gortner

Título original: The Tudor conspiracy



Sinopse: No inverno de 1554, Maria Tudor é a rainha de Inglaterra e os seus inimigos estão aprisionados na Torre de Londres. O seu iminente noivado com Filipe de Espanha, com o objetivo de assegurar o catolicismo no reino, coloca os súbditos protestantes em perigo. Então, os rumores de uma conspiração para levar ao trono a sua irmã, a princesa Isabel, adensam-se.
O tempo de refúgio do espião Brendan Prescott chega ao fim quando inquietantes notícias o fazem partir numa arriscada missão e ajudar Isabel em cativeiro. Prescott regressa assim ao palácio, onde quase perdeu a vida, sob a identidade de Daniel Beecham, e enceta um jogo mortal de gato e rato com um perigoso e enigmático adversário.
Numa corrida contra o tempo para recuperar um maço de cartas cujo conteúdo pode conduzir Isabel ao trono ou condená-la à morte, Prescott descobre que, num submundo de traições e intrigas, os amigos e os inimigos facilmente se confundem e o poder é de tal maneira supremo que pode levar uma irmã a voltar-se contra outra.



Este é o segundo livro da saga e em alguns aspetos consegue ser melhor do que o anterior. Agora que muito da trama e personagens já são conhecidas dos leitores, o autor começa a aprofundar conceitos, principalmente os motivos e medos de cada personagem. O enredo é bom, bem pensado e capaz de agarrar, levando-nos a vários momentos de surpresa. No entanto são as personagens que fazem a diferença, porque terão decisões que não esperava.

O autor tenta constantemente criar uma narrativa cheia de suspense. Na grande maioria das páginas consegue-o com facilidade, prendendo o leitor ao não concretizar algumas ideias na fase inicial do enredo e também por deixar a noção de que muito não está a ser dito. É fácil perceber que os personagens estão a esconder algo, mas é complexo perceber realmente os seus planos, e é aí que o autor consegue triunfar.

Em termos de escrita e de ambiente, o autor mantém o nível do livro anterior. Facilmente entramos nesta era, nestes cenários e na mentalidade das pessoas. Apesar de nunca ser exaustivo, a imagem dada do que rodeia este enredo é bem conseguida. Percebemos o porquê de algumas decisões e vemos o peso que política e religião têm a cada instante, levando a um ambiente ainda mais pesado.

Em relação às personagens, prefiro não falar de nomes, mas existem duas que me agradaram bastante, principalmente porque neste livro fiquei a conhecê-las muito melhor. Se o autor conseguir manter a coerência até ao fim da trilogia, então teremos aqui personagens com as quais é fácil criar interesse para ver como irão terminar a narrativa.

Globalmente este livro está ao nível do anterior. O seu ritmo é menos constante, mas nunca perde o rumo. A sensação de que estamos a ser enganados faz a diferença, o ambiente é realista e o autor demonstra um bom conhecimento da época com detalhes interessantes. Pelo meio existe um aprofundamento das personagens e acredito que o leitor que chegue até aqui já não consiga largar esta trilogia sem a ler até ao fim.

Luís Pinto

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Vales de desconto - Feira do Livro Lisboa 2016



Vales de desconto - Feira do Livro Lisboa 2016
Grupo Porto Editora

Para comemorar a Feira do Livro deste ano, o blog Ler y Criticar juntou-se ao grupo Porto Editora para oferecer a todos os leitores vales de descontos!

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A todos os nossos leitores, boas compras e boas leituras!